. documentos pastorais .3.2.4. O Ano Litúrgico como itinerário de formação para todosOutro lugar e meio fundamental de formação da vida cristã é a liturgia.Como diz o Concílio Vaticano II, ela “é a fonte primeira e necessária ondeos fiéis hão-de ir beber o espírito verdadeiramente cristão” (SC 14), isto é,alimentar a sua fé e a sua vida espiritual.Ao longo do Ano Litúrgico, a Igreja celebra o mistério de Cristo – mistérioda Salvação – nos seus distintos aspectos e momentos.Na celebração é o Senhor que vem ao nosso encontro, que nos fala, quenos faz participantes da infinita riqueza da sua vida e do seu amor, e nossantifica. A espiritualidade do Ano Litúrgico <strong>ed</strong>uca-nos, pois, a vivermos ea alimentarmo-nos da Palavra, das orações, dos símbolos da celebração e domistério celebrado. Assim, o Ano Litúrgico é, para todos, uma verdadeiraescola da fé. Como esta riqueza deveria suscitar em nós todo o cuidado apôr na preparação, na vivência interior, na dignidade e beleza das nossascelebrações!O Ano Litúrgico convida-nos a desenvolver uma outra vertente da formaçãodos fiéis que precisa de ser incrementada: a formação da vida espiritualatravés de propostas de tempos fortes de oração, m<strong>ed</strong>itação e contemplação(retiros, encontros…). Há um défice muito grande de espiritualidade nas nossascomunidades!3.2.5. O contributo da pi<strong>ed</strong>ade popularEmbora a liturgia ocupe o lugar central no caminho espiritual do cristão,não esgota porém toda a espiritualidade da vida cristã. Existe tambéma pi<strong>ed</strong>ade popular que engloba determinadas devoções, peregrinações eprocissões, festas em honra dos santos. Caracterizam-se por um clima maisafectivo e espontâneo, ou então por dar mais espaço à interioridade e à oraçãopessoal.As expressões desta pi<strong>ed</strong>ade popular são também meios para fomentar avida espiritual e até a santidade popular. Merecem que se lhes reserve umaespecial atenção em ordem a renová-las com um conteúdo mais bíblico eevangélico, orientá-las para o coração da fé que é Jesus Cristo, e a purificá-lasde sentimentalismos exagerados e dos riscos de superstições. <strong>Fátima</strong> tem sidoexemplo no esforço de evangelização e renovação da pi<strong>ed</strong>ade popular.De modo particular, impõe-se restituir dignidade cristã às festas popularesem honra dos Padroeiros que, nalguns lugares, estão a resvalar para um consumismoimprudente e até escandaloso, roçando mesmo o paganismo.46 | LEIRIA-FÁTIMA • 46 |
. documentos pastorais .4. A IGREJA, CASA E ESCOLA DA FÉJá vimos como Paulo, após a revelação inesperada de Cristo, foi acolhidona Igreja de Jesus, que já existia antes da sua conversão.Foi a Igreja que o iniciou no conhecimento e aprofundamento da fé emJesus e da existência cristã. Ele próprio, no seu anúncio, refere: “ Transmitivoso que eu mesmo recebi” (1Cor 15,3). Isto já diz, por si só, como e quantoa Igreja foi para ele Mãe e Mestra, que o ajudou a gerar para a fé. Disto sentes<strong>ed</strong>ev<strong>ed</strong>or.Torna-se então claro que a fé professada por um cristão não é algo quecada um inventa ou fabrica a seu bel-prazer. É verdade que a fé é dom deDeus. Mas chega até nós através da m<strong>ed</strong>iação da Igreja. Só nesta é possívelencontrar as feições completas e originais do rosto de Cristo.Pelo baptismo tornamo-nos a família de Deus, “membros da casa deDeus” (Ef 2,19), filhos e filhas do mesmo Pai, irmãos e irmãs de Cristo eem Cristo, reunidos todos pelo mesmo Espírito de amor. Isto é a essência daIgreja, a nossa família espiritual, a nossa casa espiritual. Tal como na casade família somos iniciados à vida, assim na casa da nossa família espiritualsomos iniciados à vida cristã.Documentos4.1. A paróquia, comunidade formativaUma comunidade cristã é, pois, o lugar natural onde somos acolhidose iniciados no mistério de Cristo e da existência cristã; onde a fé é vivida epartilhada, onde ela pode crescer, amadurecer e dar frutos. Lugar onde nosreunimos para escutar a Palavra de Deus; onde se celebra a Aliança de Deusconnosco; onde se vive o amor fraterno; onde os cristãos se ajudam mutuamentea viver o Evangelho pela riqueza da fé, do testemunho e do serviço decada um em relação aos outros. Assim se torna uma comunidade de fé viva eirradiante. Eis como e porque a comunidade cristã é uma casa e escola da fé.A fé precisa de um ambiente comunitário para sobreviver e crescer!Toda a comunidade é responsável na iniciação e formação dos seusmembros. A paróquia é, pois, uma comunidade <strong>ed</strong>ucativa, comunidade deformação antes de ser um centro de organização de actividades e serviços.Isto deve ser uma das suas prioridades.| 46 • LEIRIA-FÁTIMA | 47
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