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Análise<br />
Bancos contra a maré<br />
Divulgação<br />
Na contramão da crise,<br />
a fusão do Itaú com o Unibanco<br />
gera valor e cria uma instituição<br />
capaz de competir com<br />
as maiores bancos do mundo<br />
Roberto Luis Troster*<br />
A<br />
maré mudou. Alguns sinais binaram o crescimento orgânico<br />
preanunciavam alguns com fusões e <strong>aqui</strong>sições de outras<br />
problemas, mas ninguém instituições. Há mais de meio século,<br />
o Unibanco, como a Casa Mo-<br />
antecipou a intensidade e<br />
a velocidade da mudança. As projeções<br />
de crescimento despencaram e Federal de Crédito, foram fundados<br />
reira Salles, e o Itaú, como o Banco<br />
os preços das commodities acompanharam.<br />
Um tsunami assolou o mertes.<br />
De bancos de uma agência só,<br />
pelos pais de seus atuais presidencado<br />
financeiro: centenas de bilhões são agora conglomerados com todo<br />
de dólares de riqueza se evaporaram, o espectro de produtos financeiros,<br />
o crédito, mesmo com as injeções de cobrindo todo o território brasileiro<br />
recursos, está estancado e a volatilidade<br />
domina os mercados. O futuro do<br />
e com atuação internacional.<br />
mundo é outro. A onda está chegando<br />
ao Brasil, num momento em que<br />
a dinâmica da economia e do crédito<br />
estava arrefecendo. O mar é outro.<br />
Muita tinta está sendo gasta na<br />
gestão macroeconômica da crise,<br />
entretanto, há também surpresas<br />
positivas no horizonte. A fusão do<br />
Itaú com o Unibanco, a compra da<br />
Nossa Caixa pelo Banco do Brasil e<br />
São Paulo como centro financeiro<br />
mostram o fazer acontecer na contramão<br />
da crise. São movimentos<br />
que vão gerar mais valor e mostram<br />
o potencial de mais valor ainda.<br />
O Unitaú, ou o nome que for escolhido,<br />
nasce grande. Seus números<br />
impressionam, mais de 100 mil<br />
funcionários e ativos superiores a<br />
um quinto do <strong>PIB</strong>. Eram duas instituições<br />
com vocações semelhantes<br />
que ganharam sinergia e escala ao<br />
se juntar. Ambas começaram como<br />
pequenas casas bancárias que com-<br />
A estratégia é consolidar a operação<br />
no país e avançar no exterior.<br />
O Unitaú já é o maior banco do Brasil<br />
e da América Latina e o vigésimo<br />
do mundo. É um conglomerado<br />
competindo com instituições<br />
do mundo inteiro em condições de<br />
igualdade e com um bom desempenho<br />
na Argentina, no Uruguai, no<br />
Paraguai, no Chile e em Portugal<br />
e escritórios em todos os grandes<br />
centros financeiros do mundo. Pode-se<br />
esperar uma expansão maior.<br />
México e Colômbia são os portos<br />
mais óbvios <strong>para</strong> estabelecer a hegemonia<br />
a curto prazo.<br />
Num momento em que o país<br />
está perdendo espaço no exterior<br />
por conta da queda do preço das<br />
commodities, o Unitaú está indo na<br />
direção contrária, exportando ser-<br />
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