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Estabelecimento Thermal Dos mais perfeitos do paiz Excellentes aguas mineraes para doença de pelle, estomago, garganta, etc. RESISTENCIA — Segunda feira, 13 de julho de 1896 CALDAS DA FELGUEIRA CANNAS DE SENHORIM (BEIRA ALTA) Abertura do estabelecimento thermal em 1 de maio e fecha em 30 de novembro Abertura do Grande Hotel em 15 de maio Grande Hotel Club Com estação de correio e telegrapho, medico, pharmacia e casa de barbear. Magnificas accommodações desde 10200 réis comprehendendo serviço, club. etc. Bónus para os médicos O estabelecimento thermal foi completamente reformado, e comprehende 60 banheiras de l. a a 5. a classe; duas salas para douches, uma para senhoras e outra para homens, e a mais completa sala de inhalação, pulverisação e aspiração, com gabinetes annexos e independentes para toilette. É sem duvida o melhor do reino, mais barato e grátis para os médicos—Viagem — Faz-se tôda em caminho de ferro até Cannas (Beira Alta) e d'ahi, 5 kilometros de estrada de macadan% era bons carros. A estação de Cannas na linha ferrea da Beira Alta está directamente ligada com todas as linhas ferreas hespanholas que entram em Portugal por Badajoz, Caceres, Villar Formoso, Barca d'Alva e Tuy.—Para esclarecimentos: Em Lisboa: rua do Alecrim, n.° 125, referente ao estabelecimento balnear; e rua de S. Julião, 80, 1.°, referente ao Grande Hotel. —Correspondência para as Caldas da Felgueira ao gerente da Companhia do Grande Hotel. — As aguas engarrafadas vendem-se nas pharmacias e drogarias e no deposito geral, Pharmacia Andrade, rua do Alecrim, 125. 0 hotel foi este anno adjudicado á acreditada firma Silva & Ferreira, do Reslaurant Club de Lisboa, ficando em vigor os antigos preços Ha também boas casas mobiladas para alugar. Filtro-Mallié de porcellana (Tamiantho Esterilisação absoluta da agua. Filtros de pressão e sem pressão. Filtros de mêsa e de viagem. Deposito em Coimbra—Drogaria Rodrigues da Silva & C. a Deposito da Fabrica Nacional DE BOLACHAS E BISCOITOS DE JOSÉ FRANCISCO DA CRUZ & GENRO 128 —RUA FERREIRA BORGES—130 17 W'ESTE deposito, regularmente montado, se acham á venda por junto e a retalho, todos os productos d'aquella fabrica, a mais antiga de Coimbra, onde se recebem quaesquer encommendas pelos preços e condições eguaes aos da fabrica. A' LA VILLE DE PARIS Grande Fabrica de Gorôas e Flôres F. DELPORT 247, Rua de Sá da Bandeira, 251—Porto 16 flASA filial em Lisboa—Rua do Príncipe e Praça dos ^ Restauradores (Avenida). Único representante em Coimbra JOÃO RODRIGUES BRAGA, Successor 17—ADRO DE OIMA—20 BICO AUER Previlegiado" em Portugal pelo aliará 1:127 50 °(o DE ECONOMIA NO CONSUMO DO GAZ A prestações de 500 réis mensaes Menos de VINTE RÉIS POR DIA, largamente garantidos pela economia obtida no consumo do gaz. LUZ ALVÍSSIMA Encommendas: a JOSÉ MARQUES LADEIRA 99—Rua do Visconde da Luz—103 C O I M B R A ESTABELECIMENTO DE FERRAGENS, TINTAS E ARMAS DE FOGO DE João Gomes Moreira Si), Rua Ferreira Borges, 52 (Em frente ao Arco d'Almedina) C O I M B R A Pai JIvdrflllliM 1 6 r a n d e deposito da Companhia Cabo Monvidl fljulaUiujíl. dego.—Aviso aos proprietários e mestres d'obras. fllprtrirfMfladp P nntira Agencia da casa Ramos & Silva de CaCulliulU&Uv} C upiiia Ljsb0a, constructores de pára-raios, campainhas electricas, oculos e lunetas e todos os mais apparelhos concernentes. Tintas para pinturas: Mvaiades ' oleos ' agua " raz ' crés ' gesso artigos para pintores. Inglez e Cab que se empregam em construcçòes hydraulicas. ni\fPr
