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ifle contra o valente cobecilba, deixando,<br />
incólume quasi por milagre!<br />
Os guerrilheiros de Calixto Garcia<br />
desforçaram-se então, como era<br />
natual, do attentado, fuzilando o<br />
criminoso sem demora.<br />
x<br />
Desertou do Camagiiey o tenente<br />
do exercito hespanhol, D. Salvador<br />
Fernandes Barreto, que fazia parte<br />
de uma guerrilha de Affonso Vlll.<br />
x<br />
Um jornal madrileno declarou<br />
ha dias, que, para evitar as continuas<br />
carrapatas das informações<br />
officiaes sobre a guerra de Cuba,<br />
ia abrir uma secção de informações<br />
particulares que posessem o publico<br />
ao corrente dos verdadeiros successos<br />
que ali occorressem.<br />
Parece-nos, porém, que pouco se<br />
melhorou se é que a tal respeito se<br />
não peorou.<br />
Ora vejam:<br />
«Havana, 24 de junho—No dia<br />
16 de março ultimo, uma pequena<br />
secção composta de dez soldados e dez<br />
guardas saiu de Yabucito em busca<br />
dos insurrectos. Á frente da força<br />
animoso e sereno marchava o tenente<br />
Rodriguez, dispostos a luctar com<br />
forças que eram o triplo das suas; e<br />
com certeza da Victoria grilava.—«Um<br />
soldado espanhol vale bem por tres<br />
insurrectos».<br />
Meia hora depois, cada um d'aquelles<br />
bravos luctava contra 100 insurrectos<br />
1 !»<br />
Querem-nos melhores?<br />
x<br />
O que de verdade por lá se passa:<br />
Dizem da Havana ao New York-<br />
Herald que uma columna hespanliola<br />
contando dois mil homens ás<br />
ordens do general Suarez Inclan foi<br />
attrahido a uma embuscada por Antonio<br />
Maceo que lhe inflingiu uma<br />
derrota sanguinolenta no dia 15 de<br />
julho p. p. em Pinar dei Rio.<br />
Os hespanhoes perderam quatorze<br />
officiaes e trezentos homens em<br />
mortos e feridos. Corre até o boato<br />
que o general Inclan ficou presioneiro<br />
e é guardado como refem.<br />
De Madrid ha um telegramma<br />
desmentindo esta informação. No<br />
entanto, a edição do New York-He-<br />
rald de Paris, affirma este feito de<br />
armas dos revolucionários.<br />
2° Folhetim da RESISTENCIA<br />
x<br />
Segundo noticias officiaes transmitidas<br />
de Cuba pelo general Wey<br />
ler, houve um feito d'armas importante<br />
em que o batalhão de Wald-<br />
Rás colheu os louros da victoria.<br />
N'um logar denominado Sitios<br />
Nuevos, Matanzas, foi batida e derrotada<br />
a partida do cabecilha Varona,<br />
que se compunha, ao que dizem<br />
as noticias officiaes, de 2:000<br />
homens.<br />
Houve de parte a parle empe<br />
nhada lucta, acabando pela retirada<br />
dos rebeldes que deixaram muitos<br />
mortos e feridos, que fizeram tam<br />
bem nas tropas fieis muitos estragos.<br />
O sr. Antonio Gomes da Fonseca<br />
Godinho, digno e intelligente 2.° aspi<br />
rante da Repartição de fazenda dis<br />
rictal, foi promovido por concurso aos<br />
togar de 1.° aspirante.<br />
Os nossos parabéns.<br />
RESISTENCIA — Segunda feira, 13 de julho de 1896<br />
Os operários da fabrica de lanifícios<br />
dos srs. Peig-Planas & C. a , que são<br />
numerosos, vão organisar uma phylar-<br />
monica.<br />
Por entre as lôas que o sr. ministro<br />
das obras publicas foi cantar ao Porto<br />
para adormentar os ingénuos, com o<br />
gáudio dos dilectos da cornucopia or<br />
çamental, figuram os milagres financeiros<br />
do actual ministério.<br />
Segundo a cantata, atravessamos<br />
