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Aspectos Legais para Abertura de Laboratórios de ... - NewsLab

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ativo, sem uso <strong>de</strong> qualquer método anticoncepcional.<br />

O processo <strong>de</strong> produção<br />

dos espermatozói<strong>de</strong>s, amadurecimento,<br />

transporte, bem como a própria ejaculação<br />

também sofrem interferência <strong>de</strong><br />

alguns hormônios produzidos no nosso<br />

organismo. Assim sendo, qualquer interferência<br />

em alguma <strong>de</strong>ssas etapas po<strong>de</strong><br />

causar infertilida<strong>de</strong> masculina (7).<br />

Teratogênese<br />

A teratologia é a ciência que se<br />

preocupa em estudar o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

humano anormal e suas causas<br />

(agentes teratogênicos). No <strong>de</strong>senvolvimento<br />

anormal, costuma-se usar o<br />

termo malformações congênitas, que<br />

representa as anomalias morfológicas<br />

presentes ao nascimento (12).<br />

Distúrbios do <strong>de</strong>senvolvimento são<br />

reconhecidos há séculos, mas uma relação<br />

direta entre os teratógenos ambientais<br />

e <strong>de</strong>feitos congênitos humanos<br />

só foi <strong>de</strong>monstrada em 1941 (4).<br />

Na análise da teratogenicida<strong>de</strong>,<br />

reconhecem-se fatores importantes:<br />

• Época da exposição ao teratógeno:<br />

esses exercem seus efeitos<br />

quando a diferenciação e morfogênese<br />

estão no auge<br />

• Dosagem: há poucas informações<br />

sobre a dosagem nos estudos<br />

humanos, mas pesquisas<br />

em animais mostraram a relação<br />

dose-resposta prevista. A dose<br />

que atinge o feto é parcialmente<br />

<strong>de</strong>terminada pela capacida<strong>de</strong><br />

materna <strong>de</strong> metabolizar a substância<br />

tóxica, que por sua vez<br />

é influenciada pelo genótipo da<br />

mãe<br />

• Genótipo do feto: existem muitos<br />

exemplos comprocados em<br />

animais <strong>de</strong> laboratório e vários<br />

exemplos humanos suspeitados,<br />

<strong>de</strong> diferenças genéticas na resposta<br />

a um teratógeno<br />

• Genótipo materno: pouco se<br />

estudou o efeito teratogênico<br />

do genétipo materno sobre as<br />

crianças expostas in utero. Qualquer<br />

efeito <strong>de</strong>ste tipo resultaria<br />

das conseqüências metabólicas<br />

anormais <strong>de</strong> um <strong>de</strong>feito genético<br />

materno (24).<br />

O <strong>de</strong>senvolvimento anormal resulta<br />

<strong>de</strong> influências ambientais sobrepostas<br />

às suscetibilida<strong>de</strong> genética. Os fatores<br />

envolvidos no <strong>de</strong>senvolvimento anormal<br />

incluem ida<strong>de</strong>, raça, país, nutrição<br />

e época do ano (4).<br />

Fatores genéticos são causadores<br />

<strong>de</strong> um número significante <strong>de</strong> <strong>de</strong>feitos<br />

congênitos. Um número anormal <strong>de</strong><br />

cromossomos está associado à morte<br />

pré-natal e à síndromes <strong>de</strong> estruturas<br />

normais. Causas comuns <strong>de</strong> anomalias<br />

são as monossomais e as trissomias, que<br />

geralmente resultam <strong>de</strong> não-disjunção<br />

durante a meiose. Outras malformações<br />

têm como base a estrutura cromossomal.<br />

Certas malformações baseiam-se<br />

em mutações genéticas (4).<br />

Entre os fatores ambientais que levam<br />

a um <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>feituoso<br />

estão infecções maternas, teratógenos<br />

químicos, fatores físicos, tais como<br />

radiação ionizante, fatores maternos<br />

e fatores mecânicos (4).<br />

Uma anomalia congênita é qualquer<br />

tipo <strong>de</strong> anormalida<strong>de</strong> estrutural;<br />

entretanto, nem todas as variações do<br />

<strong>de</strong>senvolvimento são anomalias. Há<br />

quatro tipos <strong>de</strong> anomalias congênitas<br />

clinicamente significantes: malformação,<br />

perturbação, <strong>de</strong>formação e<br />

displasia (13).<br />

A incidência global das malformações<br />

congênitas variam <strong>de</strong> uma<br />

pesquisa <strong>para</strong> outra, não apenas por<br />

serem os dados colhidos em populações<br />

diferentes, mas também por<br />

variarem os métodos <strong>de</strong> averiguação<br />

e os critérios <strong>de</strong> observação e classificação<br />

(15).<br />

Calcula-se que no Brasil cerca<br />

<strong>de</strong> 7% das crianças apresentam algum<br />

tipo <strong>de</strong> malformação, mas esse<br />

percentual po<strong>de</strong> ser aumentado se<br />

consi<strong>de</strong>rarmos que 20% dos abortos<br />

espontâneos são <strong>de</strong> crianças malformadas<br />

e ainda que uma boa parte<br />

das crianças malformadas apresente<br />

anomalias que não são visíveis ao nascimento<br />

(12). Os <strong>de</strong>feitos congênitos<br />

humanos são resultante <strong>de</strong> ações perturbadoras<br />

<strong>de</strong> drogas, vírus e outros<br />

fatores ambientais (13).<br />

A <strong>de</strong>speito <strong>de</strong> uma quantida<strong>de</strong><br />

consi<strong>de</strong>rável <strong>de</strong> pesquisas durante<br />

os últimos 50 anos, a causa <strong>de</strong><br />

pelo menos 50% das malformações<br />

congênitas humanas ainda permanece<br />

<strong>de</strong>sconhecida. Dos outros 50%,<br />

aproximadamente 25% têm base<br />

genética (<strong>de</strong>feitos cromossomais ou<br />

mutantes com base em genéticas<br />

men<strong>de</strong>liana) e menos <strong>de</strong> 10% são<br />

atribuídos a fatores ambientais ou<br />

teratógenos físicos ou químicos.<br />

Causas multifatoriais completam o<br />

restante (4).<br />

Materiais e Métodos<br />

Materiais<br />

Os animais utilizados neste experimento<br />

foram provenientes <strong>de</strong> cruzamentos<br />

<strong>de</strong> ratas fêmeas doadas do<br />

biotério da Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong><br />

São Paulo (Unesp) campus Araraquara<br />

com machos pertencentes ao biotério<br />

da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Araraquara (Uniara).<br />

As linhagens foram cruzadas,<br />

simultaneamente, <strong>de</strong> modo que os<br />

mesmos não apresentassem grau<br />

<strong>de</strong> parentesco durante a realização<br />

<strong>de</strong>ste protocolo experimental. O projeto<br />

foi submetido ao Comitê <strong>de</strong> Ética<br />

em Pesquisa (CEP) do HCFMRP-USP,<br />

sendo aprovado sob ofício no 1787/07<br />

– Processo HCRP no 1801/07.<br />

184<br />

<strong>NewsLab</strong> - edição 89 - 2008

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