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Investimentos<br />
Dinheiro que entra<br />
A Apex-Brasil, mais conhecida pela promoção<br />
comercial no exterior, é também um poderoso<br />
motor de atração de investimentos Nely Caixeta<br />
O<br />
Brasil foi o quarto país<br />
emergente a receber mais<br />
investimentos diretos estrangeiros<br />
em 2007, com<br />
um ingresso total de US$ 34,6 bilhões<br />
– atrás apenas da China, de<br />
Hong Kong e da Rússia. Mas de lá<br />
<strong>para</strong> cá aconteceu a mais grave crise<br />
financeira da história recente, e a<br />
previsão <strong>para</strong> 2009 é de uma queda<br />
de até 30% no fluxo global de investimentos<br />
transnacionais, que atingiu<br />
US$ 1,83 trilhão em 2007.<br />
O Brasil pode, entretanto, sairse<br />
melhor que a média na atração<br />
desse dinheiro minguante. Segundo<br />
cálculos da Apex-Brasil, a agência<br />
brasileira de promoção comercial e<br />
de investimentos, 2008 terminaria<br />
com US$ 38 bilhões de investimentos<br />
diretos entrando no país. Esse<br />
valor chegaria perto de 30% de tudo<br />
Reunião da Waipa,<br />
no Rio: a briga<br />
por investimentos<br />
Na escassez,<br />
ganha quem<br />
sabe atrair<br />
os que têm<br />
dinheiro<br />
divulgação<br />
o que a América Latina deve ter recebido<br />
em 2008.<br />
A Apex-Brasil vai investir, em<br />
2009, R$ 50 milhões em seminários<br />
internacionais, visitas de missões estrangeiras<br />
e outras atividades <strong>para</strong><br />
mostrar aos investidores potenciais<br />
como fazer negócios no<br />
Brasil. Entre as 29 iniciativas<br />
já programadas<br />
estão a parceria numa<br />
rodada do Fórum Econômico<br />
Mundial no Rio<br />
de Janeiro, em abril próximo,<br />
e a criação de uma<br />
Rede Nacional de Atração<br />
de Investimentos, com<br />
apoio do Banco Mundial, <strong>para</strong> treinar<br />
técnicos dos governos esta duais<br />
na busca de recursos externos.<br />
Essa face da Apex-Brasil é menos<br />
conhecida do que a atividade tradicional<br />
de promover a exportação de<br />
produtos brasileiros. Mas os dois<br />
lados se complementam, segundo o<br />
presidente da agência, Alessandro<br />
Teixeira. “É um caminho de duas<br />
mãos”, diz ele. “Ao atrair negócios de<br />
um determinado setor <strong>para</strong> o Brasil,<br />
acabamos fortalecendo toda a cadeia<br />
produtiva <strong>aqui</strong> dentro, o que resulta<br />
num fortalecimento de nossa base<br />
exportadora.” No início de dezembro,<br />
Teixeira, que é também presidente<br />
da Associação Mundial<br />
das Agências de Promoção<br />
de Investimentos<br />
(Waipa), reuniu no Rio<br />
de Janeiro um grupo de<br />
personalidades, entre as<br />
quais o ex-presidente do<br />
México Vicente Fox e os<br />
Prêmios Nobel de Economia<br />
Joseph Stiglitz<br />
(2001) e Edmund Phelps (20<strong>06</strong>),<br />
<strong>para</strong> discutir o impacto da crise sobre<br />
os investimentos diretos estrangeiros<br />
no mundo. Em tempos de escassez,<br />
sai ganhando quem tem uma estratégia<br />
bem traçada <strong>para</strong> disputar – e<br />
ganhar – a atenção de quem tem dinheiro<br />
na mão <strong>para</strong> colocar em novos<br />
negócios. Só em 2008, a Apex-Brasil<br />
promoveu mais de duas centenas de<br />
ações relacionadas a inteligência comercial,<br />
como estudos setoriais, de<br />
mercado e de oportunidades. “Temos<br />
equipes internas que se dedicam<br />
a perscrutar oportunidades no mundo”,<br />
diz Teixeira.<br />
A China, os Estados Unidos, o Canadá,<br />
os países nórdicos e escandinavos,<br />
os Emirados Árabes e a Rússia são<br />
alguns dos alvos prioritários na busca<br />
por investidores, pelo potencial que<br />
têm <strong>para</strong> aportar ao Brasil, conforme<br />
o caso, capitais, tecnologias e criação<br />
de empregos. z<br />
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