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Ao formar-se um novo sistema com suas características relacionadas por idade, normas, valores,<br />
papéis naturais e funcionais dos participantes, nossa intervenção profissional busca e consegue<br />
trabalhar a estrutura das relações para facilitar a abertura do aprendizado, o crescimento individual<br />
e grupal e a auto-gestão comunitária, assim como também as crises que geram aprendizados.<br />
Nesse contexto, os processos grupais não somente conseguem influenciar o interior do sistema<br />
dado, mas também o ecossistema ao identificar as pessoas facilitadoras da ação educativa, ao<br />
reforçar a tomada de decisões e gerar multiplicadores capazes de mudar em seu sistema familiar<br />
e de extrapolar as ações educativas a outros sistemas em que estão imersos.<br />
Um aspecto que desejo ressaltar é a totalidade que pontua a necessidade de trabalhar em equipe,<br />
onde o êxito ou a dificuldade não são responsabilidade de nenhum de seus membros em particular,<br />
e sim, de todo o grupo. Assim, reforça-se a prioridade dos interesses comuns que requerem<br />
uma designação e cumprimento de papéis específicos para alcançar o crescimento do grupo,<br />
nesse caso, familiar, amigos, trabalho e comunidade.<br />
Os conteúdos educativos em todos esses casos são integrais, a fim de permitir aos participantes<br />
a preparação para identificar as mudanças que se apresentam no transcurso de uma etapa à outra,<br />
reacomodar as regras de funcionamento, encontrar relações que permitam adaptarem-se a essas<br />
novas situações, em que as crises chegam também a ser situações de aprendizagem.<br />
Foi dentro desse pensamento que estamos “cavando” espaço para uma cultura voltada à paz.<br />
“Se aprendo a cultura da violência, posso aprender a cultura para a paz.” 1<br />
Os objetivos desse trabalho é a formação de jovens para uma cultura de paz, pressupondo que<br />
vale muito mais o que ele é do que o que ele sabe. Por isso, é importantíssimo construir itinerários<br />
formativos capazes de desenvolver competências em termos de habilidades básicas e de<br />
gestão:<br />
Mobilizar os jovens a planejar e aprender a lidar com pessoas, tempo, materiais e recursos financeiros;<br />
administrar o próprio tempo, aprendendo a dividir-se entre atividades de natureza distinta; dar e<br />
receber instruções, ordens e orientações; liderar e deixar-se liderar;<br />
criticar e ser criticado; coordenar atividades em grupo;<br />
aceitar diferentes pontos de vista e interesses; improvisar diante de situações imprevistas, agindo<br />
de acordo com os princípios, valores e interesses de seu grupo; e ainda discernir os valores<br />
implicados e vividos em uma determinada situação; buscar coerência entre teoria e prática;<br />
exercitar a transparência no uso dos recursos grupais; prestar conta de seus atos ao grupo, aos<br />
destinatários de suas ações e a seus educadores; assumir as conseqüências de suas ações positivas<br />
e negativas; desenvolver a tolerância para com as falhas e limitações humanas; aprender a<br />
lidar com êxitos e fracassos;<br />
decidir em grupo e de forma democrática; desenvolver espírito solidário e ação cooperativa.<br />
1 SOUZA, Marli Olina de. Projeto para agentes jovens de multiplicação de uma cultura para paz. Município<br />
de Pinhal/RS.<br />
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