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Mostra-o bem, o que elle disse da estatua de Teixeira Lopes que o país inteiro ainda ha pouco admirou. Quando a viu pela primeira vez, não teve uma palavra d'elogio, e aconselhou que a não levassem a Lisboa, que a mandassem logo para Coimbra. Diante da obra extraordinaria de Teixeira Lopes, vibrante da vida toda de Santa Isabel, vida de tormento passada na tortura, sempre a pacificar os outros, diante d'essa estatua que, como todas as grandes obras d'arte, impressiona tanto a alma ingénua dos simples, como a dos artistas que passam a sonhar o mesmo sonho darte, o sr. Luciano Cordeiro ficou sem emoção, discu tindo a frio, sem enthusiasmo. E elle o único. Os grandes criti cos do nosso país Joaquim de Vas conceitos, A. Arroyo e Fialho d'Al meida não tiveram senão palavras d'elogio, nenhum levantou uma censura-; só o sr. Luciano Cordeiro se lembrou, no meio do côro de louvores que em Lisboa se levantavam á obra do esculptor, de achar que a imagem da Rainha Santa era falta de verdade histórica, e de extranhar que o esculptor reputasse sem a authenticidade d'um retrato, a estatua jacente do tumulo que a rainha mandára fazer em vida, e se não tivesse servido do retrato pu blicado por o sr. Benevides ou mesmo do quadro existente na Sé Ve- lha. Analysemos este caso que vale a pena. Custa a comprehender que um homem só seja capaz d'accumular tantos erros na apreciação do mes mo facto historico. r E necessário desconhecer completamente á historia d'arte no nosso país para dar o valor d'um retrato a uma estátua jacente d'um tumulo do século xiv. O artista d'então não se preoc- cupava com a physionomia do personagem que tinha d'ésculpir, ten ta v a apenas representara dignidade que o investia, dando á physionomia as características do ideal da belleza do seu tempo. Por isso todas as physionomias gothicas se parecem, todas tem mesma fronte grande e proeminente, o mesmo lábio grande e vincado, a mesma boca pequena, o mesmo collo, o mesmo seio a mesma estatura. Basta comparar duas estatuas da mesma epocha, a de D. Vetaça e a da Rainha Santa, representando pessoas de países tão differentes, apenas eguaes no berço, para se ficar convencido da verdade d'este acerto. As representações iconicas dos antigos personagens são apenas um elemento valioso para a historia do costume. Quem já tenha assistido á abertura d'um tumulo, e tenha podido estudar o cadaver, e comparal-o Com a estatua jacente que o representa, tem-se confirmado cada vez mais nesta opinião. RESISTENCIA — Segunda feira, 13 de julho de 1896 Ao retrato do sr. Benevides ninguém tem até hoje reconhecido a authenticidade d'um documento comtemporaneo de Santa Isabel. Centenario da índia Hontem consorciaram-se em S. João d'Almedína o sr. Augusto Raphael Garcia d'Araujo e a ex. ma sr. a D. Etelvina de Oliveira, Diba do conceituado industrial, desta cidade, sr. Raphael Rodrigues de Oliveira. Carta de Lisboa Porque muitos indivíduos que usam certo nome não se confundem com elle. Passa-lhe.s como uma alcunha. E esta a differença entre o charlatanismo e a dignidade. x As festas commemorativas da descoberta d'aquella mesma índia, Lisboa, 28 de julho de 1896. onde um Affonso de Albuquerque O argumento de mais força que de montra de algibebe, com o ap Comprehendem que hoje nao se tem apresentado é a sua seme- plauso do actual governo, está, nes- posso fallar-lhes senão da morte de lhança com a estatua do tumulo. te momento, fuzilando descripcio Rodrigues de Freitas. nariamente súbditos portugueses Não foi uma surpreza como Uma accusação