uma quadra phenomenal de venturas<br />
dilatadas, sem uma nuvem perturbadora<br />
no horisonte.<br />
Occorrendo a estes desvaneios pergunta<br />
uma folha de Lisboa:<br />
Com que conta o governo paro custear<br />
as despezas ordinárias, aggravadas<br />
com as despezas de viagens e fes-<br />
tas dos ministros, e com o augmento<br />
de empregadagem, incluindo os commissarios<br />
régios?<br />
Com que conta para despezas de<br />
expedições e de guerras no ultramar?<br />
Com que conta para as despezas com<br />
o Centenario da índia, que, bem feitas,<br />
se elevarão a milhares de contos?<br />
Com que conta para pagar a indemnisação<br />
aos herdeiros de Mac Murd,<br />
que se elevará talvez a uma dezena de<br />
milhares de contos, e terá de ser paga<br />
nos primeiros mezes de 1897 ?<br />
Com que conta para pagar o coupon<br />
de outubro do anno corrente, e de janeiro<br />
do anrio proximo?<br />
Note-se que tudo isso são pagamentos<br />
em oiro, e lembrem-se que ainda<br />
ha pouco o governo se viu em sérios<br />
embaraços para pagar leiras vencidas<br />
ern Londres e para o pagamento do<br />
coupon externo.<br />
UNIVERSIDADE<br />
Nos dits 20, 21, 22e 23 dejulho fizeram<br />
acio e ficaram approvado» os seguintes<br />
alumnos:<br />
Faculdade de Direito<br />
4 0 anno —Antonio Lopes da Silva<br />
Garcez, José Augusto Diniz, Theodoro<br />
da Fonseca Mesquita, Augusto Cesar<br />
de Moraes Sarmento, e Julião de Senna<br />
Sarmento.<br />
Houve duas reprovações e terminaram<br />
os actos neste anno.<br />
5.° anno— Manuel da Silva Mendes,<br />
Maximiano Maria d'Azevedo Faria, Plínio<br />
Gomes Vianna, Rufino Cesar Osorio<br />
Júnior, Sebastião Ferreira de Carvalho,<br />
Venâncio Jacintho Deslandes Correia<br />
Caldeira, Antonio de Prado de Sousa<br />
Lacerda, Miguel Carneiro, e Manuel<br />
Bento da Rocha Peixoto.<br />
Faculdade de Medicina<br />
1.° anno — Albino Joaqu,m Gomes,<br />
Fernando Pinto d'Albuquerque Stockler,<br />
Luiz da Cruz Navega.<br />
Terminaram os actos neste anno.<br />
Houve exames de pratica.<br />
Faculdade de Mathematica<br />
1.® anno—Alberto da Silveira Brandão<br />
Freire Themudo. Apparicio Rebello<br />
dos Santos, Francisco Martins Grillo,<br />
Delphim Miranda.<br />
Houve uma reprovação.<br />
Faculdade de Philosophia<br />
6. a cadeira (Zoologia) — Camillo Augusto<br />
dos Santos Rodrigues. Houve uma<br />
desistencia e terminaram os actos n'esta<br />
cadeira.<br />
5.° anno—7." e 8. a cadeiras (Mineralogia<br />
e Anthropologia)—Antonio Maria<br />
Vellado Alves Pereira da Fonseca, Jayme<br />
Constantino Fernandes Leal e José<br />
Henriques Lebre, e João Alexandre<br />
Lopes Galvão.<br />
A faculdade de Mathematica reunida<br />
em congregação final conferiu as seguintes<br />
classificações aos seus alumnos:<br />
1.° anno — Premio: Auselmo Ferraz<br />
de Carvalho.<br />
1accessit sem gradação—D. Manuel<br />
d'Assis Mascarenhas e Pompeu de Meyrelles<br />
Garrido.<br />
2.° accessit — Alexandre Alberto de<br />
Sousa Pinto.<br />
Distincto — Antonio Taveira de Carvalho.<br />
2.° anno — 1.° accessit: Eujeno Trajano<br />
de Bastos Guedes.<br />
2.° accessit— Pedro Paulo Bon de<br />
Sousa.<br />
Distincto—Rodrigo Affonso Alves de<br />
Sousa.<br />
3.° anno—1.° accessit: D. Domitlilla<br />
Hormisinda Miranda de Carvalho.<br />
2.° accessit sem grada cão—João Ale<br />
xandre Lopes Galvão e José Luiz d'Andrade<br />
Mendes Pinheiro<br />
Distincto—José Augusto Lobalo Guerra.<br />
