Lílian dos Santos Brandão SÍNTESE E CARACTERIZAÇÃO DE ...
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covalentes, muito mais intensas que as forças interlamelares advindas das<br />
interações por ligações hidrogênio ou van der Waals. Em muitos casos, a<br />
superfície interlamelar é acessível somente à água e a moléculas polares<br />
pequenas.<br />
Existe uma grande variedade de materiais lamelares que podem ser<br />
encontradas na natureza como as argilas (aluminosilicatos), haletos de metais<br />
de transição, hidróxi<strong>dos</strong> de metais bivalentes e fosfatos de metais tetravalentes<br />
(SIBELE et al., 1999).<br />
Dentre os materiais lamelares mais pesquisa<strong>dos</strong> na preparação de<br />
nanocompósitos destaca-se a argila do tipo montmorilonita. As principais<br />
razões que levaram à popularização de seu emprego em nanocompósitos<br />
foram a origem natural, a elevada relação de aspecto e boa capacidade de<br />
delaminação.<br />
A montmorilonita é originada da erosão de cinza vulcânica. É composta<br />
essencialmente de silicato de alumínio e magnésio contendo camadas de<br />
espessura da ordem de 1nm. A área superficial das placas esfoliadas é<br />
geralmente de 700m 2 /g. Por isto, um simples grama de argila esfoliada contém<br />
um milhão de partículas individuais. Em compósitos, o efeito de 5% de<br />
nanocarga corresponde a 15% de fibra de vidro (KORNMAN X., 2002).<br />
Três tipos de compósitos podem ser obti<strong>dos</strong> nas misturas de polímeros e<br />
cargas lamelares. A morfologia é dependente da natureza da carga e do<br />
polímero, da presença de agente compatibilizante e do método de preparação.<br />
(KORNMAN X., 2002). A Figura 3 mostra esquematicamente os três tipos de<br />
morfologias observadas.<br />
A morfologia é considerada como a de um microcompósito quando não há<br />
inserção do polímero na região interlamelar (Figura 3a). As propriedades do<br />
microcompósito são semelhantes às de um compósito convencional.<br />
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