dirigiam a Rodri- para, pelo terror, fazer calar recla de José Falcão. Ora esta semelhança nada prova; gues de Freitas: — A de não ser maçães e protestos, vão de mal Sabia-se que eslava perdido ha porque a estatua jacente não pode revolucionário. Em que termos en- peior! muito tempo e todos se admiravam tendiam esses accusadores ignorados ser um retrato, como já dissemos. E a genuína leviandade portu de que vivesse ainda. a palavra revolução? Eu explico: gueza em acção! Por isso eu não começo a sentir dizerem-se revolucionários é uma Resta o quadro da Sé Velha. Gizou-se obra a capricho e a es a falta de Rodrigues de Freitas desculpa com que encobrem a sua O quadro da Sé Velha é uma mo; e immediatamente se annun desde hoje. Sinto-a desde que élle inutilidade para o estudo, para o ciou ao mundo um projecto de fes foi considerado perdido para nós, pintura do século XVII em que a saber, para o sacrifício obscuro, tas phantasticas, tudo que occorreu ha dois annos. para as responsabilidades de cada Rainha Santa está vestida á moda á imaginação dos visionários. Nin Eu não o conheci pessoalmente dia. do século XVIII... guem se preoccupou com as despe o que não impediu de saber por Claro que nestas palavras defino zas loucas que essa faustosa exhi um dos seus Íntimos—José Falcão os revolucionários que se dizem e Ora o século XVII fica um pouco bição exigia. —quanto valia o seu espirito e o não o são. longe do século XIV em que viveu Ninguém estudou, nem calculou seu caracter. Não fallo dos que, tendo a mais orçamentos, nem determinou limi- O seu caracter. Eis aqui um caso a Santa... nobre concepção da revolta, compretes á folia. para considerar: Rodrigues de Freihendem a necessidade de homens E a repetição do que inalteravel tas era um professor brilhante. Na como Rodrigues de Freitas. O sr. Luciano Cordeiro que foi o mente tem succedido. Quando vêm sua especialidade, um erudito. Par- único critico que se revellou sem a Lisboa o rei de Hespanha, a exlamentar d'um alto valor, sem ar Porque elle não seria um revolu- emoção perante a bella obra d'arte posição d'arte ornamental, que cus- remetlidas fáceis que se transforcionário no sentido ardente da pala- de Teixeira Lopes, provou também tou 500 contos, estava orçada em mam, como as que sabemos, em vra. Mas era uma garantia para a 50. E tudo assim! cobardíssimo retrahimento, nem ha obra da Revolução. . que não tem a erudição bastante Agora começam a apparecer vo- bilidades saloias de cynico e de x para comprehender uma obra hiszes prudentes, a temperar a fúria corrupto. Agora uma palavra sincera. Semtórica. vertiginosa da pandega patriótica Era correcto na expressão, ao pre que nos morre um grande chefe I^este sentido uma carta do sr rpesmo tempo nobre e simples como succede agora, o desanimo Um facto recente prova que o Thomaz Ribeiro publicada no Fo- —o que é d'uma difficuldade ex- abate os mais sinceros e os mais sr. Luciano Cordeiro é incapaz de pular é louvável de bom senso. traordinaria, quando não está no convictos. Propõe o adiamento das festas, e temperamento do individuo. Mas a avaliar bem uma restauração artís- É uma doença nacional que deriva a reducção d'ellas á proporções le sua correcção, exactamente porque tica. do nosso messianismo. gitimas e modestas d'uma simples derivava da delicadeza e da digni- Num trabalho meu publicado no comroemoração nacional. dade de pensamento, era de rara Admiremos os grandes homens Instituto, eu mostrava a necessidade Áparte o fiasco, a proposta é ac- energia em todos os actos da sua como exemplos e façamos o que de estorvar as obras de