Aspectos Legais para Abertura de Laboratórios de ... - NewsLab
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62% tinham menos <strong>de</strong> 35 anos, 71%<br />
eram casadas ou unidas, 54% com<br />
dois ou mais filhos e 60% iniciaram<br />
sua ativida<strong>de</strong> sexual com menos <strong>de</strong><br />
18 anos. Shastri et al., em 2005, em<br />
Mumbai, Índia, realizaram um estudo<br />
com 4.039 mulheres com ida<strong>de</strong>s<br />
entre 30 a 65 anos; <strong>de</strong>stas, 84% das<br />
mulheres tinham ida<strong>de</strong>s entre 30 e 49<br />
anos e 6% com ida<strong>de</strong>s entre 60 e 65<br />
anos. Com relação à parida<strong>de</strong>, 64,5%<br />
tinham <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> três filhos.<br />
No nosso estudo, a ida<strong>de</strong> média<br />
das mulheres foi <strong>de</strong> 38,36 anos (21-<br />
65 anos), o início da ativida<strong>de</strong> sexual<br />
variou dos 13 aos 30 anos, sendo que<br />
4,87% (4/41) foi com ida<strong>de</strong> menor ou<br />
igual a 14 anos, 41,46% (17/41) o<br />
início ocorreu na faixa <strong>de</strong> 15-17 anos<br />
e <strong>para</strong> 53,65% (22/41) foi maior ou<br />
igual a 18 anos, 63,41% (26/41) eram<br />
casadas ou unidas e 41,46% (17/41)<br />
tiveram <strong>de</strong> dois a quatro filhos. Conforme<br />
o perfil das mulheres analisadas, os<br />
dados são semelhantes aos encontrados<br />
na literatura com relação às ida<strong>de</strong>s<br />
e estado civil e diferem em relação ao<br />
início da ativida<strong>de</strong> sexual e parida<strong>de</strong>.<br />
Isto po<strong>de</strong> ser explicado pelo fato <strong>de</strong> que<br />
no presente estudo foi estudada uma<br />
pequena amostra (Roteli-Martins et al.,<br />
2003; Cor<strong>de</strong>iro et al., 2005; Gontijo et<br />
al., 2005; Shastri et al., 2005).<br />
Cor<strong>de</strong>iro et al., ao avaliarem os<br />
resultados da citologia, observaram<br />
que, o exame foi consi<strong>de</strong>rado negativo<br />
em 99,3% das mulheres, 0,7% dos<br />
exames foram distribuídos em 0,1% <strong>de</strong><br />
ASCUS, 0,5% <strong>de</strong> LSIL e 0,1% <strong>de</strong> HSIL.<br />
No estudo <strong>de</strong> Gontijo et al., em 2004, a<br />
citologia apresentou resultado negativo<br />
em 90,8% das mulheres, apresentando<br />
atipias celulares em 9,2% dos<br />
resultados, sendo 6,5% <strong>de</strong> ASC-US,<br />
0,5% <strong>de</strong> AG, 1,5% <strong>de</strong> LSIL e 0,7%<br />
<strong>de</strong> HSIL. Em outro estudo <strong>de</strong> Gontijo<br />
et al., em 2005, foi observado 10,4%<br />
com atipias celulares, sendo 7,3% <strong>de</strong><br />
ASC-US, 0,1% AG, 2,2% <strong>de</strong> LSIL 0,7%<br />
<strong>de</strong> HSIL. Roteli-Martins et al., em um<br />
trabalho com exames <strong>de</strong> Papanicolaou,<br />
observaram que 92% dos exames foram<br />
normais. Das amostras analisadas,<br />
4,2% apresentaram ASC-US, 1,4%<br />
LSIL, 0,57% HSIL e 0,83% com carcinoma<br />
<strong>de</strong> células escamosas.<br />
No presente estudo, <strong>para</strong> o exame<br />
citopatológico, o resultado foi consi<strong>de</strong>rado<br />
negativo em 65,71% (23/35)<br />
e positivo em 34,29% (12/35). Os<br />
resultados positivos foram distribuídos<br />
em: 17,14% (6/35) com células<br />
escamosas atípicas <strong>de</strong> significado in<strong>de</strong>terminado<br />
(ASC-US), 5,71% (2/35)<br />
com lesão intra-epitelial escamosa <strong>de</strong><br />
baixo grau (LSIL). Não foram encontrados<br />
lesão intra-epitelial escamosa<br />
<strong>de</strong> alto grau (HSIL) e câncer cervical.<br />
Esses dados diferem dos dados <strong>de</strong> outros<br />
autores. Essa diferença po<strong>de</strong> ser<br />
