Gestão Hospitalar N.º 10 2017
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© FEDRA SANTOS<br />
a emigração era, já na altura, um problema na Hungria<br />
– o que iria acontecer se ignorássemos as fronteiras em<br />
termos profissionais. Por exemplo, numa festa em New<br />
Jersey em 1998, em que estava presente com mais 45<br />
pessoas, 39 eram colegas da minha turma da Universidade.<br />
Por isso, a emigração médica era algo muito evidente e<br />
significativo na Hungria. Daí a necessidade em perceber o<br />
que iria acontecer com a abolição das fronteiras. A primeira<br />
questão era se os médicos iriam deixar o país.<br />
Não percebemos na época, mas viemos posteriormente a<br />
perceber que a emigração tem potencial para aferir sobre<br />
a satisfação profissional dos médicos húngaros. Esta pesquisa<br />
ajudou-nos a intervir e a perceber o quanto necessitavam<br />
de ganhar e que condições teriam de ter os profissionais<br />
médicos para ficarem no país.<br />
Enquanto estive no Gabinete no Ministério entre 20<strong>10</strong> e<br />
2014, 2012 foi o pior ano, porque 1111 médicos deixaram<br />
a Hungria. Para terem uma ideia, no ano passado, apenas<br />
saíram 390 do país, passando para níveis similares aos<br />
existentes antes da crise. Neste momento estamos a olhar<br />
atentamente para as políticas de recursos humanos e de<br />
tecnologia.<br />
Não percebemos na época,<br />
mas viemos posteriormente<br />
a perceber que a emigração<br />
tem potencial para aferir<br />
sobre a satisfação profissional<br />
dos médicos húngaros.<br />
Esta pesquisa ajudou-nos a<br />
intervir e a perceber o quanto<br />
necessitavam de ganhar e<br />
que condições teriam de ter<br />
os profissionais médicos para<br />
ficarem no país.<br />
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