restauração ceitavel. Mas, por isso mesmo, o vida. De fórma que este homem, devemos: — imitemo-los. que se andavam fazendo na Ba- governo ha de resolver-se a exce- intellectualmente superior, domina- Chora-los, só para usar d'elles der as verbas votadas! va antes de tudo pela sua auctori- como ornamento oratorio, para espetalha. E, em vez das miseráveis dezedade moral. D'ahirvinhaa sua força, culação, para argumento em ques- A Commissão dos monumentos nanas de contos que foram auclorisa- o seu prestigio. E logico. Na crise tiunculas, é ridículo e despresivel. cionaes resolveu por proposta de não das, ha de a nação largar 2:00( portuguêsa faltam os homens hon- E necessário respeitar os mortos. sei quem, mandar examinar as obras contos, que não ó para menos rados. O prestigio da dignidade, Recordemo-los só, procedendo como Foi nomeado o sr. Ramalho Orti- vasto plano da festança! affirmando-se em actos, sem osten- elles procederam. D'outra forma gão. Olaré II... tação e sem réclames ridículos, não os profanemos citando os seus domina acima de tudo. nomes. O sr. Luciano Cordeiro que não João de Menezes. Rodrigues de Freitas além d'isto assistiu á sessão, affirmou depois «A Republica» merece as minhas sympathias e que as obras se estavam fazendo meu respeito, porque desde que foi Partiu para a Figueira da Foz o nos- muito bem, e que o seu director ti- É o titulo d'uma folha de com- deputado republicano integrou as so prezado amigo, dr. Francisco Manso Preto, distincto professor do lyceu nha muita competencia, que elle bate que sob a direcção de João suas idêas politicas num principio de Coimbra. votava contra tal exame. Chagas, a partir do 1.° de agosto definido e combateu com doutrina, vem engrossar a phalange dos mais com argumentos, com factos, oppondo á monarchia a Republica. A sessão solemne para a entrega Ora o sr. Ramalho Ortigão con- energicos luctadores da imprensa Discutiu, affirmou-se, estabeleceu da espada oíferecida ao valoroso codemnou comnosco as obras da Ba- democratica. uma linha de proceder e desenvolronel Galhardo pela colonia portutalha em plena sessão da Commis- Aguardamos com impaciência a ver um critério. Assim não foi um guêsa residente no Amparo, Brazil, são conservadora dos monumentos na- apparição do novo legionário. chicaneiro, um intrujão de accordos, foi celebrada nas salas do Grémio um homem dos corredores. Foi um de Mallosinhos! cionaes, e ainda, ultimamente, nt) seu deputado republicano—combaten- Esta não lembra ao diabo! livro — O cidto d'arte em Portugal, Sarah de Mattos do a monarchia e defendendo a Alguns jornaes até occultam o voltou a tratar minuciosamente o republica. logar da entrega. A manifestação realisada no domingo assumpto, denunciando os erros que no cemiterio Occidental de Lisboa, na E porque era intelligente e por- Não havia no Porto: na casa da lá se tem commettido. transladação dos ossos da desventurada que não fora cúmplice de facto ou camara, no Palacio de Crystal, na criança victima da perversidade jesuí- de direito de quantas infamias se Bolsa, na Associação Commercial, tica, num coio de víboras, teve praticam tornou-se temido o que ou em qualquer outra, um salão dis- Vê-se pois que o sr. Luciano altíssima significação de protesto col- é muito, respeitado o que é mais. ponível ? lectivo e vibrante d'uma população Cordeiro como critico, está muitas inteira revoltada contra essa onda de Com estas qualidades venceu A parte oratoria correu super- vezes só... fanatismo, que ameaça asfixiar a socie- definitivamente. abundante e até o auctor da espa- Em Coimbra está sò com o sr. dade portuguêsa. Porque as victorias d'occasião da intendeu intervir com o descôco 0 governo, por bajular a reacção do Director das obras publicas... 