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Estabelecimento Thermal Dos mais perfeitos do paiz Excellentes aguas raioeraes para doença de pelle, estomago, garganta, etc. Filtro-Mallié de porcellana d'amiantho DE BOLACHAS E BISCOITOS 15 M'ESTE deposito, regularmente montado, se acham á venda por junto e a retalho, todos os productos d'aquella fabrica, a mais antiga de Coimbra, onde se recebem quaesquer encommendas pelos preços e condições eguaes aos da fabrica. A' LA VILLE DE PARIS Grande Fabrica de Coroas e Flôres F. DELP0BT 247, Rua de Sá da Bandeira, 251—Porto 14 MSA filial em Lisboa—Rua do Príncipe e Praça dos ^ Restauradores (Avenida). Único representante em Coimbra JOÃO RODRIGUES BRAGA, Successor 17-ADRO DE CIMA—20 BICO AlJER PreYilegiado em Portugal pelo atoa 1:127 50 °|0 DE ECONOMIA NO CONSUMO DO GAZ A prestações de 500 réis mensaes Menos de VINTE RÉIS POR DIA, largamente garantidos pela economia obtida no consumo do gaz. L U Z A L V Í S S I M A Encommendas: a JOSÉ MÃHQUES LADEIRA 99—Rua do Visconde da Luz—103 COIMBRA RESISTENCIA — Domingo, 26 de julho de 1896 ^CALDAS DA FELGDEIRA CANNAS DE SENHORIM ( B E I R A A L T A ) Abertura do estabelecimento thermal em 1 de maio e fecha em 30 de novembro Abertura do Grande Hotel em 15 de maio Grande Hotel Club Cora estação de correio e telegrapho, medico, pharmacia e casa de barbear. Magnificas accommodações desde 1)51200 réis comprehendendo serviço, club etc. Bónus para os médicos Tfll Hvdraillira 1 deposito da Companhia Cabo Monuat njuittUliba. dego.—Aviso aos proprietários e mestres d'obras. Plpptripidadí» o nntÍM Agencia da casa Ramos & Silva de QiGWllUUíUie G Upiitd Lisb03) constructores de pára-raios, campainhas electricas, oculos e lunetas e todos os mais apparelhos concernentes. Tinta*! nflTfl TíintllfflQ' Alvaiades,oleos,agua-raz,crés,gesso liinaa paia pmtuiaa. vernjzeSi e muitas outras tintas e artigos para pintores. PimPntftS' e Cabo Mondego, as melhores qualidades WlllClllUô. que se empregam em construcções hydraulicas. Bandejas, oleados, papel para forrar casas, moinhos e torradores para café, machinas para moer carne, balanças de todos os systemas. — Redes de arame, zinco e chumbo em folha, ferro zincado, arame de todas as qualidades. Ferragens para construcções: 0rll " i
sit ira lie i « O centenário da índia Agitam-se em commissõese subcommissões os festeiros, para que a solemnização centenaria da descoberta do caminho para a índia ostente os esplendores da evocação gloriosa d'essa deslumbrante epopeia. E, não obstante os esforços para despertar o enthusiasmo nacional, a alma portuguesa ficará fria perante essa exhibição vangloriosa e fatua, que para os verdadeiros patriotas representa simplesmenteuma irrisão e um vexame. A nação comprehenderá que a recordação d'essa formidável série de feitos sobrehumanos só servirá para pôr em doloroso contraste a lugubre decadencia d'um povo;que de tanta riquêsa, de tanta gloria, de tantos sacrifícios e tantos heroísmos, nada soube aproveitar, porque tudo entregou á rapacidade insaciável dos alliados da dynastia. Que interesses de ordem superior pôde trazer ao país esta congratulação internacional, promovi-^ da pela "própria ná:ção, que ,tem rfialbaralado em loucuras d'uma imbecilidade cega todos os recursos das suas conquistas marítimas, que de- E a pfesença dos seus couraçados balouçando-se altaneiros nas aguas do Tejo será a synthese affrontosa de toda essa festa insensata ! Porque se trata daquella mesma Índia que nos foi arrebatada, d'onde a cubiça e a perfídia do leopardo britannico tem arrancado montanhas de ouro; mantendo a supremacia exploradora, exercendo as mais inauditas crueldades, roubando e opprimindo sem consciência e sem lei, como salteadores ferozes; assassinando rajahs e nababos e amarrando com gargalheiras de ferro á sua voracidade sem fundo os tantos milhões de súbditos da — Graciosa Magestadel Mas a festa segue! Os programmas serão faustosos, os preparativos apropriados aos altos desígnios d'um povo que celébra a sua incapacidade, ludibrio d'uma dynastia de reis insensatos e déspotas!.... Na sua proverbial bonacheirice, a província despejará sobre a capital alguns milhares de viajantes. As folhas farão miudamente a reportagem das iUumina$ões-> dos lautos 1 banquetes, dos bailes da ÍStírte, dos vivas combinados, dos discursos