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TELEVISÃO DIGITAL: ESTA HISTóRIA NÃO COMEÇA EM ... - Adusp

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Janeiro 2008Já sobre o Grupo Folha, donodo jornal Folha de S. Paulo e doportal e provedor UOL, as informaçõessão mais difusas. Quandoanunciou, no início de 2005, a fusãode todas as suas operações em umasó empresa, a Folha-UOL S.A., afamília Frias, dona do grupo, afirmavaque estava consolidando o“segundo maior grupo de mídia dopaís”, com faturamento de R$ 1,3bilhão. Em 2006 o UOL faturou,sozinho, R$ 634 milhões.Record e Bandeirantes acabampor não ser citados nos anuáriosdos “grandes” do empresariado.Porém, vale destacar que a própriaRecord admite ter alcançado umfaturamento de R$ 1 bilhão em2006, estimando um acréscimode 36% em 2007. A Bandeirantesteria obtido, em 2006, algopróximo de R$ 250 milhões.Ser tão grande pode ser umproblema. E até dois anos atrás,realmente foi. Neste período,praticamente todos os grandesgrupos passaram por reestruturaçõesforçadas pelo endividamentoexcessivo. Dívidas que vieram orade aventuras no ramo da telefonia,como nos casos do Grupo Estado eda RBS; ora da confiança exageradano crescimento dos mercados deTV por assinatura e Internet bandalarga, casos da Globo e da Abril. Evalores que se viram multiplicadosquando a política cambial do governoFHC ruiu, desvalorizando o realfrente ao dólar.Os conglomerados midiáticosencontraram saídas e os resultadosque colhem são significativos. Em2005 as Organizações Globo obtiveramum lucro líqüido de R$ 1,99bilhão — um dos 20 maioresda economia nacional nesseano, não por acaso o mesmoem que o grupo apresentou amaior margem de lucro líqüidodentre todas as empresasbrasileiras: 92%, segundo oanuário “Valor 1000”, do jornalValor Econômico, edição2006. Em 2006, o lucro brutoda Globopar foi de R$ 2,8bilhões.Falar em TVpor assinatura noBrasil, hoje, implica citara Embratel/Telmex de CarlosSlim (sócia da Net Serviços),a Sky/DirecTV de RupertMurdoch e a Telefónica deEspaña (TVA). Mas os sóciose ex-sócios brasileiros vãomuito bem, obrigadoO anuário “Valor Grandes Grupos”,edição 2007, registra que oGrupo Estado obteve a melhor rentabilidadelíqüida sobre o patrimônioentre as 40 maiores organizaçõesempresariais do setor de serviços(que é parte do conjunto dos200 maiores grupos da economiabrasileira, listados pela publicação).Já a RBS auferiu o 20º maior lucrolíqüido no mesmo setor.Revista <strong>Adusp</strong>O cenário das mídias alterou-se, mas a concentraçãoAs saídas encontradas pelas grandesdas comunicações redesenharamo cenário das mídias no Brasil. Nãoa ponto, no entanto, de modificara forma ultra-concentradora comque se organizam os grupos.As novas tintas que mudaramo quadro geral vieram de gruposestrangeiros de mídia ou dasgrandes operadoras de telecomunicações.Em geral, até 2004 os negóciosdos grandes grupos estavamapoiados ou sobre capitais próprios,ou sobre fundos de investimentosinternacionais (e alguns nacionais)cuja participação no bolo de acionistas,contudo, era minoritária.Foi com o time montado destaforma que os grupos de mídia brasileirostentaram avançar sobre osetor da infra-estrutura de comunicaçãoa partir de meados da décadade 1990. O foco, já naqueles tempos,era a convergência dos serviçosde comunicação e de telecomunicação,resultado dos processos dedigitalização dos conteúdos. Pelasrazões já apontadas — excesso deeuforia e crise cambial — os tradi-

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