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Gestão Hospitalar N.º 10 2017

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Metodologia<br />

Foram considerados neste estudo todos os episódios<br />

de internamento, registados nas Bases de Dados<br />

Clínicas e Administrativas do HGO, ocorridos no SMI<br />

do HGO com alta entre 2012 e 2015.<br />

A análise estatística foi efetuada com recurso a frequências<br />

absolutas e relativas (em %), médias, desvio<br />

padrão, mínimos e máximos. A comparação do número de<br />

dias de internamento entre grupos foi realizada através<br />

de testes não paramétricos de Mann-Whitney-Wilcoxon<br />

e Kruskal Wallis. Foi também utilizado o teste do Qui-quadrado<br />

para comparação entre grupos do número de episódios<br />

de internamento e para avaliação da associação entre<br />

o protelamento da alta e as referenciações para Serviço de<br />

Cuidados Domiciliários e RNCCI, casos sociais e serviço de<br />

internamento.<br />

Para avaliar quais as características associadas à duração<br />

do internamento foi elaborada uma análise multivariada<br />

através do modelo de regressão marginal com estimação<br />

de equações generalizadas (GEE - Generalized Estimating<br />

Equation). Esta metodologia permite considerar a<br />

possível correlação entre os internamentos de um mesmo<br />

doente. Foi considerado o modelo normal com função de<br />

ligação logarítmica e estrutura de correlação independente<br />

intra-indivíduos. A medida de associação deste modelo<br />

é dada pelo exponencial dos coeficientes estimados.<br />

O nível de significância estatística assumido foi de 5%.<br />

A análise estatística foi realizada com recurso ao software<br />

STATA<strong>10</strong> ® .<br />

Resultados<br />

Foram analisados <strong>10</strong>.929 episódios de internamento,<br />

ocorridos no SMI do HGO com data de alta entre<br />

2012 e 2015, referentes a 8.424 doentes.<br />

Na Figura 1 observa-se a evolução do número de episódios<br />

e a duração média de internamento por mês entre<br />

2012 e 2015. Verificou-se o aumento do número de episódios<br />

no ano de 2015 e a diminuição da duração média de<br />

internamento no mesmo período.<br />

A duração média(DP) de internamento observada entre<br />

2012 e 2015 foi de 13,2 dias (14,5 dias), com um mínimo<br />

de 0 dias e um máximo de 374 dias.<br />

Verificou-se que o tempo de internamento foi reduzido<br />

em 2,38 dias, entre 2012 e 2015.<br />

Do total de <strong>10</strong>.929 episódios analisados, 983 (9%) tiveram<br />

protelamento de alta. Destes, 634 (64,5%) tiveram<br />

protelamento entre 1 e 3 dias e 349 (35,5%) tiveram a alta<br />

protelada por 4 ou mais dias (Tabela I).<br />

Os fatores estudados influenciadores do protelamento<br />

de alta e que podem ter um contributo explicativo para os<br />

tempos de internamento no SMI são:<br />

> Doentes classificados como Caso Social (15,1% dos<br />

episódios com protelamento de alta) (valor-p=0,120);<br />

> Doentes referenciados para Serviço de Cuidados Domiciliários<br />

(0,9% dos episódios com protelamento de alta)<br />

(valor-p=0,479);<br />

> Doentes referenciados para RNCCI (37,8% dos episódios<br />

com protelamento de alta) (valor-p

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