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CARTA DÃ FIGUEIRA<br />
32 Folhetim da RESISTENCIA<br />
RESISTENCIA — Quinta feira, 10 de setembro de 1896<br />
tella e de Leão. Ora sus, heroicos<br />
perliquilelest e em combate singular<br />
mostrae — que la mancha dei ho-<br />
Figueira, 1—IX —96. nor solo con sangre se quita!...<br />
A felonia de Fernão vae até ao<br />
... Sr. redactor: — Fernão Sil-<br />
malévolo requinte de desvirtuar o<br />
vestre, partidario das damas hespa-<br />
meu protesto, attribuindo-me definholas,—ibérico<br />
pelo lado fraco,—<br />
ciências genesicas para o solfejo, na<br />
suspeito agente de flibusteiros cu-<br />
vasta philarmonica da nalurêza.. .<br />
banos em captação de sympathias<br />
femininas, toma posições á faiança<br />
E um al eivei<br />
e replica aos meus reparos, como se<br />
Sarcastica derivação d'um senti-<br />
nada tivesse a receiar da altitude<br />
mento nobre, arremessada ás faces<br />
retraída d'essa Ala dos Namorados,<br />
do patriotismo português, se é lici-<br />
que por ahi vagueia pelos cafés e<br />
to assim cxprimir-me.<br />
ao longo do caes!<br />
Fernão! A fé que em mim não<br />
trilhaes vinha philoxerada!<br />
Começa a sua epistola por se<br />
E com a candura d'um semina-<br />
desculpar — que não quiz confrontar<br />
rista, ruborizado até ao intimo, que<br />
as damas portuguêsas com as senho-<br />
ouso affirmá-lo!<br />
ras hespanholas. E depois d'esta rapida<br />
hesitação, cobra animo, bate<br />
Com o auxilio da providencia di-<br />
pé á frente, e obstinado e altivo afvina:<br />
quem me empresta um dynafirma:<br />
— que nas senhoras portuguêmomctro!?sas<br />
não ha honras e famas de formo- Prudência, inspirae-me!<br />
sura e gentileza.<br />
Temperemos os frémitos na nos-<br />
Refila, e impenitente e destemisa<br />
fúria!.. .<br />
do repete a affirmação, que ainda — Ó desvairado Fernão! Fernão<br />
hoje ao almoço fez estremecer de infernal, como hei de illibar-me<br />
cólera a cuia de D. Jeronyma, mi- d'esse labéu, que me desconcerta no<br />
nha respeitável commensal. conceito da communidade?. ..<br />
k indignação das damas em re-<br />
Ah, não!... E Deus sabe com<br />
dor da mesa attingiu o rubro; e as<br />
que jubiloso reconhecimento ergo a<br />
falias molles com manteiga foram<br />
dextra ao ceu!...<br />
trituradas entre maxilas convulsasl<br />
Fernão engana-se! Juro-o pelos<br />
E este cartél cáe na areia 1...<br />
sacratíssimos stigmates do venerável<br />
Um temerário em brados, que par-<br />
padre S. Francisco!. ..<br />
tem do alto do Viso, contesta o dom<br />
W.<br />
da formosura portuguêsa e não encontra<br />
na sua frente quem levante<br />
Em companhia de sua ex.<br />
a affronta e vingue as—fracas damas<br />
delicadas I<br />
Oh! manes de Vasco Martins da<br />
Cunha, que em presença do conde<br />
de Cambrix desafiou todos os cavaleiros<br />
e escudeiros presentes, porque<br />
sorriram á passagem d'uma<br />
dona!<br />
Fernão ri e troça dos Magriços,<br />
depois de os revestir da couraça de<br />
D. Quichote. E chasqueiando dos<br />
mrus sete lustros, ei-lo ahi vae todo<br />
vão e liró, a rodopiar, impando de<br />
salero, em fandangos repinicados !<br />
Bofé, mancebos, forasteiros em<br />
regimen debilitante de marisco e<br />
pão de ló, que não tendes, ao parecer,<br />
sangue nas veias 1<br />
Ó janotas de bugigangas, paladinos<br />
do namoro, pensae no que dirão<br />
os évos, ao vêr que um dos de<br />
Portugal nega graças e formosura ás<br />
