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Clipping do Ibrac 35 2011

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CLIPPING DO IBRAC N.º <strong>35</strong>/<strong>2011</strong> 05 a 11 de setembro de <strong>2011</strong>para ter exclusividade na concessão de empréstimos com desconto em folha para funcionários que recebemsalários por seu intermédio, o que configura concorrência desleal com outras instituições financeiras. O Cadedeu 20 dias de prazo para o banco enviar-lhe cópias de to<strong>do</strong>s os contratos com aquela cláusula firma<strong>do</strong>s desde2006, quan<strong>do</strong> a prática teria começa<strong>do</strong>. Se não obedecer à determinação, fica sujeito a uma multa diária de R$1 milhão. Os mutuários <strong>do</strong>s empréstimos em carteira têm agora a opção de quitar as operações ou transferi-laspara outros bancos. Além disso, o Cade vai fazer uma investigação para apurar se há "abuso <strong>do</strong> podereconômico" por parte <strong>do</strong> Banco <strong>do</strong> Brasil.Com base no argumento de que o único órgão público competente para tomar decisões relativas ao sistemafinanceiro é o Banco Central (BC), a assessoria jurídica <strong>do</strong> BB diz não reconhecer a autoridade <strong>do</strong> Cade paraproceder a uma investigação e tomará as "providências cabíveis" junto à Justiça. O BB tem to<strong>do</strong> o direito derecorrer, mas a questão vai além de uma simples discordância entre o órgão de defesa da concorrência e obanco estatal. Abre-se um novo capítulo na longa disputa entre o Cade e o Banco Central (BC) sobre asatribuições de cada um em se tratan<strong>do</strong> de instituições financeiras, de mo<strong>do</strong> geral.Já se firmou um consenso de que é da competência <strong>do</strong> BC a regulamentação <strong>do</strong> sistema financeiro, de acor<strong>do</strong>com as resoluções <strong>do</strong> Conselho Monetário Nacional (CMN), bem como a fiscalização direta das instituiçõespara apurar eventuais irregularidades operacionais e assegurar a correção e transparência de seus balanços.Cabe também ao BC a última palavra quanto a fusões e incorporações no sistema financeiro, embora adiscussão sobre o tema, volta e meia, volte à tona.O que o Cade pretende mostrar agora é que tem um papel muito relevante na garantia da competitividadetambém no setor bancário. As operações de crédito consigna<strong>do</strong>, que alcançam cerca de R$ 139,7 bilhões, sãocobiçadas pelos bancos, uma vez que a inadimplência é praticamente nula, sen<strong>do</strong> as prestações descontadasem folha, especialmente de funcionários públicos ou de empresas estatais, que contam com estabilidade noemprego, bem como de aposenta<strong>do</strong>s e pensionistas <strong>do</strong> INSS. Isso deveria resultar, em condições normais, napossibilidade de redução de juros para atrair maior clientela. Alega o Cade que, deten<strong>do</strong> R$ 47,9 bilhões deempréstimos nessa modalidade, mais de um terço <strong>do</strong> total, 80% para servi<strong>do</strong>res públicos, o banco oficial vemcobran<strong>do</strong> juros mais eleva<strong>do</strong>s <strong>do</strong> que a média <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>.É verdade que, em janeiro deste ano, o BC proibiu os bancos de a<strong>do</strong>tar medidas restritivas ou impeditivas deacesso por seus clientes a operações de crédito oferecidas por concorrentes. Isso seria aplicável ao créditoconsigna<strong>do</strong>, mas não foi esclareci<strong>do</strong> se essas normas têm efeito retroativo. De qualquer forma, de acor<strong>do</strong> como presidente <strong>do</strong> Cade, "se o BC estivesse atuan<strong>do</strong> (para coibir a irregularidade apontada), menores seriamnossas preocupações". Além disso, o Cade alega que a legislação em vigor não prevê interferência daautoridade monetária em defesa da concorrência no sistema financeiro.Cabe à Justiça a decisão final. Acima da disputa entre órgãos <strong>do</strong> governo, a sensatez manda dizer que asociedade só tem a beneficiar-se se a economia de merca<strong>do</strong> no Brasil funcionar como deve, em um ambientede competição, sem excluir qualquer instituição financeira, pública ou privada.VALOR ECONÔMICO DE 05 DE SETEMBRO DE <strong>2011</strong>MUDANÇA À VISTA NA DEFESA COMERCIALPor Sergio LeoEntre as armas contra a concorrência estrangeira, deve crescer de importância no Brasil a aplicação desobretaxas como compensação contra importações de setores subsidia<strong>do</strong>s no país de origem. E, para reduzirprazos de investigações contra importa<strong>do</strong>s acusa<strong>do</strong>s de dumping - a venda a preço abaixo <strong>do</strong> normal -, devemaumentar as exigências feitas a fabricantes nacionais para a abertura desses processos. Essas medidas seespelham no que é feito nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, e refletem um novo tipo de relacionamento entre os <strong>do</strong>is paísesem matéria de comércio.Até recentemente, era negativa, apenas, a agenda Brasil-EUA em matéria de defesa comercial. Do la<strong>do</strong>brasileiro, há uma lista de encrencas com os americanos, a começar pelo questionamento a méto<strong>do</strong>s jácondena<strong>do</strong>s pela Organização Mundial <strong>do</strong> Comércio (OMC), usa<strong>do</strong>s nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s para decretarmedidas antidumping contra produtos <strong>do</strong> Brasil - e da China e outros países. A mudança para uma agendapositiva começou com o acor<strong>do</strong> firma<strong>do</strong> no governo Lula para cooperação em comércio, e que, na semanapassada, levou a Washington uma equipe chefiada pelo diretor <strong>do</strong> Departamento Comercial <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong>Desenvolvimento, Felipe Hees.A viagem de Hees, para troca de experiências com um time de 40 técnicos, especialistas <strong>do</strong> governoamericano, coincidiu com a abertura de consulta pública para revisão <strong>do</strong> decreto que regula, no Brasil, osprocedimentos da defesa comercial. E, enquanto o sistema brasileiro surpreendeu os americanos pelo grau deRua Card oso d e Alm eida 7 8 8 cj 1 2 1 Cep 0 50 1 3 -00 1 São P aulo -SP Tel Fax 0 1 1 3 8 7 2 -2 60 9 / 3 67 3 -6 74 8www.ib rac.org.br email: i b r ac@ibrac.org.b r18

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