19análogos envolvem-se mais em tornar próprio um estilo de vestuário do que adotá-locompletamente.Jones (2005), diz que a liberdade econômica das mulheres e ocomportamento dos adolescentes que autenticaram alguns estilos oriundos dasruas, como o hip-hop 3 , são forças determinantes para as modificações queacontecem na moda. Hoje, de acordo com Jones (IBIDEM), com a diversidade demercados e “tribos”, temos inúmeros estilos que um indivíduo pode aceitar aomesmo tempo e consumir em diferentes ocasiões.A partir dos anos 60, conforme explica Caldas (2006), começaram a havercríticas ao efeito trickle-down, pois o consumo frenético fez perceber que certasnovidades atingiam diretamente as classes médias e que não era preciso aautenticação das elites (topo da pirâmide), hoje as modas das novelas abrangemdiversas camadas da sociedade. Porém, segundo o autor, mesmo que estemovimento não encaixe perfeitamente na sociedade contemporânea, ele ainda estános alicerces da maior parte das justificativas do mercado para os fenômenos deconsumo.Se calçasse a personagem da “novela das oito”, venderia ainda mais noBrasil enquanto os principais editores de moda seriam entrevistados sobreesse novo “desejo de moda”. O consumidor, o sujeito comum, à primeiravista, provavelmente acharia estranho. Depois se acostumaria, ao ver osoutdoors. Acharia bonito na revista e não resistiria ao ver na televisão:compraria no dia seguinte. Este exemplo só reafirma a idéia das múltiplaspossibilidades do surgimento e disseminação de tendências da ModaContemporânea. Alguns, disfarçados de tendências de comportamento,são, na verdade, grandes jogadas econômicas (MESQUITA, 2004, p.102).Treptow (2003) explica que o efeito contrário ao trickle- down é o bubble-up,onde um grupo que tem um jeito particular de vestir leva para a elite um estilo quesurgiu nas ruas, este ganha um nome dado pelo mercado de moda que começa adivulgá-lo (conforme se observa na figura 2). Assim, formadores de opinião aderemversões mais sofisticadas e por último surgem versões exclusivas feitas para aspassarelas e por grandes marcas de luxo.3 O termo hip- hop surgiu no início da década de 70 em Nova York, nos Estados Unidos, através deAfrika Bambaataa, que tinha a prática de movimentar os quadris (hip) após um salto (hop). Tem ografite como principal expressão artístico-visual (CARMO, 2001).
20Figura 2 – Modelo Bubble - upFonte: TREPTOW, 2003, p.28.O bubble-up defende a idéia de que novas tendências de moda sãodeterminadas a partir do modo de vestir de grupos sociais que fazem parte declasses mais baixas da sociedade. Assim sendo, a classe alta adota essa moda derua e incorpora o novo estilo primeiro que a classe média (MIRANDA, 2008).Para Polhemus (1994 apud MESQUITA, 2004) desde a segunda metade apartir do século XX a moda bebe na fonte das subculturas, transformando-asindustrialmente e tornando-as velozmente comerciais. Como resultado, o mercadorecebe produtos de procedências e culturas diversas, que rapidamente sãomisturados a outros, compondo um mix de referências único.Outro movimento presente na moda é o Trickle – across segundo Baldini(2005) também é chamado de teoria do “contágio” ou da “virulência”, onde a modadifunde-se horizontalmente ou em forma de leque (conforme se observa na figura 3).De acordo com muitos estudiosos, a protagonista da inovação é semsombra de dúvida a classe-média, outros (entre eles Colin Campbell 4 )consideram que a fonte privilegiada da moda são os grupos marginais dasociedade - os artistas, os boêmios, etc. -, e ainda há alguns que «postulama existência de bolsas de liderança em todas as classes de hierarquia sociale em todas as subculturas do gosto (BALDINI, 2005, p. 72).Miranda (2008) explica que mesmo dentro de um mesmo grupo social, otempo que uma nova tendência de moda leva para ser adotada varia, o que faz comque a opinião do líder deste grupo seja muito importante, pois consumidores sofremconstante influência de líderes, que são seus similares.4 Colin Campbell, The Desire for the New: its Nature and Social Location as presented in Theories ofFashion and Modern Consumerism, in AAVV, Consuming Technologies, Media and information indomestic Spaces, org. R. Silverman e E. Hirsch, Londres, 1992.(IBIDEM)
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