. documentos pastorais .a bondade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com os homens, Elesalvou-nos pela sua misericórdia m<strong>ed</strong>iante o baptismo do novo nascimento <strong>ed</strong>a renovação pelo Espírito Santo, que Ele derramou abundantemente sobrenós por Jesus Cristo, nosso Salvador” (Tito 3,4-6).Porém, no centro da vida da comunidade e dos cristãos está a celebraçãoda “ceia do Senhor” na qual Cristo dá continuamente o seu Corpo em comunhãoe faz de nós o seu Corpo: “O pão que partimos, não é comunhão com oCorpo de Cristo? Uma vez que há um único pão, nós, embora sendo muitos,somos um só corpo, porque todos participamos de um só pão” (1Cor 10,16).Para Paulo, Cristo na Eucaristia é o centro da existência cristã em virtud<strong>ed</strong>o qual todos e cada um podem experimentar de modo muito pessoal a entregade Cristo no seu amor por nós: “Ele amou-me e entregou-se por mim”(Gal 2,20).Compreendemos assim que a celebração litúrgica (celebrar a presençado Senhor) faz parte da identidade do cristão. Por isso, os mártires da Abitínia,no momento do martírio, proclamaram esta fé: “Nós não podemos viversem a celebração do dia do Senhor”! E como seria desejável que as nossasassembleias litúrgicas testemunhassem esta fé de tal modo que se realizasse ovoto de S. Paulo aos Coríntios: que um não cristão que entre na nossa assembleia,no final possa dizer: “verdadeiramente, Deus está no meio de vós, estáconvosco!” (1Cor 14,24-25).2.5.3. “Revesti-vos do amor que é o laço da perfeição” (Col 3,14): a santidadeno amorPara Paulo não basta dizer que os cristãos são baptizados ou crentes. Elesvivem de Cristo e com Cristo: o que dá uma nova orientação, um novo estilo,uma nova respiração espiritual à vida. É a vida nova em Cristo.Os cristãos estão chamados por Deus a ser um “hino de louvor à suaglória” (Ef 1,14), ou seja, a deixar aparecer através da santidade da vida, abeleza de Deus e do seu infinito amor na vida pessoal, familiar e social. Esteé o verdadeiro “culto espiritual” agradável a Deus (cf. Rom 12,1).O agir cristão encontra o seu centro e a sua expressão concreta no amor:“Acima de tudo revesti-vos do amor que é o laço da perfeição” (Col 3,14), odom por excelência, a plenitude de toda a lei (cf. Rom 13,8-10).“A fé que actua em obras de amor ” (Gal 5,6) é um dos princípios primordiaisdo cristianismo. Neste sentido, Paulo deixou-nos um dos textosmais significativos, o Hino à Caridade (1Cor 13,1-13) que é um verdadeiromonumento, inspirador de toda a fantasia da caridade em todos os tempos.40 | LEIRIA-FÁTIMA • 46 |
. documentos pastorais .Nele se diz, em quinze modos diversos, o que é a caridade no presente(v.4-7). E acrescenta que só a caridade tem futuro: o único que permanece é oamor com a fé e a esperança que o sustentam e o tornam possível.A caridade é amar Deus com todo o coração e amar os outros com o coraçãode Deus. Este é o amor que abraça todas as vocações, se estende a todosos âmbitos, a todos os tempos e lugares, penetra a terra e é eterno. É a molaque tudo move; é o fogo primordial que anima o universo.O próprio Paulo nos deixa um testemunho extraordinário naquela sua iniciativagenial de “fantasia da caridade” que foi a grande colecta, realizadanas várias comunidades, a favor dos pobres de Jerusalém! A chamar-nos hojeà globalização da caridade!Documentos3. CRESCER NA FÉ: FORMAR PARA UMA FÉ ADULTASegundo a narração dos Actos dos Apóstolos, a conversão repentina efulgurante de Paulo, às portas de Damasco, foi continuada com uma iniciaçãopor parte da comunidade cristã. Os três dias de cegueira e de jejumconfiguram um tempo de iniciação, acompanhado pela instrução de Ananiase concluída pela recepção do baptismo. Só então readquiriu a luz dos olhos, osentido da sua inserção na Igreja e da segurança no caminho de Cristo.Embora tendo feito uma experiência formidável de Jesus em Damasco,teve que percorrer um caminho, relativamente longo, da cegueira à luz, deneo-convertido a cristão maduro. Passou mesmo através de provações detodo o género para que resplandecesse nele a força de Cristo (cf. 2Cor 12,7-10).A partir da sua própria experiência, Paulo fala de um crescimento ouprogresso na fé. Como tudo na vida, também a fé requer crescimento parapermanecer viva. De contrário regride e definha. O conhecimento da “riqueza”que está em Cristo não é algo adquirido ou estático. É antes um processopermanente.Todo o ministério de Paulo vai na linha da consolidação e formação davida cristã dos membros da comunidade (cf. 1Tess 2,7-12). A fé precisa dealimento, de cuidado, de orientação, de formação atenta e d<strong>ed</strong>icada. Deveser cuidada e cultivada para que lance raízes profundas em nós e produzamuitos e bons frutos.| 46 • LEIRIA-FÁTIMA | 41
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