e dos roubos. O thesouro CONTRA OS HUGUENOTES A sr. a D. Amélia de Orleans, protectora do movimento de reacção religiosa que vai lavrando pelo país, numa carta dirigida ao sr. Bispo- Gonde lembra os ardilosos preceitos de captação que abaixo transcrevemos. Essa carta apparece' publicada, em completo e inconvenientíssimo desproposito, num livro recente do sr. conde de Moucheron ; e o que sobretudo assombra é o denodo provocante com que uma confiança talvez excessiva faz correr inundo peças d'esta ordem. Eis um fragmento por amostra: «—Por isso mesmo que os tempos são difficeis e perigosos, é necessário dispor de muita prudência e reserva em tudo e para com todos, e tirar ás festas religiosas tudo o que possa haver nellas de odio e de ameaça contra os seus adversários. «Combatei as suas doutrinas; os processos dissolventes e anarchicos; mas tratae de o fazer de tal sorte que em lugar de exasperar e provocar os, seus fautores; possaes apasigua-los e chama-los a vófr, conforme o verdadeiro espirito christão.» portavel é imitação. "Com a differença de que a cabeça emblemática da Republica, que se vê no meio impressa a agua, perdeu o nome ao passar a fronteira e chama-se-lhe cá Lusitania! Também já havia notas com a cabeça de Mercúrio, em bonra do commercio; agora falta a cabeça de Medusa, ou antes, a de Midas, em honra das instituições! Dr. Amândio Gonçalves Depois de uma curta visita a esta cidade, retirou hontem para o Porto, este nosso particularíssimo correligionário e distincto professor da Academia Polytechnica. Pavorosa Dizem que falhou a temorosa maquinação de grande espectáculo, que estava planeada pelo governo com o préstimo do juiz Veiga. Mas, pelos modos, nova carrapata se anda architectando que promette ser de maior estrondo e desviar a attenção publica da eslrumeira governativa. E o sr. João Franco deitado sobre a pelle do leão de Nemêa afia o alfange para decepar a hydra!.... As restaurações artísticas EM C O I M B R A i Ouçam vv. ex. iS serenamente, que eu vou fallar baixinho, devagar, sem me zangar. Em Coimbra houve sempre um grande amor pelas velhas coisas d'arte. A natureza especial d'esta população de rapazes cheios de vida, com a audacia que só dá a mocidade, faz com que aqui echoem, primeiro que em outra qualquer parte do país, as vozes de Fóra. Assim, Coimbra tem sido sempre o ponto de partida dos grandes movimentos revolucionários da nossa litteratura; daqui tem saído sempre o primeiro grito de admiração pela obra dos mais novos, dos que tentam quebrar a rotina e andam pelo mundo, num desprezo de velhas aucloridades, a prégar em arte uma nova religião. publico dispenderá 1:000 conviam ser a garantia segura da sua tos, que desapparecerão nas mãos prosperidade e da sua grandêsa! ? sequiosas dos emprasarios insaciá- As riquêsas da índia e todo o paveis. Os côches do paço, levando os trimónio colonial português passa- preciosos fardos, reluzirão por enram ás mãos da Inglaterra que, destre as baynetas das guardas reaes!... de dois séculos e meio, abraçada á realêsa não pára na sua obra ne- E de toda esta vertigem de folia fasta de absorpção. não restará aos olhos dos circums- Para que serve, — um país insopectos mais do que um facto únilúvel em face dos crédores, incapaz co :•*— a confirmação implacavel da dos fortes embates da existencia, desgraça d'um povo, sem iniciativa atrophiado, frouxo, batido e castra- e sem alma, que facilmente se deido para a civilização, — para que xa embriagar para não sentir as dô- serve, dizemos, dispender sommas res da sua completa ruina! incalculáveis com este novo regabofe de vaidades contemplativas, de um platonismo ridiculo neste pe- Dr. Guilherme Moreira ríodo de calamidades publicas, que Acompanhado de sua ex. vamos atravessando! E a redundancia exorbitante de uma banalidade faustosa, que ultrapassa a esphera das applicações rhetoricas, onde até ha pouco se mantinha: — a apotheose do nosso passado de glorias! Ora a esse conceito oratorio temse contraposto a ficção idiota da — aíliança inglêsa, penhor da nossa independencia t E a Inglaterra, senhora do grande emporio das índias — para vergonha nossa!— far-se-ha representar, adherindo aos enthusiasmos portuguêses, ma O povo, o operário de Coimbra é mais illustrado que o de qualquer Borrasca em Moçambique das outras cidades do país. Tem a O ministério vive fatidicamente educação fácil nas escholas d'in- Nesta carta pastoral a sr. D. apertado em conflictos que elle vae strucção primaria, na Associação dos Amélia falia pela bocca de Loyola illudindo, cercando-se dos véos es- Artistas, e recebe na Eschola Bro- e até ensina o padre-nosso ao cura! pessos de impenetrável sigillo. tero a educação artística que lhe é Parece incrível que uma princeza Agora é a desintelligencia entre dirigida por Antonio Augusto Gon- esteja tão bem iniciada nos artifícios Mousinho de Albuquerque e o goçalves, sem duvida o primeiro provernador da Companhia de Moçam- dá monita secreta! fessor d'ensino industrial em Porbique Joaquim José Machado. E o Ora pois, que se lhe não depare governo vê-se entalado, sem saber tugal. algum revez,que obste ao fervor da que solução adoptar, porque os dois Por isso o operário de Coimbra sua propaganda ultrmontana, é o persistem refractários a todas as se interessa, mais até que os nossos que por agora se nos offerece dese- tentativas de conciliação. ministros d'instrucção, pelas obras jar-lhe. Ante-hontem repeliram-se as con- mutiladas que o acaso lhe depara. ferencias entre os ministros da fa- E é de vêr a alegria com que elles zenda e da marinha, indo aquelle depois a Cascaes conferenciar com interrompem o trabalho para cha- Único! o rei. marem alguém que passa, e elles sa- Os jornaes de Lisboa vem tro- Hontem conselho de ministros. bem conhecer de coisas d'arle, para çando um mestre d'obras e um com- Chovem telegrammas e officios: lhe mostrarem, o capitel, o fragmenpositor typographico que por lá an- um aguaceiro de metter mêdo! to de fuste ou destatua, a inscridam, commissionados pela imprenpção mutilada que o acaso lhe desa da Universidade, a estudar o Exposição Universal parou ao abrirem uma valia, ou ao melhor processo decavalletes actual- de 1900 desfazér uma parede velha. mente adoptados. Se isto não é uma blague dos O governo fez a communicação Juntam-se todos a perguntar se fami- nossos collegas da capital, ou um official de que Portugal tomaria par- tem valor, e faliam d'outras pedras lia partiu ante-hontem para o'Bus- remoque a um par de narizes que te na grande exposição. assim que elles viram em outras saco este nosso querido amigo e il- tomaram de arrendamento um ex- Custou a decidir-se. Mas o que partes, e talvez se encontrem ainda. lustre director da Resistencia. ministro d'estado e um banqueiro é necessário é que se não repitam muito em evidencia, é tudo quanto os conflictos que em 1889 se de- Nunca se sabe quem fez o acha- de mais piccaresco conhecemos. ram entre os delegados porluguêdo. Foram todos. O ministro das obras publicas, Uma commissão para estudar cases, porque estas desintelligencias A gente pára, vê e agradece. vulgo o Lyrio pendente, proferiu um valletes!.-.. só servem para nos desacreditar e No dia immediato passa a gente discurso num banquete politico no compromelter a nossa representa- de novo e pergunta pela pedra. Está palacio de crystral. ção. Explanou o programma do go- já em alvenaria, na parede. 0 di- A belleza das notas Demais foi á ultima hora que as verno para levar o país á gloria; e iniciativas accordaram e tudo se rector da obra mandou-a partir, e com o estomago repleto disse mara- A Gasa da Moeda com os seus ressentiu d'essa precipitação deplo- quando elles timidamente lhe disvilhas da nossa situação economica: hábeis artistas está atirando á cirrável, não obstante as sommas enorséram que alguém passára, a vira e —O país nada em Champagne e culação notas, que, como obras de mes que foram dispendidas. affirmára que tinha valor e devia abarrota de pigeons au trujfes, fileis arte, dão vontade de rir. E isto o que tem acontecido em ser guardada, gritára furioso:—Já hors d'oeuvre, e patê de foie gras I Nos padrões não ha espirito; as todas as exposições em que Portu- disse. D'aqui não sáe nada para fóra! O único perigo que o ameaça é côres são destemperadas e brigangal se tem feito representar, graças a indigestão! les. a este desleixo num assumpto de Elles quebram a custo o capitel, Dizem as folhas que filiou como Nas ultimas notas de 10$000 tal gravidade para os interesses e ou fuste que encontraram tão ale- Gladstone!.., réis, tão elogiadas, o que ha de sup- os créditos do país! gres, ,,
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