4 ° anno—Premio : Sidonio Bernardino<br />
da Silva Paes.<br />
5.° anno — accessit: Pedro Joyce Diniz.<br />
Informação do bacharel que concluiu<br />
a sua formatura nesta faculdade no<br />
prasente anno lectivo: — Pedro Joyce<br />
Diniz, M. B. com 16 valores.<br />
A congregação mixta das faculdades<br />
de Mathematica e Philosophia reunida<br />
hoje, deliberou coilocar nas seguintes<br />
classes (l. a e 2. a ) os alumnos que nos<br />
annos lectivos abaixo designados con<br />
cluiram os tres primeiros annos do<br />
curso preparatório para a Escola do<br />
Exercito:<br />
1894 a 1895 — l. a classe. — Jorge<br />
Soares Pinto Mascarenhas, Luiz Vasques<br />
da Cunha Braamcamp de Mancellos.<br />
2. a classe.—Alfredo Balvuino de Seabra<br />
Júnior.<br />
1895 a 1896 — t . a classe. — Carlos<br />
Braamcamp Freire, Carlos de Oliveira<br />
Brandão Freire Themudo, Francisco<br />
Barbosa Falcão d'Azezedo, João Ale-<br />
xandre Lopes Galvão, Joaquim da Silveira<br />
Malheiro, José Augusto Lobato<br />
Guerra, José Carlos de Barros, José<br />
Henriques Lebre, José Luiz d'Andrade<br />
Mendes Pinheiro.<br />
Foi inaugurada no domingo a linha<br />
telegraphica entre Coimbra e Miranda<br />
do Corvo.<br />
O relogio dos chinas<br />
O gato é o relogio do aldeão chinês,<br />
chronometro vivo, invariavel,<br />
que nunca necessita de ir ao relojoeiro.<br />
Todo o mundo sabe que a pupila<br />
das raças felinas se contrahe durante<br />
o dia e se dilata durante a<br />
noite; mas parece que as dilatações<br />
e contracções seguem com tal regularidade<br />
durante as horas do dia,<br />
que um individuo qualquer, pôde<br />
por estes signaes conhecê-las; pela<br />
manhã a pupila é oval, da manhã<br />
ao meio dia restringe o seu diâmetro<br />
até a tornar-se numa simples<br />
linha, e do meio dia á tarde volta<br />
a tomar insensivelmente a fórma<br />
oval, e de noite torna-se redonda.<br />
O aldeão chinês regula-se por<br />
este quadrante natural; o olho do<br />
seu gato.<br />
A economia d'este relogio é incontestável.<br />
Sociedade Philantropico-Academica<br />
EDITAL<br />
O dr. Julio Augusto Henriques, presidente<br />
da direcção da sociedade Philantropico-Academica,<br />
etc.<br />
Faço saber o seguinte:<br />
1.° Em harmonia com a deliberação<br />
da Direcção tomada em sessão de 16<br />
do corrente, os socios que, durante o<br />
anno lectivo corrente foram subsidiados<br />
por esta Sociedade, devem, até<br />
ao dia 8 de outubro, proximo futuro,<br />
provar perante esta Direcção que concluíram<br />
com bom êxito os seus trabalhos<br />
escholares; e que continuam nas<br />
condições de falta de meios e bom<br />
comportamento exigidas pelos estatutos.<br />
Qualquer dos subsidiados que perdesse<br />
o anno deverá justificar os motivos<br />
da perda d'anno, junctando egualmente<br />
documentos de pobreza e bom<br />
comportamento.<br />
2.° Os socios, não subsidiados no<br />
actual anno lectivo, que pretenderem<br />
sêl-o no anno lectivo de 1896-1897<br />
devem assim requerel-o á Direcção até<br />
ao dia 30 de setembro prorirao futuro,<br />
para serem attendidos caso haja logar<br />
a isso.<br />
Quaesquer requerimentos neste sen-<br />
tido devem ser instruídos com<br />
a) attestado de pobreza;<br />
b) documentos de bom comportamento;<br />
c) documentos de bom aproveitamento<br />
litterario;<br />
d) recibo da ultima prestação de<br />
socio ou declaração do secretario que<br />
o substitua.<br />
3.° Os requerimentos e documentos<br />