eleitas do vosso coração, para exalçar,<br />
pelo contraste, as filhas de Cas-<br />
ma 0 general Blanco pediu só mil ho- meneias do clima continuam fazen- Por motivo de ter havido alguns<br />
mens, mas o governo envia-lhe o dudo nellas uma enorme mortandade. bailes nas salas dos hotéis, já foram<br />
plo para que possa ser mais activa a<br />
ameaçados os proprietários de que se<br />
acção militar.<br />
Pelo que respeita ás Filippinas, lhes lançaria uma fortíssima contribui-<br />
Q tando tive conhecimento da noti- vae o governo enviar para Manica ção pelo facto de terem piano. Que<br />
cia da insurreição, ordenei que se guar- 2:000 homens em vez de 1:000 que tolice!...<br />
dasse absoluta reserva, até que S M. o general Blanco pediu. Não é tpo Ameaçaram egualmente de organizar<br />
a rainha ficasse ao facto do que occor- optimista como este, e, para quem uma companhia com o fim de montar<br />
ria, por intermedio do ministro dos estrangeiros.<br />
saiba que, segundo o recenseamen- um hotel em boas condições, para<br />
os prejudicar, caso nã# queiram satis-<br />
O governo tomou todas as disposito de 1876, havia nas Filippinas fazer o que elles ordenam.<br />
ções precisas, e em menos de quatro 6.173:632 habitantes e que d'estes Parece incrível tanta falta de senso.<br />
horas ficou resolvido tudo o que se re- 5.501:356 pertenciam á raça indí- Mais coisas haveria que dizer, mas<br />
laciona com a remessa de forças e nagena submettida e mestiça, que ha basta o que fica exposto e que tanto<br />
vios de guerra, que contribuirão para<br />
suffocar a insurreição.<br />
602:853 indígenas não submetli- nojo causa.<br />
Fórmo muito boas tenções de, d'ora<br />
Entre os peninsulares que existem dos e 31:175 extrangeiros, sendo<br />
ávante, prescindir da inscripção que<br />
no archipelago das Filippinas, reinam insignificante a população hespa- nada aproveita e tratarei por todos<br />
patrióticos desejos, mostrando-se annhola, não acreditará facilmente em os meios ao meu alcance frizar bem o<br />
ciosos de coadjuvar pessoalmente o go- que a Hespanha consiga em curto procedimento da direcção naquelle<br />
verno na manutenção da integridade prazo suffocar a insurreição.<br />
estabelecimento.<br />
do territorio. D'ahi a auctorização pe-<br />
***<br />
dida pelo general Blanco para a crea- E ha ainda a notar que esta pação<br />
de batalhões de voluntários, ao que rece ter sido combinada no Japão.<br />
respondeu o ministro da guerra, con Não será este império para as Fi- Na Cruz deMorouços, suburbios d'es-<br />
cedendo licença para que o general<br />
lippinas o que os Estados-Unidos ta cidade, realiza-se na terça feira, 8<br />
organize todos os batalhões que julgar<br />
do corrente, a festividade a Nossa Se-<br />
convenientes, para o que serão envia- têm sido para Cuba?<br />
nhora da Graça, que todos os annos<br />
dos armamentos e petrechos.<br />
Em pouco tempo se saberá. costuma attrahir grande numero de fo-<br />
Quanto ao mais não posso negar que<br />
rasteiros a este pittoresco logar.<br />
as circumstancias são gravíssimas. Desde<br />
a guerra peninsular, a Hespanha não Regressaram da Figueira os srs. drs.<br />
se encontrou ainda em situação simi- Bernardo d'Albuquerque e Amaral e BibliograpMa<br />
Ihtnte.<br />
Pedro Monteiro Castello Branco.<br />
0 país que começava a reconstituir<br />
Revista Theatral—Publicação quinzenal<br />
de assumptos theatraes, de que são di-<br />
as suas finanças, teve que fazer sacrirectores<br />