explicada pelo fato <strong>de</strong> que na nossa<br />
população o início da ativida<strong>de</strong> sexual<br />
ocorreu dos 14 aos 17 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong><br />
<strong>para</strong> 46,33% (Roteli-Martins et al.,<br />
2003; Gontijo et al., 2004; Gontijo et<br />
al., 2005; Cor<strong>de</strong>iro et al.,2005).<br />
Gontijo et al., em 2004, observaram<br />
que em relação a IVA, 10,9% das<br />
mulheres apresentaram o resultado<br />
positivo. Em outro estudo, realizado<br />
em 2005, pelos mesmos pesquisadores,<br />
foi verificado que 8% das<br />
mulheres apresentaram resultado do<br />
IVA positivo. Roteli-Martins et al., ao<br />
analisarem a inspeção visual com ácido<br />
acético (IVA), observaram que 13%<br />
foram anormais e 0,13% sugestivos <strong>de</strong><br />
câncer. No estudo <strong>de</strong> Bellinson et al.,<br />
ao analisarem os resultados <strong>de</strong> 1997<br />
mulheres, o resultado <strong>de</strong> IVA foi normal<br />
em 72%. Nos estudos <strong>de</strong> Shastri et al.<br />
e <strong>de</strong> Sarian et al., os resultados positivos<br />
da inspeção visual com lugol foram<br />
<strong>de</strong> 17% e 23%, respectivamente.<br />
Na nossa casuística, a IVA foi consi<strong>de</strong>rada<br />
negativa em 77,14% (27/35)<br />
dos casos e positiva em 22,85% (8/35).<br />
Com relação a esses dados, são compatíveis<br />
com o estudo <strong>de</strong> Bellinson et<br />
al., e com relação a IVA e IVL não estão<br />
conformes a outros autores pesquisados.<br />
Da mesma forma, ao associarmos<br />
os resultados dos exames <strong>de</strong> Papanicolaou<br />
do nosso estudo com os resultados<br />
dos IVA e IVL observamos uma pobre<br />
concordância, diferindo do estudo <strong>de</strong><br />
Rotelli-Martins et al. que <strong>de</strong>screveram<br />
uma associação estatisticamente significativa.<br />
Isto po<strong>de</strong> ser explicado pelo<br />
fato <strong>de</strong> que no presente estudo foi estudada<br />
uma pequena amostra (Bellinson<br />
et al., 2001; Roteli-Martins et al., 2003;<br />
Gontijo et al., 2004; Shastri et al., 2005;<br />
Sarian et al., 2005).<br />
A distribuição dos resultados dos<br />
três exames, no presente estudo,<br />
mostrou que em 48,57% (17/35) <strong>de</strong><br />
todos os testes foram negativos e em<br />
5,71% (2/35) foram positivos nos três<br />
testes. No caso do teste IVL negativo<br />
Papanicolaou positivo e IVA positivo<br />
e IVL positivo, Papanicolaou negativo<br />
e IVA negativo não foram registrados<br />
em nenhum dos casos. Apesar da pequena<br />
amostra estudada no presente<br />
estudo, estes dados estão <strong>de</strong> acordo<br />
com o estudo <strong>de</strong> Blumenthal et al.<br />
(Blumenthal et al., 2000).<br />
No estudo <strong>de</strong> Roteli-Martins et al.,<br />
foi achada correlação significativa somente<br />
com relação ao início precoce<br />
da ativida<strong>de</strong> sexual, sendo que <strong>para</strong> as<br />
outras características não houve correlação<br />
significativa com os resultados<br />
dos exames. No presente estudo, o<br />
início precoce da ativida<strong>de</strong> sexual foi<br />
observado uma substancial concordância<br />
<strong>para</strong> a faixa etária dos 15-17<br />
anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, estando <strong>de</strong> acordo com<br />
o estudo <strong>de</strong> Roteli-Martins et al.. Como<br />
somente duas pacientes tiveram início<br />
da ativida<strong>de</strong> sexual com menos <strong>de</strong> 14<br />
anos, não foi possível interpretar este<br />
dado (Roteli-Martins et al., 2003).<br />
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<strong>NewsLab</strong> - edição 89 - 2008