Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
- ii8-<br />
ho Artso TV <strong>da</strong>s CSrtes <strong>de</strong> Santarem <strong>da</strong> Eza 1369, e reinado<br />
do Senhor D. AiFonso IY, encontra-se esta palavra com bem<br />
ditersa accepçao: Item os <strong>da</strong>lgufis lagare8 som livres que aom<br />
pagm moiuTaDo, e leráno dslles fora do Campo Dourique,<br />
nom lhe querendo guar<strong>da</strong>r seu foro. 4 este artigo <strong>da</strong>3 EbRey<br />
que aquelles que assim som Izzw-es per foro, most$enao, e gue<br />
lho fura guar<strong>da</strong>r -Xo mesmo sentido se toma a palavra mos-<br />
tado em parios Foraes pela eoirna imposta ao gado <strong>de</strong> Fóra do<br />
termo, e que não for do oeaznho do lugar, em cujo terrerio se<br />
achar pastn~ido, sem licença: e especialmente R-O <strong>de</strong> Cernance-<br />
ihk se <strong>de</strong>clara, que nestas circumstancias se pagarti <strong>de</strong> mo*<br />
tado, <strong>de</strong> cabeça <strong>de</strong> gado vacum <strong>de</strong>z rkis, e do rniudo um real.<br />
-El~reidrara'o, ás palavras: minha<strong>de</strong>go, maninhos, e nzanios.<br />
Misahadrgo, que tambem &e chamava maninhado, e maneria,<br />
não era foro, tributo ou pensão alguma, que se pagasse <strong>da</strong>s<br />
terras maninhas, e <strong>de</strong>saproieita<strong>da</strong>s, braiias e incullas. Zra sim<br />
um tributo peubmo, e mui frequente no Reino <strong>de</strong> Ledo, e ter-<br />
ras <strong>de</strong> Braganca e Miran<strong>da</strong>, e mesmo na provincla <strong>de</strong> Tras-os-<br />
Montes. O Mosteiro <strong>de</strong> Arellnns não se esqueceu <strong>de</strong>lle, antes<br />
talvez o ampliou, nas muitas cartas <strong>de</strong> povoapão que <strong>de</strong>u a va-<br />
rios logares, <strong>de</strong> que por Doações, ou abusiramèlate se apossara.<br />
Consistia a minha<strong>de</strong>go <strong>de</strong> A~elIaas em her<strong>da</strong>r o Mpsteiro a<br />
terça parte <strong>de</strong> todos os bens <strong>da</strong> que sendo casados chegauão<br />
a morrer sem filhos, posto que <strong>da</strong>ntes o5 tive-essein, se ao tempo<br />
<strong>da</strong> mort~ dos pais erão fallecidos<br />
M~ainhos forão chamados os bens, que ficaváo por morle<br />
do homem, ou mulher casados, que morríão sem Glhos, e sern<br />
fazer testamento, não tendo parenta att5 ao 10.' prao: costumava<br />
o Almoxarife <strong>de</strong> ELEei toma-los para a. Cor<strong>da</strong>; e isio<br />
durou at6 que ELRei D. Pedro, nas Cdrtes d'ãlias, que no<br />
caso <strong>de</strong> algum dos conjuges morrer ab inteststato, e sem filhos,<br />
ou pawntes,'a marido e a mulher reciprocamente se her<strong>da</strong>ssem<br />
e não a Cor<strong>da</strong>.<br />
Manlo. Synonimo <strong>de</strong> maneiro e manznho; homem, ou mu-<br />
Iher, que nunca iilho, ou filha tiverão, e assim morr&i%b.<br />
-Faltar;arnos ao nosso <strong>de</strong>ver, se, a proposito <strong>da</strong> doMnna<br />
<strong>da</strong> presente Resohção, <strong>de</strong>rxassemos <strong>de</strong> recor<strong>da</strong>r as ju&cr@as<br />