os srs. Collares Pereira e Joaquina<br />
fícios como os que exige a manutenção Está gravemente enfermo em S. Mar- Miranda.<br />
da sua soberania na ilha de Cuba, e<br />
O n.° 41 que temos presente, a par de astinho<br />
do Bispo o sr. dr. Bento Ferreira<br />
agora mais do que nunca necessita de<br />
sumptos do mais alto interesse litterario ini-<br />
Malva, cirurgião-mór do exercito. cia a publicação, na sua bibliotheca dramati-<br />
todas as forças vivas do país para sair<br />
ca, da primeira farça Ignez Pereira, de Gil Vi-<br />
triumphante de tão extraordinária sicente.tuação.<br />
*<br />
Esteve em Coimbra, de visita, o nos-<br />
É para admirar o esforço de Hespa-<br />
Bibliotheca Popular de Legisso<br />
prestante correligionário dr. Manuel<br />
nha, pondo em Cuba 200:000 homens<br />
lação. — D'esla bibliotheca acabamos de<br />
d'Arriaga, que está a banhos na praia<br />
com armas, equipamentos e munições,<br />
receber o Regulamento do exercito e da ar-<br />
de Buarcos.<br />
mada, approvado por decreto de 6 de agosto<br />
esposa<br />
esforço de que não ha exemplo na his-<br />
de 1896.<br />
e filhos partiu para a Figueira da Foz<br />
toria.<br />
o importante capitalista d'esta cidade, Hoje uma nova perturbação vem agi-<br />
sr. João Teixeira Soares de Brito. tar outra d is suas possessões ultrama- Tem passado bastante incommodado<br />
rinas. O governo necessita do concur- o sr. José Domingos Serrado, bemquisso<br />
de todos, da coadjuvação efficaz de to industrial d'esta cidade.'<br />
r<br />
elementos políticos sem limitação de Fazemos votos pelo seu prompto res-<br />
E cada vez mais grave a situa- especie alguma, e no patriotismo de tabelecimento.ção<br />
da Hespanha. A insurreição das todos confia, visto que não haverá um<br />
Filippinas vae exigir-lhe novos sa- só que em tão difliceis circumstancias<br />
crifícios de vidas e de dinheiro, lhe negue um apoio resoluto e deci<br />
Luso, 31 d'agosto de 1896.<br />
dido.»<br />
quando ella se acha quasi comple-<br />
Teve ordem para sair d'aqui o<br />
tamente exhausta.<br />
Não occultando a gravidade da pianista que fazia serviço na Assem-<br />
O proprio Canovas já reconhece<br />
blêa, isto pelo facto de regressarem a<br />
situação, diz Canovas ter a convi-<br />
suas casas as damas importantes,<br />
que é difficillima a crise que a Hescção de que a Hespanha triumpha- ficando assim prejudicados os socio«<br />
panha atravessa. Eis as declarações rá. Quem desapaixonadamente at- que se inscreveram, contando terem ali<br />
que esse estadista acaba de fazer a tentar no que se está passando ha suas famílias mais um passatempo.<br />
alguns jornalistas que com elle ti- de prevêr o contrario.<br />
Prova-se por isto que o salão não é<br />
veram uma entrevista:<br />
dos socios, é propriedade exclusiva de<br />
As noticias que chegam de Cuba<br />
duas famílias, que só tratam de des-<br />
são extremamente desanimadoras<br />
«Não posso occultar que um moviconsiderar<br />
as restantes que se apremento<br />
insurreccional n3S Filippinas é para a Hespanha. Os insurrectos sentam, (como verifiquei algumas ve-<br />
grave, mas confio em que os rebeldes romperam a linha Mariel e têm rezes). serão anniquilados, e se o movimento cebido dos Estados-Unidos armas e Qualquer cavalheiro que não pertença<br />
durar ainda á chegada dos reforços que munições em grande quantidade. As ao numero dos escolhidos e que queira<br />
vão ser enviados immediatamente, es-<br />
d-rnçar, precisa mandar saber se con-<br />
