#Giro100 (Especial)
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Os favoritos ao Giro2017<br />
Vincent Nibali<br />
Em toda a história do Ciclismo<br />
mundial existiram até hoje 149 homens<br />
que venceram pelo menos uma das três<br />
grandes voltas (62 homens diferentes<br />
venceram o Giro d’Italia, 60 ganharam o<br />
Tour de França, e 57 ganharam a Vuelta)<br />
- se quisermos alargar os o critérios e<br />
ser condescendentes, podemos subir este<br />
número para 150 ao incluir o americano<br />
Lance Armstrong, e ficamos assim com<br />
um número bem redondo.<br />
Existe, no entanto, um pequeno<br />
grupo de elite ainda mais importante,<br />
os que já venceram as três provas, e<br />
que tem apenas seis honrosos nomes, e<br />
Nibali faz parte dele, desde 2014. Nesse<br />
ano, o italiano atacou na segunda etapa,<br />
e manteve sempre a camisola amarela<br />
até paris, venceu sem contestação.<br />
(Por curiosidade os restantes ciclistas<br />
nesta lista são Jacques Anquetil, Felice<br />
Gimondi, o grande Eddy Merckx,<br />
Bernard Hinault e o espanhol Alberto<br />
Teremos inevitavelmente de esperar<br />
alguns anos até vermos Froome de rosa.<br />
A história da sua desclassificação<br />
é simples: Nibali envolveu-se num acidente,<br />
o pelotão afastou-se e ele apoiouse<br />
literalmente no carro de equipa para<br />
romper com menos esforço a distancia.<br />
Como o diretor da volta afirmou, foi<br />
uma atitude lamentável. Mas todos<br />
temos os nossos erros. E este revés veio<br />
em sequência de um já desapontante 4<br />
lugar no Tour. Foi uma época terrível.<br />
Nibali ligou ao seu pai e pediu ajuda<br />
nos treinos, porque segundo as suas<br />
próprias palavras, estava a “voar baixo”,<br />
e muito abaixo do seu potencial. Esta<br />
parceria voltou a mostrar-se fundamental<br />
para o italiano que fechou o ano com a<br />
vitória no Giro da Lombardia e deu mais<br />
cor a um ano negro e a esperança de um<br />
2016 com mais vitórias. “ Só me fez<br />
bem para ir para casa depois da Vuelta”,<br />
diz ele, “Depois do que aconteceu na<br />
O “Squalo dello Stretto”<br />
“Nos momentos após a vitória Tour, algo mudou,<br />
e isso afetou-me” - V. Nibali<br />
Contador). Nesta particular competição,<br />
Quintana e Froome parecem ser os<br />
dois únicos ciclistas da atualidade que<br />
podem chegar a este grupo de elite. O<br />
colombiano, que volta ao giro este ano,<br />
parece ser o que está mais perto deste<br />
feito, depois da vitória em Espanha no<br />
ano passado, depois de em 2015 já ter<br />
vencido o Giro. Froome, possivelmente<br />
o melhor ciclista de três semanas da<br />
atualidade, prioriza sempre o tour em<br />
detrimento de todas as outras voltas, e o<br />
facto de não ser italiano, afasta-o ainda<br />
mais da grande prova italiana.<br />
Até porque hoje, pelo profissionalismo<br />
e exigência física do Tour e do<br />
Giro, parece impossível vencer as duas<br />
no mesmo ano. O último a fazê-lo foi<br />
Marcos Pantani há já quase vinte anos.<br />
Vuelta, eu só fui para casa. Não havia<br />
mais nada a fazer. O que aconteceu pode<br />
ter sido culpa minha, em parte, mas também<br />
me deixou com muita raiva (pela<br />
forma como fui tratado)”.<br />
A pressão é sempre a grande inimiga<br />
depois de um grande ano. Chris Froome,<br />
Bradley Wiggins e Cadel Evans - também<br />
lutaram com estatutos de estrelas<br />
mundiais do desporto, e tiveram maus<br />
anos a seguir à vitória no Tour. Mas<br />
havia um pensamento dominante que<br />
com o “tubarão” seria diferente.<br />
Mas o stress em excesso é sempre<br />
debilitante. “Nos momentos após a<br />
vitória Tour, algo mudou, e isso afetoume.<br />
Eu já era reconhecido, mas depois<br />
do Tour, todos sabiam o meu nome”,<br />
disse Nibali.<br />
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