'aceis de conquistar essas nada de banalidades e vivorio á familia paço, prohibiu o cortejo; mas a mani- valem. Servem aos cynicos, aos reall festação manteve-se tão imponente e solemne, como era necessário para nullos; mas passam depressa. E eis aqui como um alto pensa- Já cá faltava o sr. director das desaggravo dos sentimentos liberaes Rodrigues de Freitas não fez mento de galardão patriotico é pre- obras publicas... da nação. assim. Seguiu o seu caminho a dicado pela incomprehensão do Hoje é tarde, não pode ser, fica O facto, pela enorme multidão que direito; de forma que, sendo intel- apparato que exige! sanccionou e pela convicção que o para outra vez... dirigiu,—confessando-o todos os imigente, homem de sciencia e homem E não perde por esperar, sr. Diparciaes, — deveria prestar-se a medi- de bem fixou-se e dahi nunca foi Consta-nos que nos dias 14 e 15 do tações de prudência por parte dos que jossivel desvial-o, nem ahi foi posrector das obras publicas... proximo mez d'agosto ha no Theatro impellem essa invasão ultramontana, sível attacal-o. Príncipe D. Carlos, da Figueira da Foz, se prudência podesse encontrar-se nos T. C. Aos espíritos medíocres, aos va- 2 espectáculos d'assignatura pela trou- ambiciosos e medíocres que julgam dominar as idèas com os sabres da dios da galeria talvez nem sempre pe do theatro de D. Maria, de Lisboa, que anda em digressão pelo paiz. municipal! agradem. A empreza d'estes espectáculos é do Depois d'utna prolongada doen- Na verdade, para essa gente sr. F. dos Santos Lucas, actual arrença, succumbiu o sr. José Francisco elle não deixa uma figura de rethodatario do Theatro Príncipe Real, de da Cruz, activo e honrado indusrica, nem a memoria de certo con- Coimbra. rial-d'esta cidade. vívio fácil dos que buscam a popu- Ao seu consocio e genro, o sr. laridade. Manuel José Telles enviamos o mais sentido pezame. Mas deixou um nome seu, o que é diíficil. Acha-se na Figueira da Foz a banhos o nosso amigo João Gomes Moreira, conceituado commerciante d'esta praça,
O u L b a , Um artigo do Temps, folha auctorisada pelas especiaes condições de informação, publicou um artigo que produziu uma impressão formidável no animo dos hespanhoes. A Hespanba esgota-se nesta lucta, e tudo leva a crêr que gravíssimos desastres lhe estão reservados, se persistir na politica orgulhosa, que lhe não deixa tentar medi- das de conciliação, por meio de reformas libcraes. x Continuam na Havana as prisões de pessoas suspeitas de cumplicide com os insurgenles. Foram presos o dr. Zertucha, exalcaide de Bejucal; um tenente de voluntários, chamado Garcia, e outros indivíduos. A columna Fondevicla teve um encontro, cujos pormenores são desconhecidos, porque no ministério da guerra, em Madrid, não facultaram á imprensa o telegramma official respectivo. Isto parece indicar que o resultado não foi favoravel ás armas hespanholas. x Em Carabatas foi morto o cabecilha mulato Venâncio Micado, depois de uma lucta corpo a corpo, com o tenente de voluntários Ramon Garcia. x signal a Lebigot, que passeiava no logar convencionado. M. me de Villedieu, vendo a janella aberta precípitou-se para diante, gritando : — SoccorroI soccorro I M. de Villedieu impelliu-a rudemente para o meio do quarto. — Vamos, poisl, disse elle. Vão julgar que estão aqui estudantes banqueteando se. Acompanhae-me. Vêdeseste gabinete escuro onde mandei coilocar um grande fauteuill Peço-vos perdão, mas é là que o meu amigo d'Esprignoles tem ordem de encerrar-vos, se não estiverdes socegada. Ê lá também que tendes de ficar quando elle quizer sair, a fim de não quebrares as vidraças. Metteu-a no gabinete, fechou a porta e foi esperar Lebigot. — Meu caro d'Esprignolles, disse pile de modo a ser ouvido por sua mu- RESISTENCIA — Segunda feira, 13 de julho de 1896 Dr. Affonso Costa Coru sua ex. ma familia partiu para a Figueira da Foz este nosso muito presado amigo e distincto correligionário. As alterações que a Companhia dos Caminhos de Ferro Portuguêses faz nos seus horários só por deferencia e formalidade costumam ser apresentados á sancção do mi- nistro. Mas o sr. Hinlze que queria um apeadeiro á porta, marcou alteração para a paragem em Algés do rápido de Cascaes. Em vista do que a companhia prescindiu da reforma do horário. Por estas ninharias reveladoras de desmedida ambição se pôde avaliar da força absorvente da caranguejola !... UNIVERSIDADE Faculdade de Philosophia Esta faculdade reunida hontem em congregação final conferiu as seguintes classificações aos seus alumnos: Classiflcações 1. A CADEIRA — Accessit: João Salema de Sousa Abreu Goveia, Anselmo Ferraz de Carvalho, D. Manuel d'Assis Mascarenhas, Pompeu de Meirelles Garrido. Distinctos: Antonio T. de Carvalho, Alexandre Sousa Pinto, Eduardo Nogueira Lemos, Ayres Alcoforado. 2. a CADEIRA — Partidos: Alvaro da Silva Basto, Sidonio Bernardino Cardo- O lnlransigeant mette a ridículo so da Silva Paes, Eugénio Trajano de as reformas de Canovas, dizendo Bastos Guedes. que se resumirão no seguinte: de- Accessit: Antonio Francisco de Sousa. Distinctos: José dos Santos Alves, portação, garrote vil e fu- Antonio Aurelio da Costa Ferreira, Adalzilamento para os cubaberto Novaes de Carvalho. nos. ANALYSE CHYMICA — Distincto: Car- x los Braamcamp Freire. 3. O Herdldo de Madrid, diz que durante o anno corrente já se tem gasto com a campanha de Cuba 360 milhões de pesetas 1 x Partiu de Barcelona para Cuba o vapor Antonio Lopez, conduzindo 21 officiaes e 235 voluntários. Acha-se quasi restabelecido, o que sinceramente estimamos, o sr. Adelino Vieira, digno secretario da camara municipal. a CADEIRA— 1.° accessit: Antonio Francisco de Sousa; 2.°, José dos Santos Alves; 3.°, Rodrigo Affonso Alves de Sousa. 1.° distincto, Eugénio Trajano de Bastos Guedes; 2.°, Pedro Bon de Sousa; 3.°, Camillo C. Guimarães. 4. a CADEIRA — Premio: Sidonio Bernardino Cardoso da Silva Paes. Accessit: José Joaquim Pereira dos Santos. Distinctos: Armando Augusto Leal Gonçalves, Arsênio Botelho de Sousa, José Carlos de Barros, Alfredo Machado e Costa, Antonio Alexandre F. Fontes, Aureliano Xavier de Sousa Maia, José Bernardino de Carvalho, Manuel Francisco Neves Júnior. gundo o que está combinado, tu lhe endiques outro bilhete que escreverei também. —-Bem. — 0 numero que elle tem ê, se bem 5. a CADEIRA—Accessit: José Augusto Lobato Guerra. l. os distinctos: José J. Pereira dos Santos Motta, Jayme Pinto; 2. 0S , Alvaro de Lima Henriques, Antonio José de Sousa, Joaquina Hermano de Carvalho. 6 a CADEIRA — Prémios: Alvaro da Silvo Bastos, Sidonio Bernardino Cardoso da Silva Paes. Distinctos: Alvaro de Lima Henriques, José J. Pereira dos Santos Motta, Armando A. Leal Gonçalves, Aureliano Xavier de Sousa Maia, Antonio Alexandre F. Fontes. 7. a CADEIRA —Accessits: José A. Lobato Guerra, José Carlos de Barros. 8. 1 CADEIRA—Premio: Alvaro da Silva Bastos. 7. a E 8. a CADEIRA — Premio: Antonio Affonso Vellado Alves Pereira da Fonseca. Accessit: João Alexandre Lopes Galvão. I o distincto: José Henriques Lebre; 2.