tropas hespanholas não recebem<br />
ses reforços bastarão para que "í rebelsentem<br />
em ser apresentado. Isto é<br />
lião fique inteiramente debellada. soldo desde abril findo e as incle- simplesmente ridiculo!<br />
8<br />
Agradecemos o exemplar recebido.<br />
F. Fernandes Costa<br />
E<br />
ANTONIO THOMÉ<br />
ADVOGADOS<br />
Rua do Visconde da Luz, 50<br />
Manuel T. Pessoa,<br />
estudante do 5 ° anno de Direito, continúa<br />
a leccionar Historia, Geographia<br />
e Philosophia.<br />
Itua do Visconde da Luz, 4 a 6<br />
Codigo do Processo Commercial<br />
APPROVADO POR<br />
Carta de Lei de 13 de maio de 1896<br />
Preço 200 réis<br />
Á venda na Imprensa da Universidade<br />
I0Í0 DAS GALÉS<br />
XXI<br />
O porteiro do n.° 53<br />
Á noite o porteiro do 53 não se tendo<br />
ainda collocado no limiar do porta, um<br />
agente da brigada de segurança veiu-<br />
Ihe perguntar se os locatarios do<br />
segundo andar estavam em casa.<br />
0 porteiro respondeu que a senhora<br />
estava, mas o homem não tinha ainda<br />
entrado.<br />
O agente foi á rua Guénégand e filiou<br />
com dois homens que alli estavam.<br />
—É preciso não perder de vista o<br />
porteiro, que por certo deu com a<br />
lingua nos dentes, e talvez queira prepaiar-nos<br />
uma ratoeira para livrar a<br />
mulher, disse um dos homens.<br />
Os agentes postaram-se. na rua em<br />
volta da casa, e dois d'entre elles<br />
subiram com um serralheiro que forçou<br />
a porta do aposento.<br />
-—Que é isto? disse um dos agentes,<br />
0 aposento está vazio.<br />
—Ha alli um gabinete, respondeu o<br />
outro.<br />
M. me — Sois M.<br />
de Villedieu apenas deu de cara<br />
com estes desconhecidos recuou cheia<br />
de mèdo.<br />
me de Villedieu? preguntaram-lhe.<br />
— Sim, disse ella.<br />
— M. me , disse um dos homens, eu<br />
sou o chefe da brigada de segurança<br />
na perfeitura (la policia. Peço-vos que<br />
me acompanheis. Tenho algumas explicações<br />
a pedir-vos.<br />
—Ahi, exclamou M. me de Villedieu,<br />
estou livre!<br />
0 chefe de segurança fez subir M. me<br />
de Villedieu para um fiacre.<br />
— Para a perfeitura e depressa, disse<br />
elle.<br />
Apenas alli chegaram, disse a M. me<br />
de Villedieu:<br />
-—Tende a bondade de entrar por<br />
essa galeria. Vamos a casa do Procurador<br />
da Republica. Nada temais, tratase<br />
apenas d'uma simples formalidade.<br />
— Oh! de ninguém receio senão de<br />
meu marido, disse M. me de Villedieu.<br />
0 procurador, avisado ao mesmo<br />
tempo que a perfeitura de policia,<br />
esperava com impaciência a noticia<br />
da captura de Villedieu.<br />
—Não podémos prender o homem,<br />
disse o chefe da segurança, aqui está<br />
a mulher...<br />
O Procurador da Republica comprimentou-a<br />
respeitosamente.<br />
— Senhora, disse elle, sou obrigado<br />
a cumprir uma missão dolorosa perante<br />
vós.<br />
-—Qual é, senhor?<br />
—M me — Por causa dos maus tratos que<br />
me tem dado?<br />
—Não, senhora, é por motivo muito<br />
mais grave.<br />
— De que se trata pois?<br />
—Trata-se d'um roubo.<br />
—Ah! elle roubou ao jogo.<br />
—Mais do que isso.<br />
—Mais!. .. que fez então?<br />
—Senhora, disse o procurador, vós<br />
julgaes ser a duquêsa de Villedieu?<br />
A duquesa passou a mão pela fronte.<br />
—Sim... disse ella, sim.<br />
— Senhora, o duque de Villedieu<br />
não existe. 0 verdadeiro duque de Villedieu<br />
morreu assassinado por um<br />
antigo forçado.<br />