JOÃO FRANCO O sr. João Franco, vendo que o país sua a bom suar,— effeilos da • calma e dos impostos,— pensa, talvez, comsigo,«queaindifferença quçe a nação lhe vota é uma connivencia tacita com os seus desmandos, assim uma especie de apoiado de Barriga de Solar ás medidas que o seu cerebro doente delinêa, e a rubrica do sr. D. Carlos de Bragança João Franco assim o intende, o rei assim o sancciona! João Franco é o poder legislativo, executivo, judicial! Elle é ministro, legislador, magistrado e, maior numero de vezes, policia! E isto, porque? Porque ó país. cada vez, se roja mais, se havia de levantar-se em rasgos de coragem e altivez «E assim vamos indo, de 3riiflcio gin artiQcio, de sortíteiio em sortilégio, até á hora em que a consciência publica se revolte contra Acções e exija que a administração publica seja, se não sensata, pelo menos séria.» sob tão grande peso, elle se conserva ainda á frente da administração do Estado. Não podemos acreditar em que o chefe do Estado possa continuar também a assumjr as responsabilidades que o seu governo procura lanhar sobre elle, pois não é possível què continue a deixar que os delegados d'esse governo exerçam na índia uma politica de extermínio, mandando fuzilar cidadãos" sem fórma de processo, e sem poder saber-se se são culpados se innocentes, pois que Portugal faz parte das nações cultas da Europa e as tradições de tolerancia que honram as paginas da nossa historia não podem ser obliteradas pelas loucuras e selvagerias de qualquer doido deshumano, ou pela incapacidade e pela ignorancia de qualquer governo insensato». 2.° ANNO A estatua de Teixeira Lopes Para matar o deficit ; a responsabilidade do governo, consentindo na continuação do commissario O Commercio do Porto termina um ! régio a fuzilar na índia, excede todas 1 artigo, em que demonstra que os as metas, e assombra como, ajoujado exercícios de 1893 a 1894 e 1894 II a 1895 se fecharam com deficit, commentando: Santa Clara — sol de manhã, frescura de convento. Cheira a flôres. E pede esse conceituado jornal X que se administre com sériedade, Ameaças, não as teme: elle é ao menos, as finanças do Estado. sancciona. Para satisfazer o seu desejo, o go- Tartarin. verno tinha ha dois dias decretado Deve pensar assim, e pensa-o, Um movimento, porém, sério de uma medida, que é do mais largo com certeza: atravez do chorrilho resistencia havia de atirá-lo para alcance administrativo e principal- de tolices que jorram pelo Diário do mente financeiro. a sombra d'onde saiu. Governo, é-nos dado apanhar, aqui No Diário do Governo de quinta E o país ficava salvo, porque o feira ultima foi publicado um regu- e alli, com bastante trabalho e gran- mesmo embate que derrubasse João lamento para a repressão da emide dóse de paciência, é certo, a li- Franco estilhaçaria o throno. gração clandestina em que são creanha mais ou menos confusa e indos os seguintes logares, com os Tão unidos elles andam!... termitlenle da trajectória cerebral correspondentes ordenados: Unamo-nos, portanto, e espere- de tão conspícuo dictador: 1 commissario 9000000 mos com coragem. João Franco não 1 amanuense 3000000 — O país não tem força, nem co- pode abafar os impulsos vitaes d'um 2 chefes a 0000000 réis . 1:2000000 ragem : pandega e mais pandega, 20 agentes a 3000000 réis 6:0000000 povo cheio de heroicidades. O throno portanto! não pôde continuar pesando, eterna- Este pensamento anima-o e mente, sobre nós! dá-lhe força, como algumas garra- Dí-lo a Historia e confirma-o fas de vinho dão coragem e energia nossa esperança. A Patria não a um pusillanime embriagado. ainda uma palavra' vã. E,assim,apparece-nos João Franco um homem de força: vae subindo Partido republicano pela politica, como Tartarin subia O nosso prezado correligionário pelos gelos do Monte Branco. e scintillante jornalista João Chagas E sobe sempre. vae dirigir um novo jornal republi- Hontem, era ministro, apenas. cano da tarde, que será publicado em Lisboa. Ainda não foi escolhido Hoje, é dictador. o titulo. E, dentro da dictadura, preparase para subir toda a escada das vio- Numa folha monarchica de Lisboa lências I lê-se a seguinte gravíssima revelação: Hoje manda-nos perseguir. «Pelo que respeita ao