#Giro2017 O melhor percurso de uma grande volta em 2017 O percurso e o Perfil do Giro d´Italia de 2017 Bruno Dias “Nortenho de gema, 33 anos, Bruno adora ciclismo e tudo o que se relaciona com bicicletas. O mês de maio e julho são sagrados e tem um carinho pelas clássicas da primavera e pela Volta a Portugal. Ao longo dos anos aprendeu a apreciar a Vuelta. Desde 2014 que tem um espaço onde escreve sobre a sua paixão, o ciclismo - Etapa Rainha” etaparainha@gmail.com http://www.etaparainha.com 8 • Desporto&Esport • www.desportoeesport.com
No próximo dia 5 de maio, começará na Sardenha a 100ª edição do Giro d’Itália, uma das maiores e mais amadas provas de ciclismo do mundo. No total os corredores farão 3572 quilómetros, divididos por 21 etapas que percorrerão as 16 das 20 regiões de Itália, até chegarem no dia 28 de maio a Milão, em frente ao Duomo. Na nossa opinião das três grandes voltas (Giro, Tour e Vuelta) é aquela que apresenta o percurso mais equilibrado. Com oportunidades para todos os tipos de corredores, com etapas ideais para os sprinters, puncheurs, trepadores, roladores, contrarrelogistas e para jogos tácticos. Há cinco etapas para os sprinters, perto de 70 quilómetros de luta individual contra o cronómetro, cinco chegadas em alto, três etapas de alta montanha sem o final ser em alto e as restantes são dias em que uma fuga pode chegar ou a corrida pode ser atacada de longe pelas equipas dos favoritos, à procura de cortes no pelotão, de forma a apanhar alguns rivais desprevenidos. O percurso As três primeiras etapas serão na Sardenha e na teoria serão dias onde não se ganha nada mas pode-se perder tudo. O pelotão como em qualquer grande volta, estará nervoso e daí potencia o surgimento de quedas e cortes, que podem eliminar alguns favoritos logo nos primeiros dias. Depois da Sardenha e de um dia de descanso, a prova visita outra ilha, a Sicília, com duas etapas no menu. Entre elas está o primeiro final em alto, no emblemático Monte Etna, que já deverá separar aqueles que disputarão a vitória na geral dos restantes. Enquanto que a outra termina na terra natal de Vincenzo Nibali, Messina. Por tradição a prova visita primeiro o sul do país para depois se dirigir para o norte, onde encontrarão as grandes dificuldade, este ano não será diferente. Na sexta etapa, os ciclistas entram em território continental italiano, pela ponta da bota e nos três primeiros dias, os sprinters e os homens que apostarão nas fugas, principalmente das equipas mais modestas, terão as suas oportunidades. Ao 9º dia de competição, teremos a segunda chegada em alto, neste caso ao Blockhaus. Apesar da etapa se resumir à subida final, a mesma é tão dura, que fará diferenças. A transição para o norte de Itália, é marcada com um dia de descanso, o segundo da prova. As paisagens da Umbria vão servir de pano de fundo, para uma das etapas mais importantes, o contrarrelógio individual de 39 A 18ª etapa é aquela que tem o perfil mais intimidante, com cinco ascensões. Na ementa do dia, destaque para o Passo Pordoi e o final em Ortisei. Nas duas etapas seguintes, o final em Piancavallo e a inclusão do Monte Grappa (apesar de ainda longe da meta) no dia a seguir, podem fazer estragos, até porque são as últimas oportunidades de alguns fazerem a diferença quilómetros. A selecção de quem irá disputar a geral individual, por esta altura, já deverá estar feita. Quem estiver já distante dos primeiros lugares, muito dificilmente conseguirá recuperar de forma a disputar a vitória. Os dias mais difíceis ainda estão para vir, as 11ª, 12ª e 13ª etapas não se inserem nessa categoria. Desporto&Esport • www.desportoeesport.com • 9