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A interação social: não a consideramos como mais uma instância no processo ensino/aprendizagem,<br />

mas como um instrumento que gera o aprendizado. Portanto, utilizamos algumas técnicas<br />

e trabalhamos em função da seguridade emocional das pessoas. Nosso agente, aqui intitulado<br />

terapeuta comunitário ou agente comunitário, é guia e facilitador dos processos.<br />

Dentro das categorias do conhecimento: consideramos que este é o produto da relação entre o<br />

fato, situação e fenômeno (objeto do aprendizado) e as pessoas (sujeito do aprendizado). De<br />

acordo com a intensidade da interação, esse conhecimento permanecerá ou não, e das formas de<br />

participação dependerá a efetividade do aprendizado.<br />

O processo metodológico empregado nos distancia daquela educação tradicional ou “formal”<br />

que não inicia seu processo a partir do estudo e do conhecimento da realidade social e que se<br />

contenta com a realidade vivida, sem propor mudanças verdadeiras, como por exemplo o conformismo,<br />

a esperança, a banalidade da violência, alienando-nos do saber fazer, do saber popular.<br />

É uma “fabrica de alienação” científica, acadêmica.<br />

Nossa proposta implica o reconhecimento do nosso aporte, aprendendo e ensinando, esclarecendo<br />

e sendo esclarecido, fortalecendo e sendo fortalecido, promovendo terapias e sendo tratado ao<br />

mesmo tempo, levando, por sua vez, um compromisso autêntico com as atividades propiciadas<br />

pelo mesmo processo de ensino/aprendizado: partimos da realidade, não somente porque isso é<br />

em essência o que interessa às pessoas, mas porque o objetivo final do processo é a transformação<br />

dessa realidade.<br />

O enfoque sistêmico e as demais teorias já referidas têm nos embasado para o entendimento<br />

das repetições culturais que as gerações repassam como verdadeiros legados, heranças, seguidas<br />

por várias gerações. Esse paradigma nos oferece significativos instrumentos nas ações que<br />

envolvem problemáticas familiares, individuais e comunitárias a nível terapêutico, preventivo<br />

e promocional. Deixa-nos confortável, facilitando a otimização dos recursos humanos no que<br />

concerne ao êxito pessoal e a eficácia nos vínculos de redes sociais. Sua universalidade enriquece<br />

nosso trabalho, temos confrontado alguns de seus enfoques e aportes práticos com os nossos:<br />

A autopoiese, enquanto enfatiza a capacidade dos seres vivos para gerar mecanismos de crescimento,<br />

desenvolvimento e conservação do sistema familiar. Nesse sentido, nossa estratégia<br />

educativa parte das experiências, normas e valores, necessidades, interesses e potencialidades<br />

das pessoas para entender e manejar sua realidade social peculiar.<br />

O espírito gregário, ao destacar a busca de inter-relação com outras pessoas e a valorização das<br />

experiências individuais e grupais, permite desencadear situações problemas da vida familiar e<br />

comunitária, buscando alternativas de solução.<br />

A re-autoria, como processo facilitador do aprendizado, implica que para “aprender a aprender”<br />

precisamos “aprender a pensar”. Defende-se aqui um “aprender-fazendo”, a partir das experiências<br />

vivenciadas como pais, filhos, irmãos ou casal, e refletir sobre seus lucros e as limitações<br />

destas vivências, a fim de clarear conceitos e concretizar alternativas, compromissos e tarefas<br />

que gerem mudanças intra e extra-familiares.<br />

A teoria dos sistemas, ao confrontá-la com nossa prática, nos propiciou elementos facilitadores<br />

para visualizar como se agrupam os subsistemas no processo de ensino/aprendizagem, seja pela<br />

identidade da problemática, pelas funções dentro do sistema familiar ou pelo interesse.<br />

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