poii<strong>de</strong>raçôes <strong>de</strong> Domingos Nunes <strong>de</strong> OIiverrâ hb* o funestis-<br />
wmo systema <strong>de</strong> lançar o fogo aos matos, sem a menor atten-<br />
@o irs murtas e boas arvores que po<strong>de</strong>m ser resaira<strong>da</strong>s, com<br />
tarnaiilio proveito <strong>da</strong> agricultura -icHe uma eomparxão vw<br />
ea<strong>da</strong> seis ou nove amos rosser os n?atos, cortar as muitas ar-<br />
vores que nelies 5e tem creado nesse tempo, ajuntitF4ba ao<br />
pé o mato para melhor ar<strong>de</strong>rem, e !sto quando ellas $I muitas<br />
vezes com o seu fructo a rista mostravào aos homens a vaata- ,<br />
gem com que Ihes pagariso o b~neh~o <strong>da</strong> cultura. @e igno-<br />
rancm! As rossadouras, o [erro, e fogo acaho <strong>de</strong> <strong>de</strong>struir .o<br />
que escapou aos <strong>de</strong>voraates <strong>de</strong>ntes dos animam,, cortando e<br />
queimando por habito (e systema <strong>de</strong> Agrrcultura mal enten-<br />
dido) com a mesma profusão, qne se faria no principio <strong>da</strong> Mo-<br />
narchja, em que sería preciso <strong>de</strong>sbast8-las. »--<br />
-Desegando reuri:r, a pragoslto <strong>da</strong> doutrrna <strong>da</strong>s Rssol~õeb,<br />
todos os documeritos que iiverem relaçâo com os assumptos espeeiaes<br />
& ca<strong>da</strong> um dos arestos, a fim <strong>de</strong> que os Lertores tenhão<br />
presentes, e multo a mão, os esclarecimentos <strong>de</strong> que podérem<br />
csareter para sua i1iustraçã0,-dou-me por obrigado a<br />
esarar aqui uma iribrmeQo oRi~ial ácerea dds'matas &unicipaes,<br />
e dos terrenos que po<strong>de</strong>m ser arbonsados RO DrstrreLo <strong>de</strong><br />
Vilia Real.<br />
Cumpre saber que no 6m:do ahno <strong>de</strong> 1859 o<strong>de</strong>nou o Cruwrno<br />
aos Go~ernadores Civis que exigissem <strong>da</strong>s Camaras Muaiapaes<br />
dos seus respectivos Districtos mrtos es<strong>da</strong>recirnen'tos,<br />
ten<strong>de</strong>ntes a conseguir o quadro do estado e importancia <strong>da</strong>s<br />
matas monicipaee, bem como <strong>da</strong> extenso dos kerrenos, que<br />
po<strong>de</strong>ssem e <strong>de</strong>vessem ser arborisados.<br />
Em Agosto <strong>de</strong> 18b3 satisfez o Governador GíiI do aistecto<br />
<strong>de</strong> Vtlla Real BqueHa incumbencia, remettendo ao Governo<br />
mdppas que orgsnisara segundo os mo<strong>de</strong>ios que ree<br />
acompanhando-os <strong>de</strong> orna In;formaç20 liisCw1ca e cri-<br />
tica sobre o mesmo sssumpto.-Es:a Informwiio, em ver<strong>da</strong><strong>de</strong> +<br />
me~b inkfessanle, foi publica<strong>da</strong> pela Governa no Boklirn do<br />
Bzlatsterao <strong>da</strong>s Ohas Pu.bltcas, ~omrnw~.~o e ~dustp%a, n.O 2.'<br />
<strong>de</strong> Feí ereiro <strong>de</strong> 3864.. Diiqnelie Repus~torio c~~4mos a Ififormação,<br />
na qual os Leibws encontrarão indi&dm ianvs pontos<br />
<strong>de</strong> que se trata wsta Aesolzkçfio.<br />
He corno se segue: