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#Giro100 (Especial)

Revista digital Desporto&Esport (www.desportoeesport.com)Faça o Download desta revista em: https://www.magzter.com/PT/Desporto&Esport;/Desporto-&-Esport/Sports/201599 ou se preferir o Paypall https://www.presspadapp.com/digital-magazine/desporto-esport

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A técnica de pedalada no<br />

ciclismo tem sido apontada como<br />

uma das grandes responsáveis<br />

pela melhora do desempenho em<br />

competições, sendo associada<br />

muitas vezes com uma maior economia<br />

de movimento.<br />

A economia de movimento no<br />

ciclismo está relacionada como a<br />

razão entre o trabalho produzido<br />

(potência) e a energia consumida,<br />

enquanto a técnica de pedalada<br />

com a magnitude e a orientação<br />

das forças aplicada no pedal.<br />

busca pelo ótimo desempenho é<br />

uma constante no esporte de alto<br />

rendimento e muitos atletas acabam<br />

utilizando meios ilícitos, que<br />

é denominado doping.<br />

A dopagem, além de ser um<br />

fato eticamente condenável, representa<br />

risco para quem a usufrui.<br />

A força resultante é obtida mediante<br />

a combinação das forças<br />

normal (para baixo e para cima)<br />

e tangencial (para frente e para<br />

trás) aplicadas no pedal, e representa<br />

a força total aplicada pelo<br />

ciclista no pedal. Além das forças<br />

normal e tangencial, há também<br />

outras duas forças envolvidas no<br />

movimento da pedalada : (1) a<br />

força efetiva, que é a componente<br />

da força aplicada perpendicularmente<br />

ao pedivela e que produz<br />

torque posi vo, também chamada<br />

de força transmitida, que de fato<br />

gera propulsão da bicicleta; e (2)<br />

a força inefetiva, que é a componente<br />

da força paralela ao pedivela<br />

e que não produz torque.<br />

A análise da aplicação das forças<br />

nos pedais durante a pedalada<br />

tanto em laboratório como no<br />

campo (que hoje é possível em<br />

função de sistemas de pedais<br />

com tecnologia wireless) pode<br />

ser um ótimo parâmetro para a<br />

descrição do processo de fadiga, e<br />

também elucidar quais estratégias<br />

os ciclistas utilizam para manter<br />

a mesma carga quando estão sob<br />

condições de fadiga.<br />

A fadiga muscular pode ser<br />

definida como um conjunto de<br />

alterações decorrentes do trabalho<br />

ou exercício prolongado,<br />

gerando incapacidade funcional<br />

na manutenção de um nível<br />

esperado de força. Desta forma, a<br />

fadiga muscular está associada a<br />

mecanismos e fatores metabólicos<br />

(acúmulo de lactato, depleção<br />

de glicogênio, etc.), que podem<br />

afetar os músculos (fadiga periférica)<br />

e o sistema nervoso central<br />

(fadiga central) durante a realização<br />

de exercício intenso em<br />

atletas.<br />

Para exemplificar o processo<br />

de fadiga durante uma prova de<br />

ciclismo podemos apontar as<br />

mudanças na magnitude e na orientação<br />

das forças aplicadas no<br />

pedal, bem como o seu aproveitamento<br />

(força efetiva). Evidências<br />

a partir de testes laboratoriais<br />

que simulam provas de ciclismo<br />

têm demonstrado que ocorre um<br />

aumento progressivo da força efetiva<br />

com concomitante redução<br />

da força inefetiva ao longo do<br />

teste, indicando uma melhora na<br />

técnica da pedalada.<br />

Dentre os fatores que afetam a<br />

técnica de pedalada encontram-se<br />

os ajustes do complexo ciclistabicicleta<br />

(bike fit), a intensidade<br />

do exercício, a cadência de pedalada,<br />

a modalidade do ciclismo<br />

envolvida (pista, estrada ou<br />

mountain bike) e, principalmente,<br />

a fadiga. As provas de ciclismo<br />

de estrada têm como característica<br />

a manutenção de uma alta<br />

intensidade por um tempo prolongado,<br />

o que resulta na instauração<br />

do processo de fadiga, principalmente<br />

em função das mudanças<br />

na produção de força resultantes<br />

das contrações musculares e na<br />

atividade elétrica dos músculos<br />

dos membros inferiores. Dessa<br />

forma, fica evidente que a fadiga<br />

afeta significativamente a técnica<br />

de pedalada.<br />

Dentre as consequências do processo de fadiga destaca-se a perda<br />

de eficiência muscular, que é representada pelo aumento da ativação<br />

muscular que por sua vez eleva o consumo de energia. Em outras<br />

palavras, mais fibras musculares de um determinado músculo<br />

são ativadas para manter o mesmo trabalho (potência).<br />

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