45O surgimento do prêt - à - porter também foi responsável por disseminar ouso da calça comprida para as mulheres, em diversas modelos, cores e tecidos(MOUTINHO, 2001).“Aos poucos, vão desaparecendo as costureiras, cuja clientela se reduz amulheres idosas ou muito grandes, pois o prêt -à –porter só fabrica roupas até ostamanhos 46-48” (VINCENT – RICARD, 1989, p. 130).Essa mudança de padrões e a “invenção” de uma nova mulher, maisindependente e dona de si, pode ser conferida neste trecho:Este ano você será uma mulher nova: sem afetações, sem excentricidades.Já vemos você avançando com poses firmes, donas dos seus gestos, donado seu charme. Mas vestindo o quê? Cores fortes (rosa choque, verde vivo)para ser brilhante; cores mansas (marrom, marinho) para parecercomportada. O valente tailleurzinho clássico praticamente sumiu do cenário.Em seu lugar sobre o robe-manteau sempre pronto para o que der e vier, eos conjuntos de 2 e de 3 peças (...). Tecidos mais usados são: jérsei de lá,esportivamente, em todas as horas, em todos os programas (...). Parareceber em casa, os longos de tricôt são a última palavra. - REVISTAMANEQUIM, 1967 (apud VILLAÇA, 2007, p.187).De acordo com Laver (1989), a coleção de André Courrèges agrada comsuas roupas futuristas, brancas, em quadrados e com botas de cano-alto. Palomino(2003), o francês marcou época com o estilo Courrèges, iniciado com a famosacoleção de 1955, que tinha inspiração na corrida espacial. Suas roupas eram ummisto de inocência e provocação, junto com silhuetas juvenis e saias curtas. É nadécada de 60 que o termo “estilista” substitui “costureiro”, expressão que era usadaanteriormente.Segundo Moutinho (2001), Courrèges foi responsável por aliar as tendênciasde moda com roupas estruturadas, concebendo roupas que eram feitas levando emconsideração as proporções do corpo, resultando em peças mais requintadas.Revistas do mundo inteiro desejavam aproximar-se da nova leitora quesurgia jovem e liberta, desejando uma moda mais funcional e prática:Courrèges lançou em Paris, com sua coleção outono-inverno, uma segundapele para a mulher usar durante a meia-estação: a malha. E criou umamoda prática, lógica, funcional e sobretudo livre. Isso contagiou não apenasoutros mestres, como Cardin e Ungaro, mas toda um geração que tem umritmo de vida nervoso e extremamente urgente. No Brasil, a concepçãofuncional e prática confirmou-se através das pantalonas, que nesta meiaestaçãovieram acompanhadas de suéteres, coletes, túnicas e maxicasacos– REVISTA MANCHETE, 1969 (apud VILLAÇA, 2007, p. 194).Na década de 60, os estilistas não imperavam na moda, apenas seguiam amoda vigente. O papel deles era observar o que as pessoas vestiam, formalizar talcomprovação e acrescentar algo de seu gosto individual. As pessoas acabavam
46inventando suas próprias roupas, pois os estilos ficavam em voga por muito poucotempo e a indústria da moda ainda não absorvia tão rapidamente tais tendências(VILLAÇA, 2007).A alucinada coleção metálica de Pacco Rabbane, a fase mais radical damoda, com seus penteados com cortes retos, brincos enormes de plástico, roupasde argola de metal e discos de plástico, o estilista Paco Rabanne choca e encanta aopinião pública (LAVER, 1989).Abaixo, a imagem de uma modelo usando um mini-vestido com placasmetalizadas, ilustra bem a moda do estilista Pacco Rabbane:Figura 13 - Modelo da década de 60 do estilista Paco Rabbane, com suas linhas puras emateriais pouco convencionaisFonte: Disponível em: Moutinho (2001) explica um estilo de roupa oriundo da década de 60, quetinha como inspiração o universo das artes:O terceiro grupo não tinha requintes: era excêntrico, porém centralizadopolítica e culturalmente. Suas roupas eram influenciadas pela Op Art (comcírculos, espirais e quadrados dispostos de forma a criar uma ilusão óptica)e pela Pop Art (arte que usa objetos de consumo ou figuras famosas comobase). Também usavam estampados baseados em telas geométricas dopintor Mondrian (...) e roupas psicodélicas (de cores muito vivas e fora dospadrões habituais). Os cintos eram de correntes, os relógios tinhammostradores humorísticos, as bijuterias eram de plástico; os sapatos eramde verniz colorido, ou calçavam-se botinas e botas de todo gênero. Asclientes das butiques repartiam o cabelo ao meio, acentuavam os olhos comtraços pretos e usavam batons claros e brilhantes, o que fazia ressaltarainda mais os olhos (MOUTINHO, 2001, p. 216 -217).
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