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Em Trânsito • Rui Porto*<br />
Sem medo de ser feliz<br />
Como crescer na vida pessoal e na carreira aproveitando as viagens a<br />
trabalho <strong>para</strong> transformar informação em conhecimento – com diversão<br />
divulgação<br />
Minhas obrigações profissionais<br />
me levam há anos a fazer freqüentes viagens<br />
ao exterior. Nelas, tenho observado que muitos<br />
executivos parecem seguir uma regra não<br />
escrita pela qual as viagens a trabalho têm de<br />
ser aborrecidas, e não serão produtivas <strong>para</strong><br />
a empresa se não implicarem unicamente em<br />
trabalho duro, estresse e cansaço. Vamos deixar<br />
claro que o objetivo principal de uma viagem<br />
a trabalho – convenção de vendas, visita<br />
a clientes, o que for – é o trabalho. Quanto a<br />
isso, o profissional deve ser maduro o suficiente<br />
<strong>para</strong> saber o que a empresa espera que ele<br />
faça, quando e como.<br />
Mas, terminado o dia, não há por que se resignar<br />
a comer qualquer coisa no quarto, com<br />
o laptop ligado, nem ir ao fast-food de sempre<br />
na esquina do hotel. Se o trabalho termina<br />
numa sexta-feira, esticar a estada – por conta<br />
própria, claro – em cidades como Buenos Aires,<br />
NovaYork, Lisboa ou qualquer outra – pode<br />
transformar mais uma viagem rotineira numa<br />
experiência enriquecedora. O investimento<br />
vale a pena e às vezes até a família pode se encontrar <strong>para</strong> passar<br />
junto o fim de semana.<br />
As empresas preocupadas com seus talentos profissionais têm<br />
incentivado os executivos a abrir a cabeça <strong>para</strong> assuntos fora da<br />
sua área de atuação específica: música, artes plásticas, gastronomia,<br />
literatura. Mas o fato é que muita gente estabelece por conta<br />
própria uma verdadeira dicotomia entre trabalho e lazer, não se<br />
permitindo momentos de descontração. Basta pouco <strong>para</strong> grandes<br />
experiências – a visita a um museu, alguns minutos numa galeria<br />
de arte ou igreja encontradas no caminho, um concerto de qualidade<br />
ou até o simples caminhar por novos trajetos. É o fato de viver<br />
experiências novas que ajuda a transformar informação em conhecimento.<br />
Na verdade, muitos executivos não são curiosos nem interessados<br />
e põem a culpa na empresa “madrasta”.<br />
Tenho minha própria cartilha <strong>para</strong> fazer render e tornar mais<br />
divertida uma viagem a trabalho:<br />
w faça sempre um caminho diferente entre o hotel e o local de trabalho<br />
w note com interesse o que em geral se vê de relance: novas ruas,<br />
um novo prédio de boa arquitetura, vitrines atraentes. Estas em<br />
particular oferecem farta informação <strong>para</strong> um homem de vendas<br />
w convide colegas <strong>para</strong> fugir da lanchonete do hotel e almoçar<br />
num lugar bonito, quem sabe até comer um sanduíche num parque<br />
aprazível. O segundo turno do dia será mais proveitoso<br />
w se tiver tempo sobrando, troque<br />
a academia do hotel – em geral são<br />
de uma sem-graçura única – por<br />
caminhada ou corrida na rua ou parque<br />
(os hotéis costumam ter mapas com<br />
roteiros sugeridos)<br />
w use os serviços do concierge do hotel.<br />
Ele pode dar dicas excelentes sobre o que<br />
está acontecendo de mais interessante<br />
na cidade e nas vizinhanças do hotel<br />
w e nunca deixe de levar um bom guia<br />
da cidade visitada: tudo o que você<br />
souber ou aprender sobre ela vai ser útil<br />
<strong>para</strong> melhorar a qualidade da viagem<br />
e, no momento certo, será usado a<br />
seu favor na vida profissional. z<br />
Rui Porto é consultor de comunicação e mídia<br />
Alpargatas e colunista da revista Viagem &<br />
Turismo. Ao lado, numa pausa do trabalho, pedala<br />
em Santa Monica, Califórnia.<br />
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