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Obra Completa

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Cornasse recruta * /ILHÍ^^Í^F^^I ,;EPHEMERIDE<br />

'F^ » ». ,1 millipil 11ÍV » rvoi Í-V^C fi/in « I Á* I<br />

_ ; 1 I j II. •<br />

Verdadeiramenje assombroso o.<br />

que se está dando entre nós com a<br />

nomeação dos agentes do ministério<br />

publico, d'onde sáem por promoção,<br />

em que nem sempre e só<br />

por conveniências politicas se observa<br />

o principio da antiguidade, os<br />

j matura, -porque insignificante çv em<br />

gemi,*o lapso de* tempo qu£ medeia<br />

31 de julho de 1896<br />

èntré esta "e 3 concurso<br />

Morre de morte macaca, ás mãos<br />

Outra é a causa.<br />

do dictador de triste figura, a velha<br />

Suppondo que o jury dos con- carta constitucional.<br />

Carta Constitucional e seus Actos addicionaes,<br />

ou que incite á infracção das<br />

leis ou regulamentos, ou seja offensivo<br />

de algum dos poderes políticos, de<br />

qualquer corporação ou corpo collectivo<br />

que exerça funcções publicas, da moral<br />

publica, do decoro e honra dos funccionarios<br />

e dos particulares, ou que<br />

provoque manifestações contrarias á<br />

ordem publica, pôde ser apregoado nas<br />

ruas e logares públicos».<br />

As restaurações artísticas<br />

EM<br />

C O I M B R A<br />

cursos seja completamente imparcial<br />

na apreciação dos candidatos,<br />

Que susto!<br />

certo é que elle não pode formar<br />

juizo seguro ácerca do seu mereci<br />

Na ultima quinta feira, de tarde Sahirá, porém, no dia competente<br />

e á noite, esteve vigiado pela poli-<br />

com um dos dez títulos que tem<br />

mento com as provas que a lei exicia o collegio de Campolide, a fim<br />

habilitados, talvez:^ Marselhesa. A<br />

ge. D'ahi as mais flagrantes injus- de se evitar qualquer conflicto a pro-<br />

não ser que a Parreirinha tenha<br />

magistrados judiciaes. Até no retiças,<br />

as mais extraordinarias cias posito do anniversario da memoran-<br />

ordes do dictador da triste figura,<br />

crutamento dos membros do poder<br />

sificações, que teriam, como primeida<br />

procissão antonina.<br />

para ir affixando successivos editaes<br />

a proposito de cada um dos dez<br />

judicial, de cuja illustração e cara<br />

Seria melhor que a polieia vi<br />

ro resultado, desprestigiar a facul-<br />

títulos.<br />

cter depende a existencia e o des-<br />

giasse os cofres públicos e gazofidade<br />

de direito, nalguma considelasse os gatunos que lá mettem as<br />

Assim deve ser, pois é essa a<br />

involvimento de qualquer Estado<br />

ração se lhes ligasse.<br />

maos.<br />

opinião que Cergio ha dias vem<br />

porque são elles que dão vida á lei,<br />

expondo na sua mangedoura.<br />

A verdade, porém, é que nem o<br />

se está notando que, ao lado d'uma<br />

publico lhes liga importancia nem Diz o Tempo que «a policiar dei-<br />

legislação extremamente defeituosa<br />

o governo faz obra por ellas, no xou fugir um caro amigo do corre-<br />

Ministro á lébre<br />

ha o mais escandaloso favoritismo.<br />

gedor, que accumulava, com as Ainda mal apagados os fumos do<br />

meando d'entre os candidatos ap-<br />

A politica monarchica nada respei<br />

funcções de corretor e espião, as champagne com que os amigos do<br />

provados os "que têm melhores pro- qualidades de escroc e de mais Porto brindaram pelo Lyrio penden-<br />

ta, sujeitando tudo ás suas convetecções.<br />

O juizo que ácerca d'elles alguma cousa».<br />

te, filho dado á luz dentro d'um folniências.<br />

Vendo-se irremediável<br />

tenha formado a faculdade de Direi- Não é para extranhar que a poie, já nos chega a noticia de que<br />

mente perdida, parece apostada a<br />

licia assim procedesse para com um outros amigos de Paço d'Arcos, se<br />

to, que é sustentada á custa do Es-<br />

arrastar comsigo na quéda uma na-<br />

caro amigo do sr. corregedor. preparam'para nova paparóca, em<br />

tado, e as classiflcações que tenham<br />

ção que tanto tem aviltado. E con-<br />

Para os malandrins ao serviço honra do mesmo supra.<br />

obtido nos concursos, tudo isso lhes da corregedoria toda a protecçãol Em vista de tal affluencia, consta<br />

