#Giro100 (Especial)
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Potência (watts) por Velocidade (Km/h)<br />
Um dos pontos<br />
mais interessantes<br />
dos mais recentes<br />
estudos, aponta<br />
que os sprínteres<br />
possuem fisiologicamente<br />
mais<br />
semelhanças com<br />
os sprínteres do<br />
atletismo, como<br />
os corredores dos<br />
100 metros, do que<br />
semelhanças com os<br />
melhores trepadores,<br />
como Quintana ou<br />
Froome.<br />
Em comparação:<br />
o peso médio dos<br />
melhores trepadores<br />
(como Quintana,<br />
Froome ou Nibali) é<br />
de 64,4 ± 4,1 kg; os<br />
melhores sprínteres<br />
do pelotão pesam<br />
71,7 ± 1,1 kg – mais<br />
de 7 kg de diferença.<br />
Por outro lado, os<br />
sprínteres partilham<br />
muitas semelhanças<br />
com os ciclistas<br />
do BMX, onde o<br />
esforço por prova é<br />
mais curto mas mais<br />
duro e com maior<br />
desgaste energético<br />
em um menor<br />
período de tempo; à<br />
semelhança do que<br />
acontece com os<br />
sprínteres que têm<br />
que atingir grandes<br />
velocidades muito<br />
rapidamente, com<br />
fortes perdas energéticas,<br />
como nos<br />
mostra o gráfico<br />
acima. A potência<br />
máxima nos sprints<br />
foi 1443W, e em a<br />
média é de 1.248<br />
W. Isso corresponde<br />
a entre 17 e 18 W /<br />
kg.<br />
Para efeitos de<br />
comparação, Nibali<br />
quando venceu o<br />
Tour em 2014, fez<br />
um esforço energético,<br />
na última<br />
etapa de montanha,<br />
que venceu a solo,<br />
durante cerca de 30<br />
a 40 min, na ordem<br />
de 5,9-6,2 W / kg.<br />
Marcel Kittel,<br />
vendedor de duas<br />
etapas ao sprint na<br />
volta à frança de<br />
2014, produz os<br />
números de potência<br />
energética mais<br />
elevado; com 82 kg<br />
e com 18W/kg ele<br />
tem uma potência<br />
energética máxima<br />
de 1476W.<br />
De destacar, que<br />
estes valores são<br />
produzidos após<br />
etapas de 150 a 200<br />
km. Não representado<br />
com exatidão<br />
o pico de potência<br />
de cada atleta; sem<br />
fadiga e em condições<br />
ideais teríamos<br />
valor 10 a 15%<br />
superiores.<br />
“O peso médio dos melhores<br />
trepadores (como Quintana,<br />
Froome ou Nibali) é de 64,4 ± 4,1<br />
kg; os melhores sprínteres do<br />
pelotão pesam 71,7 ± 1,1 kg – mais<br />
de 7 kg de diferença.”<br />
Por muito importante que a<br />
potência seja no desempenho,<br />
o vendedor não é sempre o<br />
homem que produz a mais alta<br />
potência energética, - a correlação<br />
entre vitória e potência<br />
energética não é de modo algum<br />
direta. Existem vitórias em<br />
que o pico de potência máximo<br />
não ultrapassaram os 1100W<br />
e segundos e terceiros lugares<br />
que ultrapassaram os 1600W,<br />
em muitos casos, com picos<br />
superiores aos vencedores na<br />
ordem dos 300 a 400W. Porque<br />
isto acontece? A realidade, é<br />
que o ciclismo, como na maioria<br />
das modalidades desportivas,<br />
a força energética não é<br />
suficiente para a vitória, e existem<br />
outros fatores fundamentais<br />
para o êxito, como a técnica do<br />
atleta, a tática adotada e no caso<br />
dos sprínteres a aerodinâmica.<br />
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