a que se referem os números precedentes<br />
devem ser remettidos, ao secretario<br />
da Direccão, rua dos Militares, 2<br />
Coimbra.<br />
E para constar se mandou lavrar o<br />
presente que eu Augusto Cymbron<br />
Borges de Sousa, servindo de secretario,<br />
subscrevi.<br />
Coimbra, 20 de julho de 1896.<br />
0 presidente da Direcção,<br />
Dr. Julio Augusto Henriques.<br />
Declaração<br />
Commissão promotora do encerramento<br />
das lojas aos domingos, declara,<br />
para os devidos effeitos, que não é auctora<br />
do communicado inserto no Defensor<br />
do Povo de domingo ultimo, e<br />
desconhece por completo o seu verdadeiro<br />
auctor.<br />
Declina por este meio a responsabilidade<br />
que poderiam attribuir-lhe, mantendo-se<br />
em silencio.<br />
Aproveita a occasião para agradecer<br />
aos srs. commerciantes que attenderarn<br />
o seu pedido, que renova.<br />
Coimbra 23 de julho de 1896.<br />
A commissão.<br />
Despejados os cofres tiraram tudo do o ultimo de nós tiver desappareci- Souffrante e ahi recebi este bilhete de meiro andar. Penetrou no quarto e<br />
de dentro da caixa que Villedieu troudo, os criados largaram as suas librés Comard em que me annuncia que o collocou-se atraz da porta.<br />
xera, e, esvasiando os estojos, mette- e partirão também.<br />
segue, e não é o Comard que o larga- — Sois vós?, repetiu M.<br />
ram dentro da caixa as jóias e pedras M. de Villedieu, fez-se conduzir ao rá de vista,<br />
JOÃO DAS GALÉS dobrando e amassando tudo de modo caminho de ferro do Havre. Collocou a — Aquella carruagem que está lá<br />
a caber lá a maior quantidade de ob- malla entre as bagagens; mas, depois, em baixo é para nós ?<br />
ectos possível.<br />
fingindo não poder partir ainda, fez — Sim.<br />
XIII<br />
Villedieu passou em seguida ao sa- conduzir novamente a malla para o — Vós, disse dirigindo se aos seus<br />
Roubo com arrombamento lão. Tomou os Delacroix, o Ingres e o carro que o transportou á gare do homens, seguir-nos-heis, e, emquan-<br />
seguido de assassinato Chiffla, sobre os quaes M. de Koellen Nord. Ahi fez o mesmo manejo e parlo vos não chamar, conservar-vos-<br />
lbe tinha emprestado dinheiro, tirou tiu para o Grand-Hotet.<br />
heis fóra do muro do jardim de vigia.<br />
Atacavam os cofres. Uns furavam e ainda mais algumas telas de mestre, — Eis aqui uma historia divertida, Tu, Lebigot, acompanhar-nos-has de-<br />
os outros serravam. Durante hora enrolou-as, metteu-as na malla, e dis- disse o cocheiro para o moço do hopois, subindo para o lado do cocheiro,<br />
e meia, estes homens trabalharam, se aos seus homens:<br />
tel que veiu buscar a malla. Carreguei ao qual contarás a historia d'um ra-<br />
sem pronunciar uma palavra.<br />
— Machucae os objectos de ouro e um viajante branco e descarrego um pto amoroso e impedí-lo-has de fazer<br />
Quando pararam, as lampas dos co- enchei com elles os espeços vazios. negro.<br />
qualquer signal aos policias; se elle<br />
fres fortes tinham buracos que permit- Um dos homens atou uma corda a<br />
não fôr bom batedor prometter-lhe has<br />
tiam tirar de lá o que se encontrava um cofre, e enrolando com ella os ob-<br />
XIV<br />
cem francos que lhe entregarás prom-<br />
nos differentes compartimentos. ,ectos de ouro, fez uma especie de<br />
O rapto<br />
ptamente. Eu descerei na rua Guènè-<br />
No momento em que os seus com- jarras com que acabou de encher a<br />
gand, tu seguirás na sua companhia<br />