seguí-lo-ha, se por mais alguns an-<br />

é completamente indifferente<br />

que s. ex.<br />

nos podér^ desorganizar e corrom-<br />

Não,se nomeiam para agentes do<br />

per todas as instituições.<br />

• Incrível!<br />

w- - - - "O*<br />

ministério publico os individuos que<br />

No poder judicial já se estão sen-<br />

Chegaram a Lisboa nove crean-<br />

melhores garantias offereçam de<br />

tindo, em parte, os effeitos da deças,<br />

orphãs de funccionarios e mi-<br />

)em exercerem tão elevadas funcleleria<br />

influencia do actual regilitares,<br />

que estavam na escola de<br />

ções, mas os que, pelos suas idêas artes e oíiicios em Moçambique.<br />

men politico; e o modo por que se<br />

politicas e relações de parentesco Foi o governador d'essa provín-<br />

faz o recrutamento dos seus memcia<br />

o major Mousinho que, condoído<br />

ou de amizade com influentes políbros<br />

leva ao espirito de quem pen-<br />

do seu estado, e não julgando conticos,<br />

melhor sirvam os interesses<br />

sa no futuro do país as mais graves<br />

veniente a sua permanencia alli as<br />

d'um partido. E esse o único crité- repatriou.<br />

apprehensões. A muitas pessoas terio<br />

por que os governos se diri- Pois querem saber o que o<br />

mos ouvido dizer que, se se mantigem.<br />

governo pensa fazer destas infelizes<br />

ver o estado de coisas por alguns<br />

crianças?! h<br />

Não ha partido algum que não<br />

annos, o poder judicial virá a não<br />

Manda-las para a colonia agrícola<br />

considere as nomeações para os lo- de Villa Fernando que é destinada<br />

offerecer garantias algumas aos cigares<br />

de agentes do ministério pu- aos incorrigíveis.<br />

dadãos. E fundamento existe para<br />

Pasmoso!<br />

blico como um dos meios mais effi<br />

tão triste previsão.<br />

cazes de conquistar ou conservar<br />

Vejamos.<br />

correligionários. Só a isso se atten-<br />

Como habilitação especial para o<br />

de.<br />

exercício das funcções do ministé-<br />

Assim vão entrando no poder jurio<br />

publico, e portanto da magistradicial,<br />

pela porta do ministério pu<br />

tura judicial, exige-se a formatura<br />

blico, individuos que só por exces-<br />

em direito e a approvação num consiva<br />

benevolencia conseguiram uma<br />

curso, cujas provas são tão ridicuformatura<br />

em Direito com R R em<br />

I las como pasmosos os resultados, e<br />

quasi todos os annos e baixíssimas<br />

que parece até especialmente desti-<br />

informações. E serão elles que ámanado<br />

a annullar as informações que<br />

nhã se sentarão numa cadeira de<br />

sobre o mérito litterario dos alu-<br />

juiz, de desembargador da Relação<br />

mnos são dadas pela faculdade de<br />

indo alguns até ao Supremo Tri-<br />

direito. E na verdade, quem conbunal<br />

de Justiça<br />

frontar as classiflcações obtidas nos<br />

Assim se vae desacreditando a<br />

concursos com essas informações,<br />

instituição social de que mais dire<br />

verá que raras vezes succede haver<br />

ctamente dependem os direitos dos<br />

correspondência entre ellas, dan-<br />

cidadãos I<br />

do-se até por vezes o extranho caso<br />

E tudo se faz d'animo leve, pen-<br />

de serem os que a faculdade collosando<br />

só no dia d'hoje!<br />

cou em ultimo logar os que no concurso<br />

obtêm o primeiro.<br />

a Apezar do grande numero de restaurações<br />

emprehendidas neste século<br />

em toda a Europa, não ha uniformidade<br />

d'opiniões sobre a orientação<br />

artística a que devem subordinar-se.<br />

vae supprimir, por inútil,<br />

a cozinheira.<br />

Consta a uma folha da capital<br />

que o sr. conde de Burnay offereceu<br />

os seus serviços incondicionalmente<br />

á commissão encarregada da<br />

exposição industrial por occasião<br />

do Centenario da índia.<br />

Vamos ter exposição de virgens<br />

da Madragoa e annexos.<br />

João trata de ti!...<br />

Pelo ministério da fazenda foi<br />

declarado que os prelados diocesanos<br />

estão isentos de contribuição<br />

industrial pelos emolumentos a que<br />

têm direito.<br />

Venha de lá mais isso!<br />

Partido republicano<br />

Já não sáe com o titulo com que<br />

