19.04.2013 Views

1 - Faculdade de Direito da UNL

1 - Faculdade de Direito da UNL

1 - Faculdade de Direito da UNL

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

igo, e <strong>de</strong> Olheiros em sortes, ou leiras <strong>de</strong> mato, ~ro~orciona<strong>da</strong>s<br />

ao roçado necasario para cuiturd <strong>da</strong>s terras frnctiferas <strong>de</strong><br />

ca<strong>da</strong> um, ficando outra parte correspon<strong>de</strong>nte As necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

dos, pobres, a quak Ihes prtenceria exclusiramente, e suhstituiria<br />

a permissão que Ihes fbra conferi<strong>da</strong> por uma Provisão<br />

<strong>da</strong> Junta <strong>da</strong> Serenissima Casa e Estado <strong>de</strong> Bragança, com <strong>da</strong>ta<br />

<strong>de</strong> B <strong>de</strong> 1l;iio <strong>de</strong> 1794, em modificação <strong>de</strong> outra igual Provisão<br />

<strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> Fevmiro <strong>de</strong> 1791, para apanharem nas ditas sortes<br />

a lenha para a fogo que levassem cabeça, assim como para<br />

cortarem nm carro <strong>de</strong> mato em ca<strong>da</strong> anno, os que tivessem alguma<br />

horta propria, fbra a dita petição <strong>de</strong>volvi<strong>da</strong> pela Camara<br />

ao Conselho <strong>de</strong> Districto, por assentar, que em consequencia<br />

<strong>da</strong>s Provisões cita<strong>da</strong>s, não cabia nas suas atlribaições estabeleci<strong>da</strong>s<br />

no n." 3." do arb." 128.0 do Codigo Adm~istrativo.<br />

'Mostra-se tam%em: Que provando-se naquelia 2." Instancia,<br />

tanto por informarão <strong>da</strong> Carnara, como por um attestado<br />

<strong>da</strong> Junta <strong>de</strong> Parochia, a necessr<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> provt<strong>de</strong>ii6iar por meio<br />

<strong>da</strong> divisão ao estragamento completo do mato, e a irnpssibili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>da</strong> creaçáo <strong>de</strong> arvores e plantas, que resultava do córte<br />

<strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nado e ind&nido seguido até! então: o Conselho dg Districtc~<br />

aaoptou a <strong>de</strong>cisiio <strong>da</strong> Carnarn com os fun<strong>da</strong>rnedtos <strong>de</strong><br />

que as Provisões Regias t~nhão firma<strong>da</strong> um direito que não<br />

podia ser <strong>de</strong>struido; e poslo enten<strong>de</strong>sse, que por bem <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m<br />

publica, e do interesse <strong>da</strong> agricultura muito conviria alterar<br />

as sobreditas Provisões, marcando os terrenos para uso exclusivo<br />

dos pobres em proporGo <strong>da</strong>s suas necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, não se<br />

julgau' habilitado com po<strong>de</strong>res suffcientes para fdzer essa alteraçao.<br />

-Mostra-se mais, que, tendo subido recurso <strong>de</strong>sta <strong>de</strong>lifieração<br />

se repetírão por parte dos Recorrentes as mesmas allegaç*s<br />

argumentando-se, que as Provisões erão <strong>de</strong> natureza administrativa<br />

e sujeitas segundo qs eventuali<strong>da</strong><strong>de</strong>s a modificaçdo<br />

por Tribunaes competentes, cujas attribuiçòes nesse ponto havião<br />

passado para a hmara Municipal, e Consctho <strong>de</strong> Distncto,<br />

em virtu<strong>de</strong> dõs art.""i8.*, n." 3.", 278.0, o." h.", e 280.".<br />

n." 9.0, do Codigo ~dminishativo.<br />

Mostra-se por ultimo,-que sendo ouvido o Mmisteno Publico,<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> preenchi<strong>da</strong>s to<strong>da</strong>3 as disposições do Regimento,<br />

elle concleira a exposiçqo do caso, dizendo que a antinomia<br />

imagina<strong>da</strong> pelo Conselho <strong>de</strong> Jhstrreto entre a PFOVIS& cita<strong>da</strong><br />

e a Legisla$io actual era um mero phantasma, que a reflexão<br />

dissipa, fazendo ver a perfeita consi<strong>de</strong>ração entm a isoekm1<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

80 direito, que se firma tla Provisão e a proce<strong>de</strong>ncia do<br />

principio administrativo.<br />

RE~OLU~?~.<br />

O que tudo visto:<br />

O Governo, conformand~e com a Consulta, que adheriu<br />

a conclusão do Ninisterio Publico, dd provimento ao Recurso,<br />

e <strong>de</strong>teriosna que o Conselho <strong>de</strong> Distncto, <strong>de</strong> accordo com a<br />

Camara, por meio <strong>de</strong> arbrtros, ou pclo modo que se julgar mais<br />

accommo<strong>da</strong>do á imparcial ataliaqão dos differentes interesses,<br />

faça proce<strong>de</strong>r á divisão dos montes e matagaes, <strong>de</strong> que se trata,<br />

em sortes, ou leiras, com reiaçdo Bs terras cultas <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um,<br />

reservando-se no mesmo acto uma porção <strong>de</strong> taes matos su6ciente<br />

para as riecessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s dos pobres, que <strong>de</strong>ve ser sempre<br />

consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> para uso,priuativo dos que actualmente erisem,<br />

áu existirem <strong>de</strong> futuro.<br />

(hreto <strong>de</strong> 4 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 1854- Daano do lo~iorrns n * 19.4, <strong>de</strong> B6<br />

<strong>de</strong> Maio do mesmo anno )<br />

BOUTRiNA QUE DIIANA DA REMLUCÃO.<br />

-As Provisòes antigas sobre drtisão <strong>de</strong> montes e mata do o<br />

logradoiro dos visiahos t&em a aatuieza <strong>de</strong> provi<strong>de</strong>ncias ad-<br />

ministrativas,-as quaes são hoje <strong>da</strong> natural competeriora <strong>da</strong>s<br />

Camaras Municipaes e dos Conselhos <strong>de</strong> Districto.<br />

Quando se tratar <strong>de</strong>sta divisão, <strong>de</strong>vem os Conwlhos <strong>de</strong><br />

Districio, <strong>de</strong> accordo com as Carnarae, empregar todos os meios<br />

que mais conducentes forem para atten<strong>de</strong>r com to<strong>da</strong> a imgar-<br />

ciali<strong>da</strong><strong>de</strong> aos aigerentes interesses, e <strong>de</strong>signaddmânte aos dos<br />

pobres<br />

LEGISLAFXO CITADA NA BESOLO~ÃO.<br />

-Cbdigo Administratico.<br />

118/, ao 3."-aA Camara Municipal pertence--<br />

~eg<strong>da</strong>~ o modo <strong>da</strong> frui~rs dos bens, paskos, e quaesqiaer<br />

fruto5 <strong>da</strong> logradoiro commm dos visíttbos do Concelho.<br />

Art.' 5!78.", n." 4:-ãcompete ao Conselho <strong>de</strong> Districto,<br />

como Corpo <strong>de</strong>liberante, com o Governador Civil:-resolver<br />

sobre coutamento <strong>de</strong> terrenos, e pastos, nos casos<br />

em que era concedido pelo extincto Tribuiial do<br />

Desembaga do Pqo.<br />

*

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!