25.11.2014 Views

Prosa - Academia Brasileira de Letras

Prosa - Academia Brasileira de Letras

Prosa - Academia Brasileira de Letras

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

No reino da água o rei do vinho: o triunfo <strong>de</strong> Baco n’Os lu s í a da s<br />

Por que <strong>de</strong> vossas águas Phebo or<strong>de</strong>ne (I, 4)<br />

As marítimas águas consagradas (I, 19)<br />

De quantos bebem a água <strong>de</strong> Parnaso (I, 32)<br />

D’ água do esquecimento, se lá chegam (I, 32)<br />

Em roxo sangue a água que buscasse. (I, 82)<br />

Por lhe <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r a água <strong>de</strong>sejada. (I, 86)<br />

Nas águas acen<strong>de</strong>ndo fogo ar<strong>de</strong>nte. (III, 56)<br />

O tom fresco das águas entre as pedras (III, 61)<br />

E dos rios as águas saudosas (III, 84)<br />

Dali vão em <strong>de</strong>manda da água pura (IV, 64)<br />

Deem-lhe per<strong>de</strong>r nas águas o Piloto. (V, 88)<br />

Entre no reino d’ água o Rei do vinho. (VI, 14)<br />

Se acen<strong>de</strong>m as Deida<strong>de</strong>s da água em fogo. (VI, 34)<br />

Águas gangéticas undosas (VII, 54)<br />

Que pelas águas húmidas caminha, (VIII, 48)<br />

Se teu fogo imortal nas águas ar<strong>de</strong>. (IX, 42)<br />

Desejando prover-se <strong>de</strong> água fria. (IX, 51)<br />

A matar na água o fogo que nele ar<strong>de</strong> (IX, 73)<br />

Fogo no coração, água nos olhos: (X, 33)<br />

Água das fontes, doce e cristalina: (X, 99)<br />

Que capitão das águas se interpreta, (X, 127)<br />

Eixo que se reforça por outros correlatos, como os dos núcleos: “onda”,<br />

“rio”, “lago”, “lágrimas”. Acrescentam-se a estes a tempesta<strong>de</strong>, a tromba<br />

marinha, o orvalho, os verbos “correr” e “manar”, os adjetivos “líquido”<br />

e “úmido”, e tantos outros sintagmas, e ter-se-á i<strong>de</strong>ia da robustez monumental<br />

do campo.<br />

Observando-se estes eixos em que os sintagmas-semas se alinham, vê-se que<br />

o elemento líquido configura-se em formas e níveis diversos, <strong>de</strong>sempenhando<br />

assim, alternada ou simultaneamente, suas variadas funções, ora escorrendo<br />

num fluxo <strong>de</strong> sintagmas-semas, ora con<strong>de</strong>nsando-se e assomando em nódulos<br />

metafóricos, ora funcionando como correlativo objetivo, e assim <strong>de</strong>svelando a<br />

173

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!