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Biotecnologia<br />
ficação de órgãos internacionais<br />
que vão permitir<br />
a exportação dos<br />
produtos fabricados no<br />
Brasil” explica Pilar.<br />
Arigony e a<br />
azeda: duas<br />
patentes<br />
na mão<br />
Nessa estratégia, a bela fábrica<br />
construída em Itapevi, perto da capital<br />
paulista, às margens da Rodovia Castello<br />
Branco, terá papel fundamental.<br />
Planejada segundo os padrões da Federal<br />
Drug Agency dos EUA, vai atender<br />
às necessidades atuais e futuras do<br />
laboratório, tanto <strong>para</strong> abastecimento<br />
do mercado interno quanto nos planos<br />
de exportação e internacionalização.<br />
Classe mundial<br />
A Eurofarma já está testando também<br />
seu primeiro fármaco fitoterápico,<br />
com efeitos parecidos com<br />
os do Acheflan, da Aché. Trata-se<br />
do Aleurites, com ação analgésica e<br />
antiinflamatória, à base de extrato<br />
seco de folhas de Aleurites moluccana,<br />
conhecida popularmente no<br />
Brasil como nogueira-da-índia.<br />
O diretor de inovação da Eurofarma,<br />
Wolney Alonso, diz que há<br />
Ervas do bem<br />
As aplicações práticas de dois produtos baseados na biodiversidade brasileira<br />
Origem<br />
vegetal<br />
Azeda (Rumex<br />
acetosa)<br />
Erva-baleeira ou<br />
maria-milagrosa<br />
(Cordia verbenacea)<br />
Seringueira<br />
(Hevea brasiliensis)<br />
Nogueira-da-índia<br />
(Aleurites<br />
moluccana)<br />
Produto<br />
Ainda sem<br />
nome, será<br />
lançada em<br />
2013 pela<br />
Eurofarma<br />
Acheflan,<br />
comercializado<br />
pelo Laboratório<br />
Aché<br />
Biocure, do<br />
laboratório Pele<br />
Nova, à venda<br />
Aleurites,<br />
em testes no<br />
laboratório<br />
Eurofarma<br />
Princípio<br />
ativo<br />
Resveratrol,<br />
a mesma<br />
substância<br />
responsável pelos<br />
efeitos benéficos<br />
do vinho<br />
Alfa-humuleno<br />
Látex<br />
Gilson Oliveira<br />
Extrato vegetal<br />
com vários<br />
componentes<br />
ativos<br />
Para que serve<br />
Antioxidante, antiinflamatório,<br />
antiviral, cardioprotetor,<br />
neuroprotetor, quimiopreventivo<br />
de câncer, além de<br />
reduzir a obesidade<br />
Antiinflamatório <strong>para</strong> tendinite<br />
crônica e dores musculares. É<br />
tão eficaz quanto o diclofenaco<br />
dietilamônico (o popular Cataflan)<br />
e não tem efeitos colaterais<br />
Serve como matriz <strong>para</strong><br />
regeneração de tecido em<br />
queimados ou lesões internas<br />
Ação analgésica e<br />
antiinflamatória<br />
outros projetos a caminho. “Este<br />
é apenas o primeiro de outros que<br />
também envolvem a biodiversidade<br />
brasileira. Além disso, estamos<br />
sempre em busca de novas parcerias<br />
com universidades e instituições<br />
<strong>para</strong> o desenvolvimento de pesquisas<br />
inovadoras no país”, afirma<br />
o executivo. Ele calcula que a nova<br />
medicação estará nas prateleiras das<br />
farmácias em 2012.<br />
A biodiversidade brasileira<br />
também é inspiração <strong>para</strong> o sócio e<br />
presidente do conselho de administração<br />
da jovem empresa Pele Nova<br />
Biotecnologia, Ozires Silva. Ex-CEO<br />
da Embraer, Varig e Petrobras, Ozires<br />
traz toda sua vasta experiência<br />
<strong>para</strong> o mundo farmacêutico focando<br />
o aproveitamento de substâncias<br />
naturais. Ozires é um entusiasta dos<br />
recursos naturais do país desde que<br />
serviu como tenente-aviador em Belém<br />
do Pará, no início da carreira. “A<br />
biodiversidade brasileira é cantada<br />
em verso e prosa no mundo inteiro,<br />
mas o Brasil pouco se apropria<br />
dela”, afirma Ozires. “A Anvisa diz<br />
que 90% dos fármacos utilizados no<br />
Brasil são importados.”<br />
A Pele Nova Biotecnologia foi<br />
criada em 2003 a partir do trabalho<br />
de dois pesquisadores da USP que<br />
descobriram os poderes regeneradores<br />
do látex da seringueira nos<br />
tecidos do esôfago. O produto, batizado<br />
com o nome comercial de Biocure,<br />
já tem pedido de patente em<br />
60 países. Aprovado pela Anvisa, a<br />
agência reguladora brasileira, tem<br />
várias aplicações na cicatrização de<br />
úlcera e até queimaduras graves.<br />
“É um negócio excepcional”,<br />
diz Ozires. “Abrimos um espectro<br />
de produtos absolutamente novos,<br />
que em geral são fabricados com<br />
tecnologias muito mais caras, com<br />
processos não só de pesquisa, mas<br />
também de produção extremamente<br />
elaborados.” Há uma vantagem<br />
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