—E esse forçado?<br />
—É vosso marido, senhora!<br />
—Oh! exclamou M.<br />
... sou obrigado a procurar<br />
vosso marido para o entregar â justiça*<br />
me — Não! vós disseste não?<br />
— Sim, disse. — Quando se dá um<br />
erro de pessoas, o casamento pôde ser<br />
declarado nullo.<br />
Aquelle dos esposos que tiver sido<br />
enganado pôde reclamar a annullação.<br />
Ê o qne estatue o artigo 180 ° do<br />
Codigo Civil, e, em seguida o artigo<br />
1:109.° dispõe que não ha consentimento<br />
válido se o consentimento tiver<br />
sido dado por erro, e aqui o erro<br />
recáe sobre a pessoa que era o objecto<br />
principal de contracto, artigro 1:110.°<br />
Vós podeis voltar a ser M<br />
de Villedieu,<br />
oh! isso não é possível.<br />
— O forçado chama-se João Gerin<br />
e o seu appellido é João das Galés.<br />
Este bandido abusou da sua grande<br />
semelhança para substituir o verdadeiro<br />
duque...<br />
— E desposar-me !... ah! senhor,<br />
mas isto é horrivel! é espantoso !...<br />
é impossível, o que vós acabaes de<br />
dizer-me!<br />
— Infelizmente, senhora, é a pura<br />
verdade.<br />
— Eu esposa d'um forçado!... Oh!<br />
esse homem! esse homem!... Oh! eu<br />
odiava-o muito!... Esse homem, viveu<br />
na minha companhia... e estou ligada<br />
a elle... ligada a elle para sempreI<br />
—NãO) senhora.<br />
elle — Sim, senhor. — Meu.... Gerin e<br />
elle foram-me tirar d% azilo que Gribeauval<br />
me havia offerecido, e depois<br />
conduziram-me desfallecida, e amordaçada,<br />
á rua Mazarine, onde Gerin me<br />
deixou sob a guarda d'este individuo<br />
que se appllidava o cavalleiro d'Esprignolles.<br />
—De Esprignolles? repetiu o procurador.<br />
—Quanto a Gerin elle devia voltar<br />
breve, esperavam-no.<br />
— Para onde tinha elle ido? sabei lo.<br />
Durand. —Ignoro-o.<br />
— Eu posso separar-me d'esse ho- —Senhora, disse o procurador, nós<br />
mem, disse Hélène, mas nem por isso havemos de precisar dos vossos escla-<br />
elle deixa de ser o forçado... Oh! é recimentos.— Para onde contaes ir em<br />
horrível!... eu não poderei viver saindo d'aqui?<br />
assim!... As vossas leis, senhor, as — Para onde quereis que eu vá? irei<br />
vossas leis não apagarão os beijos com para um hotel. Estou sem dinheiro,<br />
que elle me manchou!<br />
sem casa... e meu lio está na Italia.<br />
—Acalmai-vos, senhora, suppllco-vo- — Quereis que vos mande acompalo,<br />
disse o procurador, havemos de nhada até ao hotel ? E se m'o permit-<br />
fazer por vós tudo o que nos fôr postis, ponho a minha bolsa á vossa dissível.—<br />
Mas dizei-nos porque motivo posição.<br />
vosso marido...<br />
— Agradeço-vos, senhor, disse He-<br />
— Meu marido!<br />
lene, eu vou em primeiro logar a casa<br />
— Que João Gerin não entrou esta de M. de Gribeauval... Mas receio<br />
tarde para vossa casa como costu- muito de encontrar... Ah! é horroromava.so!,<br />
senhor!, é horroroso!... tudo o<br />
— Mas, senhor, esse Gerin não vi- que se passa, esta minha situação!...<br />
via commigo.<br />
—Senhora, se tendes os menores in-<br />
— Quem estava então comvoscoí dícios a respeito de João Gerin, e das<br />
—Um individuo que elle encarregou pessoas que vistes na sua companhia,<br />
de me guardar, um bandido como elle, d'E«prignolles, por ex., se tendes o me-<br />
sem duvida, que me encerrava onde nor receio, avisae-nos pelo correio e nós<br />
vós me fostes encontrar.<br />
correremos a proteger-vos.<br />
— Elle levou-vos de Cachan?<br />
(Continua),