foi annunciado A Republica o novo<br />

jornal de combate do nosso prezado<br />

collega João Chagas,<br />

Obsta a isso o recente Ukasse,<br />

Refere um periodico que a policia do sr. Segurado Interino, que no §<br />

de emigração continua fazendo excel- I<br />

lente serviço no Porto!<br />

Esta noticia faz-nos lembrar o caso<br />

da que antes de o ser jd o era.<br />

o Sar ah de Mattos<br />

Tem continuado a grande mani-<br />

'estação junto do tumulo da infeliz<br />

Sarab de Mattos, a victima dos<br />

esuitas, a quem a celebre irmã Colecta<br />

envenenou no convento das<br />

Trinas.<br />

Desde domingo que homens, mulheres<br />

e creanças vão ao cemiterio<br />

levar flores á pobre Sarah, tão cedo<br />

roubada á vida.<br />

Este protesto unanime do povo<br />

de Lisboa mostra que todos os que<br />

são honrados e dignos repudiam a<br />

protecção que os altos poderes do<br />

estado estão dispensando aos jesuítas.<br />

Continue o povo a mostrar-se<br />

energico, que o futuro pertence-lhe.<br />

A attitude sympathica com que<br />

os socialistas defendem a creança<br />

atacada pelos abutres tem merecido<br />

o respeito de todos.<br />

Continuem assim, e em pouco<br />

tempo o seu partido ha de impôrse,<br />

e tem de ser attendido.<br />

O caso de «escroquerie»<br />

Consta que está afinal averiguado,<br />

pelas investigações a que o chefe<br />

Aguiar da policia de Lisboa tem<br />

procedido, e especialmente pelo depoimento<br />

do sr. Anahojr, que<br />

Segismundo do Carmo e Eduardo<br />

Ignacio da Costa Almada, burlaram<br />

a sr.<br />

, do artigo 2.°, reza assim:<br />

«Nenhum titulo contrario ao systema<br />

monarchico-representatlvo fundado na<br />

a Ha quem seja absolutamente contrario<br />

a qualquer obra de restauração<br />

que vá destruir trabalho artístico<br />

existente no edifício que pretende<br />

restaurar-se, embora esse trabalho<br />

d'origem mais moderna esteja<br />

encobrindo a obra primitiva.<br />

Não se julgam, os que seguem<br />

esta doutrina, com direito de retirar<br />

das paredes do templo os trabalhos<br />

de gerações d'esculptores<br />

que andaram piedosamente a ornamentar<br />

a casa do Senhor.<br />

Respeitam esses trabalhos, como<br />

os ex-voto que a piedade dos fieis<br />

pendurou perto das imagens queridas<br />

que nos altares sorriem, cheias<br />

tie caridade, ás suas supplicas.<br />

Este modo de vêr é ainda abonado<br />

por um motivo de mais valia<br />

— o respeito por todo o trabalho<br />

artístico.<br />

Se uma restauração é determinada<br />

por o respeito pela obra d'arte<br />

do architecto que primeiro concebeu<br />

e delineou o edifício, por que é<br />

que se não deve ter o mesmo respeito<br />

pela obra dos artistas que andaram<br />

durante séculos a decorá-la,<br />

abrindo capellas novas e ornamentando-as<br />

do seu capricho, invoivendo<br />

a creação do primeiro architecto<br />

num novo sonho d'arte?<br />

Porque se ha de respeitar a arte<br />

na obra do architecto e se não ha<br />

de respeitar na obra do decorador?<br />

Tanto vale um bello baixo relevo<br />

em que agonize triste o Christo, a<br />

cabeça dobrada a consolar os que<br />

choram'em baixo ao pé da cruz,<br />

obra que um esculptor concebeu<br />

num momento d'inspiração, realizou<br />

em poucos dias de trabalho e<br />

se foi occultar tristemente na parede<br />

escura, no silencio triste d'uma<br />

capella pequenina; como vale uma<br />

cathedral das que levaram séculos<br />

a fazer e se levantam triumphantes<br />

ao sol no meio das grandes cidades<br />

e nos fazem calar, quando á volta<br />

tudo se agita em movimento, e grita<br />

em gritos de vida.<br />

A decoração feita por um artista<br />

D. Maria Levy de Carvalho, para a parede d'um templo antigo<br />

sendo o principal auctor o Segis-<br />

deve ser respeitada como a obra do<br />

mundo.<br />

Os outros, diz-se que parece não<br />

architecto primitivo, e pelo mesmo<br />

estarem implicados; pelo menos é motivo—o respeito pela arte.<br />

esta a opinião do seu amigo do co- Para os que assim pensam, a<br />

ração — Corregedor.<br />

restauração d'ura monumento é<br />

IV

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