DE 4826 : Plano 56 : 1 : P.gina 1 - Económico
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18 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />
POLÍTICA<br />
MISSÃO NO AFEGANISTÃO VAI CUSTAR MAIS 15 MILHÕES <strong>DE</strong> EUROS À <strong>DE</strong>FESA EM 2010<br />
A presença militar<br />
portuguesa no<br />
Afeganistão vai custar,<br />
este ano, 25 milhões de<br />
euros, mais 15 milhões<br />
do que no ano passado.<br />
A primeira metade da<br />
força de reacção rápida<br />
já está em Cabul<br />
e os restantes militares<br />
devem chegar no fim<br />
de Março. Ontem,<br />
na comissão de Defesa,<br />
no âmbito do Orçamento<br />
do Estado, o ministro<br />
Augusto Santos Silva<br />
justificou o aumento<br />
da verba com a “mudança<br />
da natureza da operação”.<br />
Os militares portugueses<br />
vão actuar numa missão<br />
de maior risco. Portugal<br />
também vai entrar, a<br />
partir de Março, numa<br />
nova missão na Somália.<br />
No total, há um aumento<br />
de 7% nas verbas<br />
disponíveis para as forças<br />
nacionais destacadas, que<br />
passa a ser de 75 milhões<br />
de euros (3% do<br />
orçamento da Defesa).<br />
Se, para a direita, esta<br />
verba é insuficiente,<br />
à esquerda assumiram-se<br />
diferenças: “Se há sector<br />
em que se devia poupar é<br />
na Defesa”, defendeu<br />
Fernando Rosas, do BE.<br />
PSD quer governador escolhido<br />
Passos Coelho exige que sejam os deputados a escolher sucessor de Constâncio. Já Paulo Rangel<br />
Francisco Teixeira<br />
francisco.teixeira@economico.pt<br />
O PSD quer mudar a forma de<br />
escolha do governador do Banco<br />
de Portugal que, actualmente, é<br />
nomeado pelo conselho de ministros<br />
por proposta do ministro<br />
das Finanças.<br />
Com o sucessor de Vitor<br />
Constâncio em pano de fundo,<br />
Pedro Passos Coelho defende<br />
que seja o Parlamento a escolher<br />
o próximo governador do Banco<br />
de Portugal tal como “acontece<br />
com o provedor de Justiça”<br />
(onde são exigidos 2/3 de deputados).<br />
A proposta do candidato<br />
a líder do PSD assenta em três<br />
princípios. O “facto de ainda<br />
termos alguns meses até que o<br />
Governo tenha de definir o sucessor<br />
de Vitor Constâncio”, “a<br />
maior transparência que deve<br />
ser dada à escolha” deste regulador<br />
e, por fim, para que o próximo<br />
governador tenha a “força<br />
necessária para conseguir mudar<br />
a estrutura da instituição<br />
que precisa de dar mais credibilidade<br />
à missão de supervisão”.<br />
Na prática e caso vença as directas<br />
no PSD, Passos Coelho quer<br />
alterar a lei orgânica do Banco<br />
de Portugal antes de Junho, mês<br />
em que Constâncio troca as funções<br />
de regulador, em Portugal,<br />
pela vice-presidência do Banco<br />
Central Europeu.<br />
Já Paulo Rangel, outro dos<br />
Vitor Constâncio<br />
Governador do<br />
Banco de Portugal<br />
Vitor Constâncio garante que não<br />
voltará a falar sobre a sua saída<br />
do Banco de Portugal para o<br />
Banco Central Europeu até que o<br />
Parlamento Europeu aprove o<br />
seu nome.<br />
candidatos a líder do PSD, defende<br />
novas regras na escolha<br />
do governador, mas ao contrário<br />
de Passos não acredita que<br />
devam ser aplicadas já para o<br />
futuro responsável pelo banco<br />
central. O eurodeputado traça o<br />
perfil de uma pessoa “competente,<br />
prestigiada e apartidária”<br />
que deve ser escrutinada por todos<br />
os poderes políticos: “O governador<br />
deve ser nomeado<br />
pelo Presidente da República<br />
por proposta do Governo” depois<br />
do candidato ter sido ouvido<br />
pelos deputados.<br />
O também candidato a líder<br />
do PSD, José Pedro Aguiar-<br />
Branco, em declarações ao Diário<br />
Económico, diz que o Go-<br />
vernodeveter“respeitopelo<br />
estatuto da oposição” e, de forma<br />
a “reforçar a legitimidade do<br />
governador no momento especialmente<br />
delicado que o país<br />
atravessa”, ouvir o PSD sobre o<br />
“perfil e a pessoa”. Quanto às<br />
características do governador o<br />
líder parlamentar do PSD realça<br />
“a elevada competência técnica,<br />
o rigor e o sentido de independência<br />
e equidistância face<br />
aos partidos”. Sobre a mudança<br />
das regras, Aguiar-Branco não<br />
se pronuncia.<br />
Restante oposição<br />
também exige ser ouvida<br />
O CDS foi o primeiro partido a<br />
definir, claramente, um con-