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das melhores alternativas, mas não<br />
é a única”, diz o presidente Ricardo<br />
Lowndes. “Estamos analisando cada<br />
uma delas com muito cuidado.” Também<br />
não está definido<br />
se o passo rumo à<br />
Ásia será dado com<br />
as próprias pernas,<br />
com a abertura de<br />
uma unidade própria,<br />
ou se haverá a<br />
<strong>aqui</strong>sição de alguma<br />
concorrente.<br />
A presença física<br />
da Haco no exterior<br />
começou há 15 anos<br />
pela Europa, com a<br />
instalação uma fábrica<br />
na cidade portuguesa<br />
de Covilhã,<br />
importante pólo da<br />
indústria têxtil, localizada<br />
entre o Porto e<br />
Lisboa. “Essa unidade<br />
foi nosso quartelgeneral<br />
<strong>para</strong> a expansão<br />
na Europa”,<br />
com<strong>para</strong> Lowndes.<br />
“Agora pretendemos fazer o mesmo<br />
na Ásia.” A missão de comandar o<br />
processo de internacionalização está<br />
cada vez mais nas mãos de Alberto<br />
Conrad Lowndes, 26 anos, caçula entre<br />
os três filhos de Ricardo, formado<br />
em administração de empresas pelo<br />
Ibmec do Rio de Janeiro e já designado<br />
oficialmente como sucessor do pai<br />
na direção geral da empresa.<br />
RAIO X DA HACO<br />
:: Fundação: maio de 1928,<br />
em Blumenau (SC)<br />
:: Faturamento: é dividido<br />
entre etiquetas tecidas<br />
(52%), cadarços (17%),<br />
gráfica (11%), etiquetas<br />
estampadas (11%) e<br />
sintéticos (9%). O valor<br />
não é divulgado.<br />
:: Funcionários: 2.400.<br />
:: Fábricas: 5 – Blumenau,<br />
Massaranduba e Criciúma<br />
(em Santa Catarina),<br />
Eusébio (Ceará) e<br />
Covilhã (Portugal)<br />
:: Exportações: 33 países.<br />
Metade das vendas são destinadas<br />
aos EUA, 25% à Europa<br />
e 20% à América Latina<br />
Em família<br />
A Haco não esconde que é mesmo<br />
uma empresa familiar e que, por ora,<br />
está convicta de que o modelo deve ser<br />
mantido. Foi fundada em 1928 pela bisavó<br />
de Alberto, a alemã Johanna Conrad,<br />
que veio ao Brasil visitar um irmão,<br />
encantou-se com o país e decidiu ficar.<br />
Johanna comprou uma fábrica de cadarços<br />
de algodão <strong>para</strong> sapatos, com<br />
seis teares e dez funcionários abrigados<br />
em um rancho<br />
de madeira, e<br />
a rebatizou com a<br />
palavra composta<br />
pelas iniciais do<br />
nome do marido,<br />
Heinrich, que fora<br />
contra a permanência<br />
da família<br />
no Brasil.<br />
O negócio foi<br />
dirigido pelo casal<br />
de fundadores<br />
até 1960, quando<br />
Heinrich morreu<br />
e a Haco, já especializada<br />
em etiquetas, passou ao comando<br />
do filho, Carl. Em 1976, ocorreu<br />
a primeira exportação, <strong>para</strong> a Alemanha.<br />
Em 1999, com a morte de Carl, a<br />
presidência do grupo foi assumida por<br />
seu genro, Ricardo Lowndes.<br />
Além da matriz e da unidade portuguesa,<br />
a Haco mantém fábricas em<br />
Criciúma e Massaranduba (ambas<br />
cidades catarinenses) e, desde o ano<br />
2000, em Eusébio, no Ceará. Além de<br />
ser a segunda maior unidade da empresa,<br />
com capacidade de produção<br />
de 2 bilhões de itens por ano, a planta<br />
cearense está localizada próxima ao<br />
Porto de Pecém, o que facilita os planos<br />
de expansão internacional.<br />
Alta tecnologia<br />
Para seguir na trilha do crescimento,<br />
a empresa aposta na tecnologia de<br />
ponta. A Haco instalou os primeiros<br />
Linha de produção<br />
em Blumenau:<br />
etiquetas <strong>para</strong><br />
grifes como Calvin<br />
Klein e Dior<br />
sistemas de informática e teares eletrônicos<br />
nos anos 1980. E não parou<br />
mais. O próximo salto tecnológico<br />
será a difusão de uma etiqueta que<br />
possibilita a identificação por rádiofreqüência<br />
– mesma tecnologia utilizada<br />
nas cabines de pedágio com passagem<br />
livre. “Ela permite que pessoas<br />
tenham a entrada automaticamente<br />
autorizada a um evento simplesmente<br />
por estarcom a camisa com a etiqueta,<br />
que carrega um microchip encapsulado”,<br />
afirma Alberto.<br />
Outro segredo da Haco está localizado<br />
na unidade de beneficiamento<br />
de fios de Massaranduba, localizada a<br />
20 quilômetros de Blumenau: a tinturaria<br />
própria. A empresa é a única de<br />
grande porte no segmento, em todo o<br />
mundo, que dá cor à sua própria matéria-prima<br />
– as concorrentes compram<br />
os fios já tingidos. “Com isso temos a<br />
possibilidade de acertar a cor exata<br />
que o cliente deseja”, diz Alberto.<br />
A Haco também se diferencia de<br />
suas concorrentes por não se limitar<br />
à produção de peças encomendadas.<br />
Uma equipe de 20 pessoas, entre estilistas<br />
e designers, está sempre à disposição<br />
<strong>para</strong> ajudar na criação e <strong>para</strong><br />
sugerir eventuais ajustes nas solicitações<br />
feitas pelos clientes. A empresa<br />
ganha pontos ainda ao honrar as exigências<br />
de pontualidade da fundadora<br />
Johanna. “Isso é fundamental. Já<br />
pensou a linha de produção de uma<br />
grife <strong>para</strong>r por falta de etiquetas?”,<br />
brinca Alberto. z<br />
P I B<br />
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