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versão pdf - Livraria Imprensa Oficial

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– Ah, você fala muito em música de raiz, essas coisas de raízes na terra.<br />

Vocês parecem tatu! Nós somos modernos, comemos diretamente os<br />

frutos das árvores que vocês plantaram.<br />

Ao que eu respondo:<br />

– É, mas se vocês não cuidarem das raízes, a árvore um dia vai parar de dar<br />

frutos, e aí como é que vocês vão fazer?<br />

E eles ficam quietos. Nós não somos tatus, não. Eu sei bem o que eu quero<br />

e essa luta para manter o Viola, Minha Viola sempre caipira, com as músicas<br />

que respeitam essa história, e buscando os novos músicos com essa<br />

preocupação, tem dado certo. O público permanece crescendo.<br />

Quando dou entrevista, em revistas, jornais ou pela Internet, encontro<br />

sempre um público de jovens, crianças às vezes, que descobriu pelos pais,<br />

pelos avós, por gravações antigas ou pelo próprio programa a música caipira,<br />

e se diz apaixonada por ela.<br />

Tenho certeza que o Viola, Minha Viola tem ainda muitos anos pela frente,<br />

porque, além do público, muitos músicos e compositores estão nascendo<br />

interessados nessa nossa música de raiz, não de tatu...<br />

Vamos sempre lembrar de uma história no campo, de um amanhecer, ou<br />

um pôr do sol com a natureza, de uma casinha branca, de um riacho passando,<br />

de um caso triste ou alegre que se viveu fora do ambiente corrido<br />

das cidades. E a música que conseguir traduzir isso com verdade sempre vai<br />

fazer sucesso.<br />

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