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Gestão Hospitalar N.º 10 2017

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no serviço de urgência, pelos cuidados de saúde primários,<br />

tentando evitar a necessidade de recorrer à urgência.<br />

Por seu turno, Margarida Filipe, enfermeira diretora<br />

da ULS de Matosinhos, E.P.E. expôs vários projetos de continuidade<br />

de cuidados implementados naquela unidade<br />

de saúde, envolvendo os cuidados de saúde primários,<br />

hospitalares e o domicílio do doente, dos quais se destacam<br />

a hospitalização domiciliária e o acompanhamento do<br />

prematuro no domicílio.<br />

Também envolvido no debate esteve o assistente social<br />

António Breia Vicente, tendo partilhado o ponto de<br />

situação e os desafios da gestão de acesso à Rede Nacional<br />

de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) e apoio<br />

social da comunidade servida pela ULSCB.<br />

À enfermeira Maria Coelho Vicente, da Unidade de Cuidados<br />

na Comunidade da ULSCB, coube a apresentação<br />

das atividades desenvolvidas por aquela equipa multidisciplinar<br />

e os resultados obtidos na promoção da integração<br />

de cuidados de saúde.<br />

Por último, Patrícia Ventura, do Centro Distrital da<br />

Segurança Social de Castelo Branco, apresentou o modelo,<br />

a diversidade e a disponibilidade de respostas sociais<br />

atualmente existentes, assim como a dinâmica associada<br />

à gestão da procura face às necessidades reais. Foi, igualmente,<br />

detalhado o trabalho que vem sendo desenvolvido<br />

no planeamento das altas hospitalares, em resultado<br />

da Circular Conjunta da ACSS e do Instituto da Segurança<br />

Social, para a melhoria da articulação com a ULSCB e a<br />

gestão das necessidades, em particular de acesso à RNCCI.<br />

Como conclusão, e de acordo com Alexandre Lourenço,<br />

“é necessário desenvolver respostas sociais que vão<br />

além da RNCCI, envolvendo não só os hospitais, mas outros<br />

atores sociais, como por exemplo: a Segurança Social,<br />

as instituições particulares de solidariedade social ou as<br />

autarquias”.<br />

A 26 de junho, o Caminho dos Hospitais dirigiu-se a sul<br />

para mais uma edição, desta vez no HFF onde realizou a<br />

Conferência dedicada aos “Novos desafios do Sistema de<br />

Saúde – A Medicina Integrativa”.<br />

No enquadramento ao conceito de Medicina Integrativa,<br />

João Santos Lucas, CEO da Mediplano Serviços de Saúde<br />

e cofundador do Instituto de Estudos Asiáticos, reforçou<br />

a importância da relação complementar da medicina<br />

tradicional com as medicinas alternativas e complementares.<br />

No seu entender, não faz sentido considerar as medicinas<br />

alternativas como a panaceia para todos os males.<br />

Defende as suas mais-valias, mas acredita que estas só se<br />

tornarão evidentes numa estratégia de integração com a<br />

medicina tradicional. Pensa que a questão da sua integração<br />

é mais vasta e diz mesmo ser necessário repensar o<br />

sistema de saúde e promover uma mudança organizacional<br />

para o efeito.<br />

“Temos de pensar no modo como se fragmenta o ser<br />

humano para enfrentar a doença. O problema está na forma<br />

como os hospitais e os médicos lidam com os doentes,<br />

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