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<strong>da</strong>s ruas, era*, caes, boqueirõee, canos, e <strong>de</strong>spejos pu-<br />
' blico~:<br />
Em geral a Camara regula todos os objectos cEa policaa<br />
muntcipal, lanto urbana como rural. )) -<br />
Art." 127+", n," 3.O- c, Compete ii Camara Miinicipal . .<br />
nomear os zeladores <strong>da</strong> Camara. )i -<br />
N.B. No texto <strong>da</strong> ResoIuçâo vem citado o art.' 129 O;<br />
he engano, e <strong>de</strong>ve ler-se: 127."<br />
-Vem a proposrto recor<strong>da</strong>r aqui a doutrina <strong>da</strong> Portaria do<br />
Ministerio do Remo <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 1843, Acerca <strong>da</strong> fa-<br />
cul<strong>da</strong><strong>de</strong> que as Camaraâ tbem <strong>de</strong> arrematar o producto <strong>da</strong>s<br />
Coimas.<br />
Diz assim a Portaria: - n Atten<strong>de</strong>ndo S. 81 a taes ar-<br />
remataçòes erão âuthorisa<strong>da</strong>s peld Legislarão antiga, como he<br />
expresso na Or<strong>de</strong>nação L. 1 O, Tit 66.'. i:.?; 6 O, l2.O e 95.0;<br />
Tit. 68, $ 15."; e L 5 O, l'it. 73."; e a que as Leis novissimas<br />
nem revoghrao expressamente aquella legrslação, nem estabele-<br />
c&ião preceito ou disposiçlio alguma, que seja inconciliavel com<br />
estes contracbs: consi<strong>de</strong>rando por outra parte que pelo art."<br />
135.", $ 3." do Codrgo Administrativo, o produc~o <strong>da</strong>s multas<br />
provenientes <strong>da</strong>sfinfraeçòes <strong>da</strong>s Posturas &Iunrcipaes he enumerado<br />
entre os rendimentos dos Concelhos, e que, segundo o<br />
art." IlS.", $ I.", do mesmo Codigo, t&em as Ceníareç ampla<br />
facul<strong>da</strong><strong>de</strong> para regularem o modo <strong>da</strong> admrnistraçâo <strong>da</strong>s suas<br />
ren<strong>da</strong>s, facul<strong>da</strong><strong>de</strong> ein que se compiehen<strong>de</strong> o direito, ou <strong>de</strong> percebcr<br />
por procurador o producto <strong>da</strong>s Coimas julgadds, eu <strong>de</strong><br />
arren<strong>da</strong>r por preço certo a sua cobrança, sem que obste o art."<br />
24f .O, $ I.", <strong>da</strong> Na~issima Iteforrna Jud~ciaria, que s6 menciona<br />
como competentes para awusar as Coimas os Admlnrstradores<br />
dos Concelhos, Escriiães <strong>de</strong> Juizes eleitos, e Zeladoreg norneados<br />
pelas Camaras, por isso que não ha repugnancia alguma<br />
em que as l$ui~icrpalr<strong>da</strong><strong>de</strong>s, usando <strong>da</strong> authorisaçdo concedi<strong>da</strong><br />
pela L~I, rtonieiem Zeladores os proprios ren<strong>de</strong>iros para po<strong>de</strong>rem<br />
vrgiar e requerer a importancia <strong>da</strong>s Colmas, como Ia foi<br />
<strong>de</strong>clarado na Portaria <strong>de</strong>ste Ministeilo, <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong><br />
1838, etc. »-<br />
-Zeladoras:-fo~ão ereados para zelar e fazer guar<strong>da</strong>r as<br />
taxas, e Posturas do Senado. E por AIvará <strong>de</strong> 36 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong>'<br />
1615 se mandou que nas offensas que lhes fossem feitas, pro<strong>de</strong>ssem<br />
o Presi<strong>de</strong>nte e Vereadores como se se ctirnmettessern<br />
;ontra os Almotacks <strong>da</strong> Limpeza (Dicc. Juridico.)<br />
