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TERAPIA COMUNITÁRIA COMO PRÁXIS QUE POSSIBILITA<br />
AÇÕES COLETIVAS TRANSFORMADORAS<br />
Dóris Schuck, Juliana Valduga, Luciane Azevedo<br />
Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas para Pessoas Portadoras de<br />
Deficiência e Altas Habilidades do Rio Grande do Sul, FADERS<br />
Este artigo apresenta a Terapia Comunitária como instrumento que possibilitou reconhecer e<br />
dar identidade pessoal e profissional aos envolvidos no trabalho, resultando na construção coletiva<br />
comunitária, sob a luz de uma política pública inclusiva. Este projeto inicia como ação<br />
pedagógica de uma professora de escola especial da região metropolitana de Porto Alegre, que<br />
percebe que sua intervenção deve ir além do pedagógico, para responder à necessidade da população<br />
atendida. Para tanto, convoca outros atores, buscando construir ações que envolvam<br />
aquela comunidade escolar, trabalhando com as questões de saúde e educação de forma mais<br />
contextualizada e afetivamente construída, pelo viés da Terapia Comunitária. Na implantação do<br />
projeto, houve cuidado no preparo do terreno para que a semente ali plantada germinasse. Este<br />
cuidado resultou na construção de uma rede de sustentação e proteção do trabalho, garantindo a<br />
efetividade do projeto. Ações concretizadas na comunidade: Grupo de Terapia Comunitária com<br />
pais dos alunos da professora que viabilizou o projeto, sendo ampliado para outras turmas; apresentação<br />
dos alicerces teóricos da Terapia Comunitária aos professores; vivência da Terapia Comunitária<br />
com professores e funcionários da escola; institucionalização da Terapia Comunitária<br />
como proposta para cuidar dos professores e funcionários desta escola; articulação deste projeto<br />
junto à Secretaria de Educação e do Meio Ambiente do Município de Cachoeirinha-RS. Concluímos<br />
que a experiência da Terapia Comunitária vivenciada por três profissionais de distintas<br />
áreas que têm a interdisciplina como crença e forma de intervenção, deu voz, vida, qualificação,<br />
emoção e identidade aos seus projetos de trabalho, assim como os fundamentos norteadores das<br />
construções pessoais e profissionais muitas vezes questionados e desqualificados encontraram<br />
representatividade nesta teoria.<br />
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