boato do sr. Amanhã, é capaz de nos mandar Soveral ter andado involvido em negociações d'uma concessão destinada malar. Já fez experiencias na índia! a capitalistas inglêses ligados com a Eis o homem que symbolisa South Africa, mantemos o nosso dizer, sendo para notar que o principal obs- os últimos extremos d'um regitáculo nos desejos de s. ex. men nefasto. Ao mesmo tempo que é um doido, é um beleguim, x Lá, onde subiu, sente as primeiras tonturas, a uma voz intima que lhe diz: — Logar! Os seus olhos, então, têm chispas de fogo, e caem, desapiedados, sobre os qne moirejam para alcançar a vida. Manda perseguir, transferir, demiltir, condemnar! Em nome de quê, por ordem de quem? Por sua ordem, e em nome d'uma desmoralização infrene que pretende prolongar-se. Neste assumpto, o poder real é tudo, o país é cousa nenhuma, Não ha lei que valha o sabre d'um policia, nem direito que se equipare a uma carabina da municipal! a Acaba de collocar-se a estatua sobre uma mêsa, ainda envolta num panno branco de linho fino. Teixeira Lopes puxa-o violentamente, e elle desce desenrolando-se num movimento em espiral a tremer e a agarrar-se á Santa, como se lhe custasse a deixá-la. Ella emergiu d'esta vibração de branco, como as Virgens que nos antigos missaes illuminados sáem do cálice das açucenas, muito palli- Nós temos a profunda convicção da, o olhar baixo, os cabellos a es- de que o sr. D. Carlos continuará correr d'ouro fino. a assumir todas as responsabilida- Parecia que um resto de vibrades dos actos praticados pelo goção do ar lhe agitava o véu que lhe verno, a quem sempre tem dado o escondia a cabeça, e o fazia ondu- mais decidido apoio. Emquanto os lar ainda levemente a descobrir-lhe ministros, para engrandecerem o o rosto. poder real, calcam inauferíveis di- Ouviu-se um ah que se prolonreitos e praticam actos da mais regou, diminuindo ei continuando-se quintada vilania e corrupção, elle num echo abafado ao longe ao fim Ahi temos mais uma despesa de vae gosando o que o país lhe paga do côro. 8:400$000 réis, única e exclusiva- em constantes divertimentos. Todos se calaram. Algumas mumente destinada a saciar famintos lheres choravam baixinho. amigos e afilhados d® governo, que Á volta, nas paredes da egreja, fi- não têm competencia nem energia A venda cou mais triste o sol nos damascos para obterem os necessários-meios de Lourenço Marques vermelhos de festa. - " - DBt «•- •- • V de subsistência por um trabalho di- O conceituado jornal francês Le gno e honrado. Que o governo nun- E nós tivemos vontade de lhe Temps diz sobre este assumpto: ca pensou sequér um momento em pegar aos hombros, trazê-la para o estudar as causas da emigração e «A despeito dos desmentidos de sol em gloria, vir para a cidade cha- os meios de as altenuar ou suppri- origem portuguesa oppostos á noticia mar as mulheres ás janellas para mir. d'um accordo colonial da Inglaterra e lhe deitarem flôres e os homens Portugal, uma folha allemã publicou, Sobre tão importante assumpto para a rua para grilarem comnosco hontem* sob o titulo A bahia de Dela- a única providencia que da treslougoa vendida d Inglaterra, pormenores gloria do artista, como em Roma cada iniciativa do sr. João Franco que completam as informações recentes em tempos que já lá vão, se organi- saiu até hoje, foi a celebre circular dos jornaes de Manchester a este reszavam os cortejos em que Principes aos governadores civis para que orpeito. iam a guiar o carro que levava o Lé-se nesse jornal que as negociadenassem aos administradores de mármore triumphante, a obra gloções foram conduzidas, por parte do concelho que se tornem agentes da riosa d'um artista antigo cujo nome governo de Lisboa, peio sr. de Soveral, emigração. Agora veiu mais este ex ministro em Londres e que vae em se perdêra. decreto. breve retomar as suas funeções diplo- Todos estavam dominados e,Deus As nomeações que já