Gestão Hospitalar N.º 10 2017
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GH: O que gostaria de ver, no futuro, nas práticas<br />
dos administradores em saúde?<br />
MS: Eu penso que deve haver uma mudança de atitude<br />
nas pessoas que trabalham em serviços de saúde, elas<br />
não deviam olhar para o doente como alguém que os está<br />
a “visitar” ou apenas como um problema técnico, deviam<br />
tentar pensar na história do doente, no seu historial, na<br />
sua condição social e familiar.<br />
Este é ainda um dos grandes problemas. A abordagem deveria<br />
ser centrada na pessoa e na sua história.<br />
Outra coisa é, como posso organizar o futuro com outros<br />
atores do sistema? Eu acho que o primeiro passo é ter o<br />
feedbak dos dados, é fazer com que os administradores na<br />
saúde e profissionais pensem como podemos fazer diferente<br />
com certos doentes. E depois temos, também, a alta<br />
tecnologia. Porque algumas falhas do sistema ou algumas<br />
capacidades redutoras do sistema devem ser substituídas<br />
por melhor tecnologia. Como é que utilizamos o sistema?<br />
Este é um problema. Temos de estar preparados para<br />
a utilizar, porque os doentes já a usam para gerir a rede<br />
social, gerir a família, gerir as suas contas no banco, gerir<br />
tudo. E os exames e a tecnologia já devem estar igualmente<br />
lá para a saúde.<br />
Não existe uma tecnologia prevalecente como uma eletrocardiograma,<br />
TAC,mas deve haver uma nova tecnologia<br />
de acesso à fisiologia do doente e com isso transfor-<br />
© FEDRA SANTOS<br />
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