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Edição 06 clique aqui para download - Revista PIB

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Proteção e potencial<br />

Infelizmente, uma indicação geográfica<br />

de origem reconhecida no Brasil<br />

ainda não garante reconhecimento no<br />

mundo todo. O Japão é exceção, pois<br />

endossa automaticamente toda indicação<br />

feita por outros países. “Na Europa,<br />

porém, é interessante obter um<br />

reconhecimento específico<br />

válido <strong>para</strong> a União<br />

Européia”, aconselha<br />

Maria Alice Calliari, coordenadora<br />

geral de outros<br />

registros do INPI.<br />

Agiu assim a Aprovale<br />

(Vale dos Vinhedos),<br />

que no início de<br />

2007 obteve o reconhecimento<br />

de sua zona de<br />

produção na União Européia. “Agora,<br />

podemos utilizar na Europa as mesmas<br />

especificações empregadas no<br />

Brasil. Um cabernet sauvignon, por<br />

O consultor Alves (acima) aprova o<br />

Café do Cerrado e ajuda a formar<br />

os novos árbitros da qualidade<br />

exemplo, antes ia <strong>para</strong> lá como red<br />

table wine”, diz Milan.<br />

Para Rizental, do Caccer, as indicações<br />

geográficas brasileiras estariam<br />

mais protegidas caso o país fosse signatário<br />

do Tratado de Lisboa, um acordo<br />

de reconhecimento internacional de<br />

A indicação<br />

geográfica<br />

pode garantir<br />

até R$ 50 a<br />

mais por saca<br />

de café<br />

indicações geográficas<br />

de meados dos anos 50.<br />

“Hoje, ainda precisamos<br />

de uma cara assessoria<br />

jurídica internacional<br />

<strong>para</strong> defender nossa indicação<br />

de origem”, diz.<br />

Na opinião de Hulda<br />

Giesbrecht, analista<br />

da área de acesso à inovação<br />

e tecnologia do<br />

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro<br />

e Pequenas Empresas (Sebrae), as indicações<br />

brasileiras estão protegidas<br />

no exterior pelo acordo Trips – iniciais<br />

em inglês do Acordo sobre os<br />

Aspectos dos Direitos da Propriedade<br />

Intelectual Relacionado<br />

com o Comércio. Entre<br />

outros pontos, determina o<br />

reconhecimento automático<br />

das indicações dos países<br />

integrantes da Organização<br />

Mundial do Comércio.<br />

O Sebrae hoje inclui a indicação<br />

geográfica nos projetos<br />

de novos negócios em<br />

vários setores. “A indicação<br />

de origem é uma efetiva ferramenta<br />

de acesso ao mercado,<br />

interno e externo, pois<br />

garante um produto diferenciado”,<br />

explica Hulda. Não<br />

basta, porém, obter o selo.<br />

Para incrementar as vendas<br />

internacionais de um produto<br />

com indicação geográfica,<br />

é preciso mostrá-lo em feiras<br />

e ações de degustação, no âmbito<br />

de um projeto de comunicação e<br />

marketing. “Quem vende ou serve um<br />

produto certificado precisa saber falar<br />

sobre ele”, diz Maria Alice.<br />

Um banco de dados com informações<br />

detalhadas também ajuda a<br />

convencer os clientes a pagar mais<br />

por um produto especial. “Aqui no<br />

Caccer nós sabemos de onde veio e<br />

quem provou cada um de nossos cafés”,<br />

diz Rizental. z<br />

P I B<br />

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