se fizeram máticas. Ao que o DaVy News accres- me perdoe, mas creio que se esticenta que a Iuglaterra já pagou uma para os logares que foram creados vesse o Senhor exposto, ninguém o parte da somma fixada pela acquisição, bem claramente revelam qual o in- veria branco na sua custodia d'ou- não de Delagoa-Bay em geral, mas de foram tuito que o governo teve. uma tira de territorio que assegura à ro fino. ' solicitações amigaveis da Allemanba, a Inglaterra o livre percurso entre a Na obra de Teixeira Lopes vê-se qual é absolutamente extranha ao pleito costa e o interior » sustentado perante o tribunal de Berne. passar o martyrio de todos os ar- As razões da Allemanha eram muito Correspondências d%índia para outras.» dois jornaes de Lisboa noticiam as Com certeza vamos ter novos tistas a sonhar. Gothica pela linha gravíssimas occorrencias que ali se desmentidos da imprensa governa- que elle surprehendeu na Virgem do Quando se liquidarão todas estas tem dado e que ainda continua em mental. Tudo, porém, se saberá e Pilar, a imagem querida da Rainha negociações? vigor a monstruosa portaria do sr. a tempo de se exigirem as devidas Santa que hoje se conserva no museu i» Neves Ferreira, que lambem con- responsabilidades a todos os trai- episcopal, é renascença pelo perfil Caminho de ferro de Loureuço Marques linúa a exercer o logar de commisdores. suave, delicado, amoravelmente acariciado pelosjinhos brancos, rosto de sario régio. E' positivo que se com- mulher que parece sonhado por Do- Do nosso prezado collega O Paiz: metteu, em execução da nefanda natello e ter saído d'um subtil e Calcula-se que será dada em no- portaria, um vilissimo assassinato, CuLtoa, delicado baixo relevo para tomar vembro proximo a sentença do tribu- não se dando sequér á victima tem- vulto e se transformar em estatua, nal arbitral de Berne, que ha de fixar po sufficiente para que podesse di- Telegrammas de. Habana dizem conservando a mesma delicadeza a indemnisaçáo que Portugal deve aos zer o ultimo adeus a sua familia! que morrera, victima das feridas herdeiros de Mac-Murdo pela linha de linhas, a mesma finura de mo- ferrea de Lourenço Marques. Taes são as atrocidades que na recebidas num combate, o notável dellação, o mesmo vago d'aquelles Não se sabe qual Sera a resolução índia têm sido commetlidas, que caudilho da causa de independencia maravilhosos baixo-relêvos que pa- do tribunal, ao qual os herdeiros de um jornal monarchico, que ainda de Cuba José Maceo, e os jornaes recem esculpidos numa nuvem Mac-Murdo pedem que Portugal seja não ha muito defendia o governo, hespanhoes, noticiando a confirma- transparente e que a gente tem condemnado a pagar-lhes uma indem- diz, referindo-se á nomeação do sr. ção da sua morte dizem que os in- mêdo de vêr desfazer-se, como um nisaçáo de 22:500 coutos em ouro. Também se não sabe onde se ha de Neves Ferreira para commissario surgentes trataram de a occullar, sonho. arranjar dinheiro para pagar a quantia régio e ao modo por que tem desem- mas que todas as reservas guarda- Na estatua de Teixeira Lopes ha, que a nação portuguêsafôr condemnapenhado o seu logar: das foram inúteis. ao lado do que descobriram artisda a satisfazer. A morte de Maceo produziu, ao O que, porém, se sabe é que seretas antigos a sonhar, a consagração «Esta nomeação malfadada, esta esco- que parece, completa desmoralizamos condemnados a pagar uns poucos lha fatídica, tinha inevitalmente de de tudo o que ha de mais moderno de milhares de contos e que não ha surtir os seus resultados. Foram, infeção nas fileiras insurrectas, Diz-se — o amor do symbolo, a reconsti- meio de arranjar esses milhares de lizmente, muitíssimo mais sinistros e que será Calixto Garcia quem o tuição histórica, a adoração da fór« contos. graves do que se podia prever, mas substituirá. raaâ o culto da côr,
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