panheiros começaram a tirar dos co- malla. Villedieu fechou-a com cuidado M. de Villedieu, metamorphoseando- ainda por um certo tempo. Amanhã,<br />
fres, os estojos com differentes peças e apertou as correias.<br />
se novamente, chegou em pouco tem- virás passeiar debaixo das janellas do<br />
de ourivesaria Villedieu soltou um gri — Depois, disse aos dois creados : po ao aqueducto d'Arcueil, onde en- meu quarto da rua Mazarine. Eu cha-<br />
to de raiva.<br />
— Ide coilocar essa malla na carcontrou Lebigot e os seus companheimar-te-hei. Acabava de encontrar outros pequeruagem que está lá em baixo.<br />
ros.<br />
— É aqui a casa, disse Lebigot.<br />
nos cofres que não cabiam por os bu- "—Pesa bastante!, disséram os dois — Qual é, perguntou elle a Lebigot, — A fechadura é difficil de forçar?<br />
racos feitos. Era preciso alarga-los, por- creados.<br />
a senha do amante de minha mulher? — Não para nós, disse Lebigot tique<br />
Villedieu tinha a certeza de que as — Nada receieis, a malla é sólida. — Elle entra no jardim, respondeu rando uma gazua do bolso.<br />
pedras mais preciosas eslavam dentro Elles levaram a malla e puzeram-na Lebigot, atira uma pedra ás vidraças do — Tu é que has de fazer o signal,<br />
d'elles.<br />
na carruagem que a tinha trazido. primeiro andar que ordinariamente es- disse Villedieu.<br />
Foi-os abrindo á medida que iam — Parece que augmentou de peso, tão entre-abertas e diz:<br />
Entraram no jardim como se esti-<br />
saindo.<br />
disse o cocheiro.<br />
— Sou eu. — Ouve-se descer uma vessem em sua casa.<br />
Estavam com effeito cheios de pe- — Recebereis as vossas partes antes pessoa. Elle colloca-se á pprta. A mu- Lebigot fez o signal debaixo da- jadrarias.<br />
de quinze dias, disse Villedieu diriginlher pergunta ainda: — Quem está lá? nella e voltou para a porta.<br />
Dentro d'um dos cofres encontrou do-se aos seus homens; ide esperar-me — Elle responde :—Sou eu, abri,— e M. de Villedieu entretanto subiu pela<br />
100:000 francos em moeda de oiro no aqueducto d'Arcueil com uma boa depois entra.<br />
janella. Logo que viu desapparecer a<br />
que os ladrões dividiram entre si im- carruagem. Devemos sair d'aqui pela — Gribeauval está lâ?<br />
lufc do quarto, agarrando-se ás trepamediatamente,<br />
mesma ordem por que entramos. Quan- — Não. Á vinda, passei por casa da deiras, subiu como um gato até ao pri-<br />
me de Villedieu<br />
antes de abrir a porta da casa.<br />
E quasi ao mesmo tempo accrescentou:<br />
— Oh I não é a sua voz I e sem<br />
abrir, voltou ao seu quarto esclamando:<br />
— Quem será?<br />
— Eu, disse M. de Villedieu.<br />
Surpreza, espantada, a duquèsa soltou<br />
um grito terrível e caiu no chão.<br />
— Perfeitamente, murmurou M. de<br />
Villedieu, uma mulher desmaiada é<br />
bem mais fácil de transportar.<br />
Passou uma vista d'olhos sobre o<br />
que o cercava.<br />
— Não estava mal installada aqui.<br />
Depois perguutou a si proprio:<br />
— Estarão aqui as suas jóias?<br />
Em poucos minutos percorreu toda<br />
a casa e rebuscou todos os moveis.<br />
— Não, disse, ella tomou as suas<br />
precauções.<br />
E voltou para junto de sua mulher.<br />
— 0 fresco e o ar livre fa-la-bão<br />
voltar a si, é necessário evitar que ella.<br />
grite.<br />
Fez com o lenço de batiste da duqueza<br />
uma bola e metteu-lh'a na bocca,<br />
— Ê a melhor das mordaças, diâse<br />
elle.<br />
Embrulhou cuidadosamente sua mulher<br />
num chaile.<br />
—Eis aqui o melhor dos laços. Assim<br />
não se debaterá nem gritará.<br />
(Continte)