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Edição 06 clique aqui para download - Revista PIB

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Remédio tecnológico<br />

Algumas empresas estão buscando remédios mais inovadores<br />

do que o tradicional aperto no cinto <strong>para</strong> superar a<br />

crise em boas condições. Palavras como pesquisa, desenvolvimento,<br />

inovação, tecnologia têm significado especial<br />

em sua estratégia de ultrapassar com segurança a fase de<br />

incerteza e turbulência. Entre as soluções adotadas pelas<br />

que competem no mercado internacional <strong>para</strong> melhorar<br />

seu desempenho em tempos de crise e avançar na busca de<br />

maior competitividade figura o uso mais consistente de tecnologias.<br />

O objetivo é ter maior controle de suas operações,<br />

com redução de desperdício e aumento de qualidade.<br />

No fim de novembro, a GE Fanuc, associação entre a<br />

americana General Electric e a japonesa Fanuc, promoveu<br />

um dia de debates <strong>para</strong> mostrar casos bem-sucedidos de<br />

aplicação de seus sistemas e soluções. Uma das empresas<br />

presentes era o grupo usineiro <strong>para</strong>naense Santa Terezinha,<br />

de Maringá, que recorreu à tecnologia <strong>para</strong> mudar<br />

o sistema de controles de suas usinas de álcool e, dessa<br />

forma, conseguiu tornar viável o crescimento planejado.<br />

“No setor de biocombustíveis, dispor de flexibilidade<br />

<strong>para</strong> alterar a linha de produção de açúcar <strong>para</strong> etanol é<br />

fundamental“, diz Alan Fayad, gerente de automação da<br />

Santa Terezinha.<br />

Outro setor que, aparentemente, não vê sinal de crise<br />

no horizonte é integrado por fornecedores de sistemas<br />

de controle de gestão integrada. É o caso da Totvs,<br />

fornecedora de softwares presente em 23 países, que<br />

projeta expansão dos negócios em 2009 (leia reportagem<br />

na pág. 54). “Temos boa estrutura<br />

de capital, vendemos um produto<br />

de primeira necessidade <strong>para</strong> os que<br />

desejam aumentar sua produtividade<br />

e, por isso, mantemos nosso plano de<br />

investimento”, diz José Rogério Luiz,<br />

vice-presidente executivo da empresa.<br />

Para Nori Lerman, da ATP, maior<br />

fornecedora de serviços informatizados<br />

<strong>para</strong> bancos no país – processa 45<br />

milhões de documentos por mês –, não<br />

há dúvida. “Este é o momento em que<br />

todos desejam reduzir riscos e compartilhar<br />

recursos”, diz. “Para nós, é tempo<br />

de crescimento.” Na verdade, empresas<br />

como a Totvs e a ATP têm a tranqüilidade<br />

de saber que produzem algo essencial<br />

<strong>para</strong> o sucesso de qualquer negócio<br />

– vendem o que as outras companhias<br />

precisam comprar.<br />

Nesse sentido, <strong>para</strong> muitas empresas brasileiras, como<br />

Barbassa, da<br />

Petrobras:<br />

financiando<br />

parceiros<br />

as exportadoras de commodities, o cenário, hoje sombrio,<br />

promete desanuviar a médio prazo. Numa recente visita<br />

a São Paulo, Harold L. Sirkin, sócio sênior do Boston<br />

Consulting Group, avaliou as perspectivas mais à frente<br />

<strong>para</strong> um país como o Brasil, capaz de colocar, a preços<br />

competitivos, grandes quantidades de carnes, açúcar e<br />

álcool, soja, minério de ferro e aço no mercado internacional.<br />

“O Brasil tem <strong>aqui</strong>lo de que o mundo precisa”,<br />

diz Sirkin, co-autor do livro Globalidade – a Nova Era<br />

da Globalização, recentemente lançado no país. A seu<br />

ver, países populosos como a China e a Índia, que conseguiram<br />

trazer milhões de miseráveis <strong>para</strong> o mercado de<br />

consumo nos últimos anos, continuarão a depender das<br />

riquezas naturais do Brasil <strong>para</strong> manter os novos hábitos<br />

de sua população e seguir crescendo.<br />

O crédito sumiu<br />

Um dos aspectos mais insidiosos da crise – a falta de<br />

crédito <strong>para</strong> exportação – ameaça o melhor momento da<br />

Embraer, empresa que se tornou cartão-postal do Brasil,<br />

com sua logomarca estampada em jatos de empresas<br />

aéreas nos quatro cantos do mundo. No fim de 2008, a<br />

Embraer alertou os funcionários sobre a crise econômica<br />

em um comunicado interno segundo o qual o cronograma<br />

de entregas de aparelhos sofrerá atrasos em todas as<br />

linhas de jatos em 2009. A empresa admite que a falta<br />

de crédito que se espalha pelo mundo pode dificultar o<br />

pagamento dos aviões encomendados. “Essa crise não é<br />

P I B<br />

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