°, Manuel de Mello Nunes Giraldes. Bacharéis formados Relação dos bacharéis que concluíram a sua formatura na faculdade de Philosophia no anno lectivo de 18Ç 5 a 1896. Antonio Affonso Maria Vellado Alves Pereira da Fonseca, M. B. 20; Jayme Constantino Fernandes Leal, B. 11; José Henriques Lebre, B. 14; João Alexandre Lopes Galvão, B. 15; Joaquim José Cerqueira da Rocha, S. 10; Américo Manuel da Conceição Mattos dos Santos, B. 12; Manuel de Mello Nunes Giraldes, B. 13; José Araujo de Souáa Nasareth, S. 10; Alvaro José da Silva Basto, M. B. 20. Faculdade de Medicina Esta faculdade reunida hoje em congregação final conferiu as seguintes classificações aos seus alumnos. Classificações 1.° ANNO — Premio: Jose de Mattos Sobral Cid. 1.° accessit: João Evangelista Lopes Manita; 2.°, Manuel Gomes Filippe Coelho; 3.°, Antonio da Gama Rodrigues; 4.°, Elysio d'Azevedo e Moura. I. 05 distinctos: Angelo Rodrigues da Fonseca, Joaquim José d'Abreu; 2. 0i , Amândio Gonçalves Patil, Manuel de Lucena, Manuel Xavier Ribeiro Vaz de Carvalho. Premio Rarão Castello de Paiva: João Evangelista Lopes Manita. 2.° ANNO — Premio: Albino Augusto Pacheco; 2.°, Luiz Augusto Leotte Ayer du Perier. 1."' accessit: Alfredo Machado, Antonio Caetano d'Abreu Freire Egas Moniz; 2.°, Ernesto Rodolpho Alves (Te Castro. Distinctos: Augusto de Sousa Rosa, João Evangelista Soares da Cunha e Costa. 3 ° ANNO — Premio: Luiz dos Santos Viegas. Accessit: Francisco Cardoso de Lemos. 4 ° ANNO— 1.° premio: Antonio de Padua; 2.°, Antonio Olympio Cagigal. l.° accessit: José Rodrigues d'0!iveira; 2.°, Manuel Vieira de Carvalho; 3.°, João dos Santos Jacob; 4.°, Carlos Alberto Lopes d'Alraeida. l. os distinctos: Joaquim Luiz Martha, Benjamin de Sousa Teixeira, Diogo Barata Cortez; 2. ss , José Victorino da Motta, Luiz Antonio Trincão, Gualdim Antonio de Queiroz e Mello, e Joaquim Salinas Antunes. 5.° ANNO — Premio: João Serras e Silva. Accessit: Arthur d'Azevedo Leitão. Distinctos: 1.° Guilherme Henrique de Moura Neves; 2.° João Avelino Pereira da Rocha; 3.° Manuel Antonio Martins Pereira; 4.° Alfredo Lopes; 5.® Frederico Augusto Sanches Pereira de Moraes. Relação dos doutorandos que fizeram acto de licenciatura e dos bacharéis que concluíram^ a sua formatura na faculdade de Medicina no anno lectivo de 1895 a 1896. # Terminou o serviço na Universidade. Camara Municipal de Coimbra Resumo das deliberações tomadas na sessão ordinaria de 16 de julho de 1896. Presidência do dr. Luiz Pereira da Costa. Vereadores presentes : —effectivos: arcediago José Simões Dias, José Antonio dos Santos, José Antonio Lucas, Albano Gomes Paes. Foi lida e approvada a acta da sessão anterior. Tomando a camara conhecimento de um officio do chefe dos serviços da caixa geral dos depositos, dando conhecimento de que todos os precatorios para levantamento de importâncias pertencentes ao fundo de viação municipal, devem ser passados em papel sellado de taxa de 100 réis e ter pago o sello de um por milhar relativo á importancia deprecada; e de um outro officio do zelador chefe dos serviços da limpeza da cidade, participando diversas irregularidades que não permittem que o serviço da limpeza da cidade, se faça conforme os desejos da repartição. Auctorisou a acquisição de duas agulhetas tercidas e emplastos para concertos das mangueiras e reparos nas mesmas, e bem assim no carro do serviço dos incêndios; limpeza de um cano ao porto dos Bentos que recebe as aguas da rua da alegria; noventa e tres avenças para o pagamento de impostos indirectos do trimestre de julho a setembro do corrente anno; auctorisou o pagamento da côngrua