31Segundo a autora (IBIDEM), na Inglaterra, jovens londrinos usavam jaquetasde veludo e topete enrolado, ficando conhecidos como teddy-boys 16 .As garotas mais avançadas da época usavam saias longas com malhasjustas e discutiam com os pais para usar batons escuros, vestidos de cores pesadase vestidos tomara - que - caia em bailes. Mesmo que não admitissem, essas jovenstinham uma maneira própria de vestir, que mudava de acordo com a escola, mastinham um padrão tão severo quanto seus pais, embora totalmente diferente(MOUTINHO, 2001).O prêt- à- porter 17 se fortificava e, nos Estados Unidos, já se usava técnicasde produção em massa, e até os costureiros franceses estavam se voltando paraesse tipo de confecção, crescendo cada vez mais à medida que a alta-costura iaenfraquecendo (LAVER, 1989).Os Estados Unidos foram menos atingidos pela guerra do que os paíseseuropeus, por isso desenvolveram muitos modelos voltados ao mercado interno,disseminando bases para uma alta-costura independente e uma indústria de modaque estava organizada para atender um grande mercado. Todavia, a modaamericana só irá exercer poder sobre a européia anos mais tarde (MOUTINHO,2001).Palomino (2003) comenta que, ao mesmo tempo, é o auge da alta-costurana Europa, onde o costureiro espanhol Cristóbal Balenciaga reinava. “Em 1959,Pierre Cardin 18 abre o primeiro prêt-a-porter, inspirado na alta-costura, com modelosconfeccionados em série e vendidos em grandes magazines” (PALOMINO, 2003, p.58).Moutinho (2001) salienta que as fardas também exerceram influência sobrea moda e, no final na década de 50, jovens compravam uniformes de guerra embrechós com o intuito de chocar através do visual.Já Vincent-Ricard (2002, p. 128) explica que “aos poucos, 80% da confecçãocomum foi substituída pelo prêt - à - Porter, já não mais inspirado na alta –costura, esim no estilo americano”.“Nesse cenário, começava a se formar um mercado com um grandepotencial, o da moda jovem, que se tornaria o grande filão dos anos 60”. (VILLAÇA,16 Teddy é um apelido para Edward, fazendo uma alusão ao estilo eduardiano que os garotosusavam, porém com componentes mais agressivos.17 Pronto para vestir.18 Estilista italiano que trabalhava com conceitos de modernidade e praticidade.
322007, p.183). Década que, segundo Laver (1989, p. 261), “pela primeira vez a modacomeçou a se concentrar nos adolescentes”.A televisão influenciou fortemente a moda americana, era muito comum queas mulheres copiassem o estilo das atrizes e cantoras (MOUTINHO, 2001).A autora (IBIDEM) comenta que a maioria dos autores afirmam que o usorotineiro da calça jeans pelos jovens se dá na década de 50, e que, a princípio ojeans era uma roupa sem valor, utilizada somente por operários. Porém, para ajuventude, essas calças tinham outro significado, anulando a ideia de uniformidade,que ainda estava intrínseca no pensamento dos mais velhos.Como podemos perceber, os adolescentes da década de 50 ansiavam pormudanças, não somente no comportamento social, mas também através da músicae da moda. A partir da década de 60, a indústria da moda percebe esse novo nichode mercado e dá respostas a esses consumidores, fortificando o sistema de prêt - a -porter e, com o auxílio da mídia, cria produtos direcionados aos jovens, que já terãopoder de compra, resultando em uma explosão de consumo.2.2 ANOS 60: MÚSICA E MODANos anos 60 percebem-se mais mudanças, e com velocidade arrebatadora,dentre elas, em especial, pode-se citar a entrada do elemento jovem no mercado,trazendo transformações jamais vistas anteriormente. “É o chamado Youthquake, ou“Terremoto jovem”, conforme definiu a editora americana Diana Vreeland”(PALOMINO, 2003, p.58).Conflitos de gerações sempre existiram, porém, os jovens não se restringiamapenas a protestar, queriam uma vida melhor. “Desejo que unia os jovens, tantoaqueles ligados à política, como adeptos da cultura pop 19 ou apenas os quesonhavam inocentemente com uma vida feliz” (VILLAÇA, 2007, p.189). A autora(IBIDEM) explica que eles rebelavam-se, não contra o consumo, mas contra omundo materialista dos adultos. Eram contra a sociedade burguesa, que osasfixiava, os pais, pela educação conservadora, o matrimônio e a divisão entre ospapéis masculinos e femininos criados pelas sociedade. Liberaram o corpo para o19 Popular.
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