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Revista Apólice #206

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Insurance meeting | evento<br />

Tecnologia avança em seguros<br />

Mercado precisa agir<br />

rápido para atender novos<br />

consumidores<br />

A<br />

chamada geração Y ou do<br />

milênio, formada por jovens<br />

que estão conectados a maior<br />

parte do tempo, são muito<br />

bem informados, descartam ligações<br />

telefônicas e não ligam para mensagens<br />

publicitárias, está exigindo de todos os<br />

segmentos econômicos um esforço maior<br />

de adaptação. Essa necessidade é ainda<br />

mais evidente nos setores com tradições<br />

arraigadas, como o mercado de seguros,<br />

que precisa correr contra o tempo para<br />

não perder o bonde (melhor seria nave?)<br />

da história.<br />

Não por acaso, esse foi o foco central<br />

dos debates durante a edição 2015 do<br />

Insurance Service Meeting, que a CNSeg<br />

realizou em Angra dos Reis, em uma das<br />

mais belas regiões do Rio de Janeiro.<br />

“Vocês não estão mais competindo uns<br />

com os outros. Mas, com o desconhecido”,<br />

alertou, logo no primeiro painel do<br />

evento, o consultor Duarte Carvalho, da<br />

Ernest Young.<br />

Segundo ele, a geração que já nasceu<br />

com um celular nas mãos será a metade<br />

da população já em 2017, o que provocará<br />

mudanças significativas nos negócios. “A<br />

próxima onda de transformações atingirá<br />

34<br />

bancos e seguradoras”, sentenciou Carvalho,<br />

para quem seguradoras e corretores<br />

não estão sendo mais perseguidos por<br />

um coiote (menção ao antigo desenho<br />

animado), mas por vários “enxames de<br />

abelhas” (alusão às inúmeras startups que<br />

surgem rapidamente em todos os cantos<br />

do mundo).<br />

No mesmo painel, o executivo de<br />

negócios da Capgemini Brasil, Joel Oliveira,<br />

advertiu que os corretores de seguros,<br />

por exemplo, já estão enfrentando<br />

algumas difíceis batalhas, praticamente<br />

impossíveis de vencer, contra conglomerados<br />

gigantes. “O Google já trabalha<br />

como um corretor, sendo uma fonte de<br />

consulta para consumidores, e com uma<br />

penetração enorme”, citou o consultor.<br />

Preços<br />

Segundo ele, o consumidor pode<br />

sair ganhando nesse novo cenário, pois<br />

o mercado será obrigado a adotar novas<br />

práticas, o que acabará provocando<br />

uma redução de preços. “No seguro<br />

de automóvel, o preço deverá variar de<br />

acordo com o uso efetivo do veículo,<br />

medido por novas tecnologias”, exemplificou<br />

Oliveira.<br />

Antes disso, na abertura do encontro,<br />

o presidente da FenaSaúde e vice-<br />

-presidente da CNSeg, Márcio Coriolano,<br />

admitiu que o mercado de seguros está<br />

sofrendo os reflexos da forma acelerada<br />

com que novas tecnologias, aplicativos e<br />

sistemas são desenvolvidos.<br />

Na visão dele, não há mais como<br />

negar que os “paradigmas estão sendo<br />

quebrados por consumidores mais<br />

exigentes”. Nesse cenário, Coriolano<br />

acredita que ser ágil e eficaz no processo<br />

de adaptação será uma vantagem competitiva<br />

considerável.<br />

A dificuldade em se adaptar ao novo<br />

cenário também foi mencionada pelo<br />

mentor do Insurance Meeting, Eugênio<br />

Velasques. Na visão dele, está cada vez<br />

mais difícil realizar o que o cliente deseja.<br />

Futuro<br />

Em todos os debates, o que se viu<br />

foi uma repetição de alertas dos consultores<br />

presentes sobre a indispensável e<br />

inadiável adoção de todas as ferramentas<br />

tecnológicas possíveis para acompanhar<br />

as novas tendências de consumo e ampliar<br />

os canais de relacionamento com<br />

o público.

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