parochial de Santa Cruz— 2$850 réis; salarios ao pessoal da limpeza da cidade 155^040 réis; material para o serviço da limpeza da cidade 45$928 réis; execução de eanalisações d'aguas 28#460 réis ; reparos da canalisaçSo em gerai e conservação de reservatórios 21 £073; limpeza da valia do nascente de agua no cerco do asylo dos Cegos em Cellas o£550 réis; reparação de bancos na Praça do Commercio réis 8#705 ; reparação de calçadas e syphões nas ruas da cidade 5«8970 réis; conservação d'arvores 3#360 réis; limpeza de ruas do jardim de Santa Cruz 3^000 réis; reparação de calçada na ladeira de Santa Isabel em Santa Clara 33$510 rés.i Licenciado Attestou ácerca de algumas petições para subsídios de lactação a menores. Encarregou o vereador do pelouro respectivo de dar o seu parecer ácerca de uma proposta para o fornecimento de pão para o asylo dos Cegos om Cellas por preço mais Adelino Vieira de Campos de Carvalho, M. B. 16. baixo e de qualidade superior ao que actualmente é fornecido para o mesmo asylo. Mandou eliminar em virtude de reclamação Bacharéis formados do rol de imposto directo para 1897 o nome de um contribuinte. Adriano Luiz d'01iveira Pessa, B. 13. Despacoou requerimentos:—passando attestados de comportamento; auctorisando a eol- Antonio Agostinho Morão de Camlocação de letreiros e tôldos em estabeleeimenpos, B. 13. tos de commercio ; licenças a empregados da Frederico Augusto Sanches Pereira de Moraes, B. 14. João Avelino Pereira da Rocha, B. 14. Alfredo Lopes, B. 14. Antonio dos Santos Tovim, B. 12. Antonio Francisco de Paula, B. 13. Camara ; alinhamento sein occupação de terreno publico ; formação de andaimes para a pintura de uma casa; eollocação de signaes funerários no cemiterio da Conchada; abertura de boracos para postes em Santo Antonio dos Olivaes. Arthur d'Azevedo Leitão, B. 15. Ricardo José d'Almeida eSousa, B. 13. Accacio Julio Ferreira, B. 12. Manuel T. Pessoa, Guilherme Henriques de Moura Ne- estudante do 5.° anno de Direito, conves, B. 14. tinua a leccionar Historia, Geographia João Serras e Silva, M. B , 16. e Philosophia. Manuel Antonio Martins Pereira, B. 14. José Maria Cardoso, B. 13. José Maria da Silveira Montenero, B. 12. Rua do Visconde da Luz, 4 a 6 Lições de hygiene publica PELO DR. A. X. LOPES VIEIRA PREÇO, 10000 RÉIS Á venda na Imprensa da Universidade. F. Fernandes Costa ADVOGADO Rua do Visconde da Luz, 50] 22 Folhetim da RESISTENCIA I0Ã0 DAS GALÉS XIV O rapto M. me lher, como eu o tinha previsto, a du- me recordo 312?, perguntou Villedieu — Consentis que vos abrace, Hèlè- gnac. Mandou metter as duas malas queza não quiz ser rasoavel, e, como pegando na penna. ne?, perguntou o duque soltando uma dentro do carro, e disse para o rapaz: necessito ausentar-me confio á tua — Sim. gargalhada, eu parto com demora de — Gare do Norte. guarda, na forma por que combinamos. — Aqui está, disse Villedieu, mos- alguns dias. — Gare do Norte, repetiu elle para Sei que és um cavalheiro incapaz de trando-lhe o bilhete: A duquèsa recuou. o cocheiro. abuzares da minha confiança parte, — Oh I, disse elle, eu não insisto. Apenas a carruagem se poz em mo- «Rogo ao proprietário do Grand Ho- pois, seguro de que cumprirás com os Girou sobre os calcanhares e saiu. vimento, M. de Villedieu cortou com tel o favor de entregar as minhas ma- teus deveres. A duqueza tem completa No palacio Saint-Michel, escreveu e uma faca o panno das malas e descolas ao carregador, n.