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versão pdf - Livraria Imprensa Oficial

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Eu vou sempre ao Festival do Folclore em Olímpia, no Estado de São Paulo.<br />

Uma vez fiz uma palestra analisando a Moda da Pinga. O texto era mais ou<br />

menos assim:<br />

A Moda da Pinga retrata o dia a dia do pau-d’agua, do bêbado contumaz.<br />

O pinguço narra o seu estado de embriaguez. Entra no boteco, pede a<br />

marvada, joga um pouquinho no chão, oferecendo ao santo para afugentar o<br />

demônio; bebe o restante, fazendo uma boa careta para o diabo sair<br />

mesmo, e dá uma cuspida a seguir. Repete a dosagem de pinga várias<br />

vezes. Paga ou manda marcar. Embriaga-se. Aí ele apronta muito depois do<br />

pileque. Discute, diz palavrões, faz gracejos.<br />

Fica com as pernas bambas e deita-se no chão. Geralmente é levado para a<br />

casa ou para a cadeia, dependendo muito do estado de embriaguez, da<br />

macaquice ou da rudeza.<br />

Na primeira estrofe fala do atrapalho que a pinga lhe traz. Entra na venda,<br />

bebe demais, e diz que para ser tirado do local não é fácil. Dá trabalho.<br />

Na segunda estrofe se refere à boa quantidade de pinga ingerida. Na volta<br />

para casa, leva um garrafão o qual vai sendo ingerido. Dá passos ziguezagueados,<br />

acaba caindo no chão e dorme um sono perturbador, cheio de roncos.<br />

Nas terceira e quarta estrofes ele discute com a mulher e justifica os motivos<br />

por que bebe. E promete deixar a bebida somente quando morrer.<br />

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