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RUI OCHôA<br />
Portugal, Paulo Ferrão cita aquele que<br />
está em curso na Autoeuropa – no domínio<br />
da concepção e fabrico dos componentes<br />
automóveis –, os que envolvem<br />
a GALP, a EFACEC e a EDP – para promover<br />
a eficiência energética em centros<br />
urbanos actuando na gestão da energia<br />
em edifícios, as redes energéticas inteligentes<br />
– e o projecto desenvolvido com<br />
a AGNI – de criação de pilhas de combustível<br />
que vai permitir produzir equipamentos<br />
de microgeração, capazes de<br />
produzir frio ou calor e de importar ou<br />
exportar energia, consoante as necessidades.<br />
o relatório elaborado pela <strong>Fundação</strong> para<br />
a Ciência e a Tecnologia (FCT), instituição<br />
do MCTES, sobre os primeiros doze meses<br />
de actividade do programa, sublinha que<br />
o MIT Portugal tem-se saldado por um<br />
“enorme sucesso”, uma vez que tem<br />
atraído “excelentes alunos” para os programas<br />
de ensino criados e recebido respostas<br />
muito positivas do sector<br />
empresarial, com destaque para a indústria<br />
automóvel e o sector energético.<br />
o lançamento, em Portugal, no âmbito<br />
deste programa, da área de “Sistemas de<br />
Engenharia”, permitiu identificar 30 áreas<br />
prioritárias de investigação e desenvolvimento,<br />
com importância estratégica quer<br />
para Portugal, quer para o MIT.<br />
Segundo o relatório de avaliação do programa,<br />
no âmbito dos sistemas sustentáveis<br />
de energia, o conceito de redes de equipamento<br />
de microgeração em edifícios, de<br />
paulo Ferrão, coordenador do programa mit portugal.<br />
eConomiA<br />
‘ o relatório elaborado pela<br />
<strong>Fundação</strong> para a Ciência<br />
e a tecnologia (FCt),<br />
instituição do mCtes,<br />
sobre os primeiros doze<br />
meses de actividade<br />
do programa, sublinha<br />
que o mit portugal<br />
tem-se saldado por um<br />
“enorme sucesso” […]<br />
’<br />
metabolismo urbano e de tecnologia de<br />
aproveitamento de energia das ondas são<br />
algumas das novas áreas prioritárias.<br />
No que se refere à engenharia de concepção<br />
e sistemas avançados de produção,<br />
destaca-se, entre outras áreas, a aplicação<br />
ao automóvel.<br />
Dentro dos sistemas de bioengenharia,<br />
a nanotecnologia e biomateriais, as prioridades<br />
em termos de investigação e<br />
desenvolvimento vão para a engenharia<br />
celular e de tecidos, e a interacção homem-<br />
-robot, factores humanos e interacções<br />
com o cérebro. Finalmente, no que respeita<br />
aos sistemas de transportes, as áreas<br />
prioritárias são os sistemas inteligentes,<br />
o projecto de aeroportos e o transporte<br />
ferroviário de alta velocidade.<br />
O relatório divulgado pela FCT cita também um<br />
grupo de empresas do sector automóvel que<br />
se comprometeram, de forma inédita, a duplicar<br />
as suas despesas em I&D, em Portugal, até<br />
finais de 2009, devendo essas despesas atingir<br />
em média seis por cento do total da facturação<br />
no período entre 2007 e 2013.<br />
Essas empresas são a VW Autoeuropa, a Amorim<br />
Industrial Solutions, a Celoplás – Plásticos<br />
para Indústria, SA, a Iber Oleff – Componentes<br />
em Plástico SA, a Inapal Metal SA, a Inapal<br />
Plásticos SA, a Manuel da Conceição Graça<br />
LDA., a Plasdan, a Simoldes Plásticos LDA., a<br />
Sunviauto Indústria de Componentes Automóveis<br />
TMG-Automotive e o CEIIA (Centro de Excelência<br />
e Inovação da Indústria Automóvel).<br />
Adicionalmente, a Autoeuropa vai apoiar o<br />
desenvolvimento dos programas de formação<br />
avançada e disponibilizar, no âmbito do MIT<br />
Portugal, estágios profissionalizantes e programas<br />
de doutoramento.<br />
A FCT apoiará a formação avançada de recursos<br />
humanos e a contratação de investigadores<br />
doutorados pelo CEIIA, os quais desenvolverão<br />
actividades dentro do enquadramento científico<br />
dos grupos académicos envolvidos no<br />
Programa MIT Portugal.<br />
Uma resposta muito positiva surgiu também<br />
do sector energético, tendo aderido ao MIT<br />
Portugal, a Agni-Inc, a Deimos Engenharia, SA,<br />
a EDP, SA, a EDP Inovação, a EFACEC, SA, a<br />
GALP Energia, SA, a MARTIFER, SA, a REN –<br />
Redes Energéticas Nacionais, SA.<br />
Garantir o ingresso de mais de 20 quadros<br />
superiores por ano nos cursos de programação<br />
avançada promovidos pelo Programa MIT<br />
Portugal é um compromisso das empresas afiliadas<br />
nas áreas da engenharia de concepção<br />
e fabrico avançado.<br />
A acrescentar a isto há ainda o compromisso<br />
das empresas também ligadas ao MIT Portugal,<br />
que se comprometem a garantir o ingresso de<br />
mais de 20 quadros superiores por cada ano<br />
nos cursos de formação avançada promovidos<br />
pelo programa.<br />
A Agência Ciência Viva também se encontra<br />
vinculada a este programa, assegurando a interacção<br />
deste com as camadas mais jovens.<br />
“Sempre que vem a Portugal um professor do<br />
MIT, levamo-lo a fazer uma palestra em escolas<br />
secundárias de todo o país”, lembra ainda<br />
Paulo Ferrão.<br />
<strong>Paralelo</strong> n. o 2 | PRIMAVERA | VERÃO 2008 37