° 312, portador liberdade nos seus aposentos, mas es- expediu um telegramma a Camard. Delou-o. Depois pegou numa esponja, la- d'este bilhete. tará sempre debaixo da tua vigilaccia. pois tomou um fiacre que passava no vou ao de leve a cotia que adheria Se ella se limitar a palavriado, deixa-a, Duque de Villedieu. t Caes e fez-se conduzir ao Grand-Hotel. aqui e alli e appareceram duas lindas de Villedieu deixou pender a mas se quizer escapar-r,e ou se gritar Pediu a sua conta. malas de couro. Atirou o panno fóra, cabeça sobre o peito. Sabia, na verdade mais, encerra-a no gabinete escuro. — Serão talvez um pouco pesadas. — Deixaes definitivamente a Fran- espremeu a esponja, e accendeu um de, que a vontade de seu marido era Tu farás as compras necessarias para São os moveis que me restam, e que ça, senhor duque ?, perguntou o cai- cigarro. inflexível. as refeições; e também és tu que as eu não levarei commigo, disse Villexeiro. Chegando á gare do Norte, deu cin- Villedieu abriu a janella e fez um has de cosinhar, não serão primorosos dieu, mas tu as alliviarás de todos os — Sim, respondeu Villedieu, mas co fracos ao cocheiro, e entrou para os manjares, mas a minha ausência é papeis, com que farás três ou quatro não para sempre. um gabinete de toilette. curta! Quando tiveres de abandonar pacotes que deitarás no correio, diri- Alli, abriu o seu sacco de viagem, um momento que seja, é ainda no gagidos ao conde de Clairemont, posta — 0 boulevard vae sentir a vossa suspendeu da parede um pequeno esbinete que tens de encerra-la. Entre- restante, Roma. Os papeis esperarão là falta. pelho, cortou as suissas, pintou o rosmos na sala, tenho cousas a dizer te todo o tempo que eu quizer e ninguém O duque subiu ao seu aposento. to, passou pelos cabellos uma agua Eram oito horas da manhã. agora que a duqueza não deve ouvir. irá alli procura-los. É um asylo segu- que os tornou negros, poz um fino bi- Em alguns segundos metteu os ob- — Tens comtigo, preguntou Villero. Queimarás em seguida a mala que gode e uma pequena pera, muito nejectos que, na vespera, tinham sido dieu, apenas entraram, todos os do- nos acompanhou a casa de Koellen e gra, e artisticamente feita, e comple- roubados em casa de M. de Koellen, cumentos para provar que és o cava- lançarás os fechos nos esgotos. Entretou o seu disfarce pondo na botonicre em duas malas de panno. lheiro d'Esprignolles? garás cem francos a Camard, em paga o laço encarnado da Legião d'Honra. — Acompanha-me sempre. da corrida e de ter impedido que M. Fechou as suas roupas e os seus pa- — Aqui está como se desnorteiam —Emprestamos para fazer a minha Gribeauval viesse perturbar-nos dupeis em três outras malas e chamou o as rapozas... nada temo agora. viagem na Bélgica e na Hollanda.—Torante a nossa operação de hontem. rapaz. — Ora está, eu não vi entrar aqueldas as precauções são poucas. — Vou Villedieu abriu a porta dos aposen- — Rapaz, conduz estas maias. Esle cavalheiro, disse a velha que guar- mandar um bilhete a Camard, para elle tos de sua mulher. tou arrependido de ter despedido o dava os gabinetes. estar aqdi antes d'uma hora, com o — Senhora, apresento-vos o cava- fiacre que me trouxe. Vae-me buscar M. de Villedieu foi ao guichet e com- seu facto de carregador, para que, selheiro d'Esprignolles, vosso carcereiro. uma carruagem depressa. As três maprou um bilhete para Lille. 0 cavalheiro saudou-a. las que aqui ficam, entrega-las-has ao -—Singular cavalheiro que acceita carregador, n.° 312, que ba de vir um tal papel, disse a duquêsa. aqui procura-las. [Continua), Espiignotleii fez um cumprimento M. de Villedieu poz ao tiracollo o seu mais rasgado ainda. sacco de viagem e um frasco de CQ
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