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Paralelo - Fundação Luso-Americana

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eConomiA<br />

Conhecer, inovar,<br />

experimentar o CohiteC<br />

O que aconteceria se, numa mesma sala, estivessem reunidos gestores e cientistas?<br />

O que aconteceria se ambos partilhassem um mesmo projecto de trabalho?<br />

A resposta é dada pelo COHITEC, um programa que visa<br />

a criação de empresas de base tecnológica.<br />

o conceito é simples: juntar o faro para o<br />

negócio dos estudantes de MBA à investigação<br />

de ponta desenvolvida pelos cientistas.<br />

os resultados são notórios: projectos de<br />

negócio de forte componente tecnológica<br />

emergem. Em traços gerais, assim se define<br />

o CohITEC – um programa de valorização<br />

do conhecimento promovido pela CoTEC<br />

(Associação Empresarial para a Inovação).<br />

Numa altura em que o “Choque<br />

Tecnológico” está na ordem do dia, programas<br />

como o CohITEC asseguram aos<br />

gestores e investigadores uma oportunidade<br />

de se associarem na criação de um<br />

plano de negócio. “Quando foi projectado,<br />

em 2003, o CohITEC era uma iniciativa<br />

pioneira. Não havia ninguém, na altura,<br />

que fizesse a ponte entre cientistas e gestores”,<br />

afirma Pedro Vilarinho, um dos<br />

responsáveis pelo programa.<br />

Seguindo o modelo proposto pelo centro<br />

hITEC (parte da North Carolina State<br />

University), criou-se então este programa<br />

com a ajuda de alguns parceiros: a FLAD,<br />

a Faculdade de Economia da Universidade<br />

Nova de Lisboa (FEUNL) e a Escola de Gestão<br />

do Porto (EGP). De ambas as instituições de<br />

ensino saem os estudantes de MBA, prontos<br />

para colaborar com os cientistas no desenvolvimento<br />

de planos de negócio.<br />

Do proJeCto pArA o merCADo<br />

o CohITEC está estruturado em duas fases<br />

distintas. Num primeiro momento, são<br />

admitidos cerca de 80 participantes (50<br />

investigadores e 30 estudantes de MBA).<br />

POR mArCo siLvA<br />

Nesta fase do programa, todos os participantes<br />

são divididos por equipas de trabalho e<br />

submetidos a acções de formação, que decorrem<br />

tanto no Porto (EGP) como em Lisboa<br />

(FEUNL). Nelas, os formandos adquirem as<br />

competências necessárias para o desenvolvimento<br />

dos respectivos planos de negócio.<br />

Desde a fundação do CohITEC, já<br />

aconteceram seis edições destas acções de<br />

formação.<br />

Concluída esta fase, são seleccionados cerca<br />

de 10 projectos de negócio, que passam por<br />

um conjunto de filtros, antes de serem apresentados<br />

aos investidores. Caso algum dos<br />

projectos seja considerado viável, é-lhe dado<br />

então acesso à segunda fase do programa: a<br />

altura em que é criada uma “empresa virtual”<br />

(financiada pelo IAPMEI) e se preparam os<br />

projectos de negócio para apresentação aos<br />

investidores.<br />

Embora o CohITEC só tenha entrado na<br />

segunda fase uma vez desde a sua fundação<br />

(em 2005), Pedro Vilarinho não se revela<br />

preocupado: “A nossa actividade visa sobretudo<br />

a globalização do conhecimento. o mais<br />

importante não é propriamente o número<br />

de empresas criadas, mas antes a valorização<br />

do conhecimento.”<br />

ApostAr nA inovAção<br />

Ano após ano, o número de candidaturas<br />

tem excedido o número de vagas –<br />

tendência que demonstra, segundo Pedro<br />

Vilarinho, o sucesso do CohITEC. “os<br />

custos de um programa como este são<br />

elevados, já que os participantes não<br />

‘ numa altura em que<br />

o “Choque tecnológico”<br />

está na ordem do dia,<br />

programas como o<br />

CohiteC asseguram<br />

aos gestores<br />

e investigadores<br />

uma oportunidade<br />

de se associarem<br />

na criação de um<br />

plano de negócio.<br />

’<br />

pagam nada. Mas enquanto houver<br />

investigadores dispostos a participar, o<br />

programa vai continuar”, garante. A este<br />

nível, Pedro Vilarinho aponta a FLAD<br />

como um parceiro fundamental: “Estão<br />

connosco desde que começámos. São o<br />

nosso primeiro parceiro.”<br />

Assegurando o financiamento do programa,<br />

a FLAD tem garantido a continuidade da iniciativa<br />

– um investimento que, de acordo<br />

com o secretário-geral da FLAD, Fernando<br />

Durão, se justifica: “A FLAD tem desenvolvido<br />

uma forte aposta na inovação e o apoio ao<br />

CohITEC faz parte dessa aposta.”<br />

Abrangendo, de ano para ano, domínios<br />

comerciais cada vez mais diversos (desde<br />

a alimentação ao domínio do software),<br />

o programa tem “andado um passo à fren-<br />

<strong>Paralelo</strong> n. o 2 | PRIMAVERA | VERÃO 2008 39

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