gerais. - Roteiro BrasÃlia
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galeriadearte<br />
Ilustre des<br />
Há mais de um ano os artesãos da cidade têm<br />
para seus produtos no Conic. Pena que pouca<br />
POR ANA CRISTINA VILELA<br />
FOTOS DÉBORA AMORIM<br />
Você sabia que o Distrito Federal<br />
tem um Centro de Comercialização<br />
de Artesanato Se não sabia, não se<br />
preocupe, porque você não é o único.<br />
Criado em setembro do ano passado e<br />
mantido pela Secretaria de Trabalho,<br />
o Centro é ignorado pela maioria das<br />
pessoas. Pena, porque é lá que muitos<br />
dos cerca de 12 mil artesãos registrados<br />
na Secretaria expõem seus objetos,<br />
vendidos a preços que vão de R$ 2 a R$<br />
2 mil – ou mais, dependendo da peça.<br />
São móveis rústicos feitos com madeira<br />
de demolição (muitos encontrados a<br />
preços bem mais altos em lojas chiques<br />
da cidade), cerâmica, relógios, tapetes,<br />
colchas, itens confeccionados com<br />
crochê ou bordados, bonecas de palha,<br />
bijuterias e peças de decoração em geral.<br />
Um dos problemas desse ilustre<br />
desconhecido é sua localização, ou<br />
melhor, o preconceito que muitos<br />
brasilienses têm contra o Conic,<br />
porque é exatamente lá, bem<br />
atrás do Teatro Dulcina, que ele<br />
se situa. Apesar de ter passado<br />
por uma reestruturação, o Conic,<br />
além de ficar numa região difícil<br />
de chegar, por causa do trânsito,<br />
e de estacionar, ainda carrega<br />
fortes estigmas, o que afasta do<br />
local o público consumidor de<br />
maior potencial. Para descobrir<br />
o espaço, apenas passando por<br />
ali ocasionalmente, trabalhando na<br />
região ou por indicação de alguém. O<br />
segundo sério problema por que passa o<br />
Centro é a falta de divulgação. Mesmo<br />
assim, o projeto coordenado pela<br />
Gerência de Fomento ao Artesanato<br />
da Subsecretaria de Ocupação e Renda<br />
vem conseguindo alcançar algumas<br />
de suas metas. “Nosso objetivo é levar<br />
o artesão para vender e acabar com o<br />
gargalo da comercialização”, explica a<br />
gerente, Maria Geoni de Oliveira.<br />
As exposições são feitas em sistema<br />
de rodízio, com 60 artesãos por vez. O<br />
cadastramento é feito no primeiro dia<br />
útil de cada mês. Somente os moradores<br />
do DF podem expor seus trabalhos, mas<br />
é necessário ter a carteira de artesão. O<br />
material fica à mostra por um mês. Não<br />
há limite de peças por pessoa, mas o<br />
local não possui depósito.<br />
OS OBJETOS SÃO COMERCIALIZADOS<br />
pelo preço oferecido pelo criador,<br />
ou seja, todo o dinheiro da venda<br />
vai para o artesão. A artesã Maria da<br />
Guia Barros, por exemplo, já fez boas<br />
vendas no local e também recebeu<br />
encomendas. “O Centro é uma<br />
grande oportunidade, é onde as portas<br />
começam a se abrir”, afirma. Moradora<br />
do Varjão, onde montou um grupo<br />
que trabalha com fuxico, patchwork<br />
(colcha de retalhos) e crochê, Maria<br />
da Guia reclama do óbvio: a falta de<br />
divulgação. O problema torna-se ainda<br />
mais sério quando se trata de artesãos<br />
desconhecidos e sem outras formas<br />
de vender suas criações. Felizmente,<br />
esse não é o caso dela, pois já teve suas<br />
colchas expostas até na novela Bang-<br />
Bang, da TV Globo.<br />
Para quem faz trabalhos menores,<br />
mais simples e de preços mais<br />
acessíveis, a localização do Centro não<br />
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