Zeladores <strong>da</strong>s Postaias e taxas <strong>da</strong> Camara <strong>de</strong> Lisboa forão<br />
tomados <strong>de</strong>baixo <strong>da</strong> protecgo Real e processa<strong>da</strong>s corno se fossem<br />
fertas aos Almohcés as offensas e resistencias contra e\elles<br />
pratica<strong>da</strong>s. (O naesmo Alrara, cztado tambem no Rep. <strong>de</strong> H. F.T.)<br />
Pela Ponana <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> ISÇB foi <strong>de</strong>clarado, pelo<br />
que respeita &s absolviçòes pronuncra<strong>da</strong>s com ~njustiça pelos<br />
Juizes Ele!tos, em causas <strong>de</strong> colmas e transgressão <strong>de</strong> Posturas,<br />
que aos Zeladores <strong>da</strong> Camara compete ~nterpor os recursos<br />
competentes, sempre que a pena <strong>da</strong> Postura exce<strong>da</strong> a Alp&~<br />
do JUIZO<br />
Na mesma Portaria foi <strong>de</strong>clarado que os Administradores<br />
<strong>de</strong> Concelho po<strong>de</strong>ín <strong>de</strong>legar nos Regedores <strong>de</strong> Parochia a vigilancia<br />
pela eiecuçáo <strong>da</strong>s Posturas e Regulamentos municipaes,<br />
e po~ consequencia o accusaçio <strong>da</strong>s transgressões<br />
No Codipo Adm annotado, edlção <strong>de</strong> L:sboa, dc i85t,<br />
\em cita<strong>da</strong> a Port. <strong>de</strong> 4 <strong>de</strong> No~enibro <strong>de</strong> 1853, ao Goi. Civ.<br />
<strong>de</strong> Lisboa, sobre consulta do COLII. <strong>de</strong> Estado na Sec. do Cont.<br />
Adm,,-incd -segundo a yual a Cemora pb<strong>de</strong> arithorisar -<br />
os Zeladores para capturar os infractores <strong>da</strong>s Posturas municipess<br />
encontrados ern flagrante <strong>de</strong>ticio, e conduzi-Ias 6 preaenpa<br />
do Juiz competente sendo <strong>de</strong> dia, ou ao Corpo <strong>de</strong> Guar<strong>da</strong><br />
para os reter sendo <strong>de</strong> ooitc;~salvo se os infractores quizerem<br />
logo <strong>de</strong>positar o ~alor <strong>da</strong> multa, ou afiaop-la <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente.<br />
Exam~nando attentamente a disposirào <strong>de</strong>sta Portaria, procuramos<br />
in<strong>da</strong>gar os seus fundrtmentnq, e iremos no conheeimento<br />
<strong>de</strong> que pro~aíelmente fo~ ella occasiona<strong>da</strong> pela representa;ào<br />
<strong>da</strong> Camara Municipal <strong>de</strong> Lrshoa, que passamos a transereter.<br />
-uSenhorai Entre as muitas e di~ersas causas que concorrem<br />
pira que as Posturas munieipaes não tenhão- aqueUa<br />
e&cacta e Iigor, que a policia municipal reclama, e para qiie<br />
,sejão ti<strong>da</strong>s em menos respeito pela falta <strong>de</strong> execuç~o, avultà<br />
uma que carece <strong>de</strong> remedio a<strong>de</strong>quado.<br />
«Nas gran<strong>de</strong>s Ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s, e com espeecali<strong>da</strong><strong>de</strong> na -Caprtal,<br />
sendo sempre numerosissirna a populaçSo, be um impossivei<br />
que 05 Zeladores <strong>da</strong> Camara (ou outros oEcraes encarregados<br />
<strong>da</strong> fiscalrsação <strong>da</strong>s Posturas) e quaesquer testemanhas conheflo<br />
todos os infractora para po<strong>de</strong>rem, êqoelles, saber os seus no-