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Edição 06 clique aqui para download - Revista PIB

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fotos: divulgação<br />

Fátima Zorzato: “O executivo tem o dever de dizer ‘não’ ”<br />

Mariaca: “Em 2009, o executivo deve ter novos atributos”<br />

didos por envolvimento com a crise<br />

sofrerão desgaste, mas crê também<br />

que eles logo vão se restabelecer.<br />

“Não acredito que alguém demitido<br />

por causa dessas operações seja<br />

punido profissionalmente <strong>para</strong> sempre”,<br />

diz. “Não foi má-fé, foi erro de<br />

julgamento. E a culpa, se houve,<br />

não pode recair sobre uma pessoa<br />

só.” Fernando Mantovani, gerente<br />

da consultoria de RH Robert Half<br />

Brasil, concorda com Guimarães<br />

e interpreta as perdas como efeito<br />

das condições de mercado. “Estou<br />

trabalhando agora mesmo com um<br />

executivo de uma das empresas afetadas<br />

pela aposta cambial. A empresa<br />

que o entrevista está consciente<br />

disso e, ainda assim, quer conhecêlo<br />

e talvez contratá-lo.”<br />

A boa notícia<br />

Apesar da crise e da redução no ritmo<br />

de novas contratações no fim de<br />

2008, a previsão de mercado de trabalho<br />

<strong>para</strong> os executivos brasileiros<br />

continua relativamente promissora.<br />

Em algumas áreas, o mercado brasileiro<br />

tem mais oportunidades do que<br />

candidatos qualificados, particularmente<br />

entre executivos de alto nível.<br />

“Simplesmente não temos a mão-deobra<br />

qualificada de que precisamos,<br />

sobretudo nos setores de petróleo,<br />

gás, terras, construção e bioenergia”,<br />

diz Mantovani.<br />

Como se sabe, qualquer mudança<br />

– positiva ou negativa – traz novas<br />

oportunidades. O professor Guimarães<br />

nota uma particular demanda<br />

por profissionais com especialização<br />

em mudança. “Estamos vendo um<br />

interesse crescente em gestão de mudança,<br />

pessoas com experiência em<br />

reestruturação”, diz. “Muitos bancos<br />

e empresas estão procurando agora<br />

esse tipo de profissional.” Essa função<br />

interdisciplinar fica no<br />

limite entre TI, gestão<br />

e comunicação; de uma<br />

forma mais ampla, o<br />

papel envolve gestão<br />

da mudança e sua subseqüente<br />

implementação<br />

tecnológica.<br />

Outra área de especialização<br />

muito procurada<br />

é a de fusões e <strong>aqui</strong>sições. A<br />

crise, assim como a baixa nos preços<br />

das ações, aumentou a possibilidade<br />

de fusões no Brasil. Quem tiver experiência<br />

no mercado financeiro, principalmente<br />

com transações complexas<br />

em mercados maduros como Tóquio,<br />

Nova York e Londres, será agressivamente<br />

procurado. Apesar de a contratação<br />

de estrangeiros ser capaz<br />

de suprir o nível de qualificação cada<br />

Oportunidade<br />

<strong>para</strong> quem<br />

entender de<br />

gestão de<br />

mudanças<br />

vez mais exigido pelas empresas nacionais,<br />

o ambiente ainda favorece o<br />

executivo brasileiro, que entende melhor<br />

a cultura e o mercado do país.<br />

“Ter experiência e sucesso no passado<br />

em ambientes difíceis, e mesmo<br />

hostis, como empresas iniciantes ou<br />

que passaram por turnarounds, contarão<br />

bastante”, diz Mariaca. Mantovani<br />

também vê oportunidades onde<br />

outros enxergam somente desastre.<br />

“Existe boa oportunidade de trabalhar<br />

nas empresas que sofreram<br />

com a especulação em<br />

moedas”, diz. “Os executivos<br />

que trabalhavam<br />

lá, ou os recémcontratados,<br />

têm o<br />

desafio de reconstruir<br />

essas empresas e vão<br />

poder acrescentar isso<br />

a seu currículo.”<br />

A longa história<br />

de instabilidade da economia brasileira<br />

pode ajudar os profissionais<br />

mais experientes a encarar sem dificuldade<br />

os baques recentes. “Os<br />

executivos brasileiros são famosos<br />

por capacidade de adaptação<br />

a ambiente adverso, habilidade no<br />

trato com as pessoas, liderança e<br />

aprendizado rápido”, diz Mariaca.<br />

“Aprender com as crises faz parte<br />

da nossa história.” z<br />

P I B<br />

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