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DE 4826 : Plano 56 : 1 : P.gina 1 - Económico

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32 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />

EMPRESAS<br />

AUTOMÓVEL<br />

Fábricas de carros portuguesas já voltaram<br />

a produzir dentro da normalidade<br />

No mês de Janeiro de 2010, foram produzidos 11.588 automóveis em<br />

Portugal, o que representa um aumento de 10,9% face ao mesmo<br />

período do ano passado. Segundo a Associação Automóvel de Portugal<br />

(ACAP), estes dados demonstram que a produção automóvel está a<br />

recuperar da quebra de 34,9% sentida no ano passado. Autoeuropa,<br />

PSA, Mitsubishi Fuso Truck Europe, Toyota Caetano e VN Automóveis<br />

estão a produzir acima dos valores de 2009.<br />

A greve de controladores aéreos da Air<br />

Francevaide23a26deFevereiro.<br />

Compra de Mercedes<br />

e BMW ao estrangeiro<br />

caiu 77% em 2009<br />

A crise e a alteração da legislação são os factores que<br />

mais influenciam negativamente a importação de usados.<br />

Sara Piteira Mota<br />

sara.mota@economico.pt<br />

Já são poucos os portugueses<br />

que vão ao estrangeiro com o<br />

objectivo de comprar um carro<br />

usado de topo-de-gama que em<br />

Portugal está fora do seu alcance.<br />

As vantagens financeiras da<br />

importação de automóveis ainda<br />

são muitas, mas este negócio<br />

tem vindo a cair nos últimos<br />

anos, principalmente depois de<br />

terem sido retiradas grande<br />

parte das benesses fiscais.<br />

No ano passado, foram importados<br />

apenas 9.800 automóveis<br />

usados, o que representa<br />

uma quebra de 77,3% face a<br />

2008, quando o número de importados<br />

chegou às 43.145 unidades.<br />

Em termos de marcas, a<br />

Mercedes-Benz, BMW e Audi<br />

continuam a ser as mais procuradas,<br />

mas começam a surgir<br />

outras, como a Jaguar e noutra<br />

categoria os Smart.<br />

“Esta situação da quebra da<br />

importação tem a ver, fundamentalmente,<br />

com a crise económica<br />

mas também com a alteração<br />

na tributação destes<br />

veículos que foi introduzida a 1<br />

de Janeiro de 2009”, explica ao<br />

Diário Económico Hélder Pedro,<br />

secretário-geral da ACAP.<br />

Os veículos ligeiros a gasóleo tiveramumagravamentode250<br />

euros com a alteração referente<br />

à emissão de partículas (0,005<br />

gr/km). Esta alteração juntamente<br />

com o agravamento do<br />

Imposto Sobre Veículos (ISV)<br />

resultou em média num acréscimo<br />

de 12,5% no preço final do<br />

carro importado.<br />

A Alemanha continua a ser<br />

dos países mais procurados para<br />

quem quer um carro topo-degama,<br />

mas a um preço mais<br />

“simpático”. Só depois é que<br />

surgem na lista nomes como a<br />

Polónia eaHungria, ou mesmo<br />

os Estados Unidos. Devido à crise,<br />

“muitos Ingleses com casas<br />

em Espanha estão a vender esses<br />

imóveis de férias e por arrastamento<br />

os seus carros. São às<br />

centenas os veículos com matrícula<br />

inglesa, volante à es-<br />

EXEMPLO<br />

“Consideramos<br />

que existe uma<br />

diversificada oferta,<br />

por parte do nosso<br />

sector do comércio<br />

automóvel, o que<br />

tem conduzido à<br />

redução da compra<br />

noutros países”,<br />

diz Hélder Pedro.<br />

Nissan GT-R<br />

Custa mais de 130 mil euros<br />

edemora12mesesaestar<br />

disponível. Na Alemanha, é<br />

possivel comprar um com menos<br />

de um ano, cerca de 7.000 Km,<br />

e, devidamente legalizado, fica<br />

por 90 mil euros.<br />

querda, por preços muito convidativos,<br />

pois o mercado britânico<br />

é dos que mais penaliza o<br />

mercado do usado”, adianta<br />

Nuno Ferreira, presidente-executivo<br />

(CEO) da empresa portuguesa<br />

importmycar.com<br />

Compensa ir ao estrangeiro?<br />

A resposta é positiva. “Por regra<br />

compensa importar veículos de<br />

gamas altas devido ao preço<br />

bastante mais reduzido face ao<br />

valor pago em novo no seu país<br />

de origem e à forte desvalorização<br />

do usado em determinados<br />

mercados”, diz Nuno Ferreira,<br />

CEO da importmycar.com.<br />

Além destes, os veículos com<br />

um valor de emissões de CO2<br />

reduzido, bem como veículos<br />

específicos (ou raros) têm custos<br />

de importação reduzidos.<br />

Porexemplo,quemquercomprar<br />

um Nissan GT-R, que em<br />

Portugal custa mais de 130 mil<br />

euros, já sabe que em média tem<br />

que esperar 12 meses. Mas se não<br />

tem paciência para esperar tanto,<br />

pode sempre importar um. A<br />

empresa importmycar.com dá<br />

um exemplo. “Encontrámos duas<br />

opções: uma na Alemanha, em<br />

que o veículo tinha menos de um<br />

ano, cerca de 7.000 Km, e, devidamente<br />

legalizado, ficaria por<br />

90 mil euros (menos 40 mil euros<br />

do que em Portugal); outra nos<br />

EUA, de Junho de 2008, por 46<br />

mil euros. Depois de todos os<br />

procedimentos burocráticos necessários<br />

à legalização, o veículo<br />

ficaria por 80 mil euros”, diz Nuno<br />

Ferreira. Em qualquer das opções<br />

o carro chegaria em 30 dias.<br />

Uma das vantagens do mercado<br />

único europeu foi a de permitir<br />

a livre circulação de capitais,<br />

pessoas e bens. Todavia, “e<br />

infelizmente, esta possibilidade<br />

não foi acompanhada de uma<br />

harmonização dos regimes fiscais<br />

e, concretamente, da fiscalidade<br />

sobre os automóveis”, diz<br />

Hélder Pedro. O responsável<br />

defende que não existe um verdadeiro<br />

mercado único no sector<br />

automóvel, pelo que cada<br />

país tributa os automóveis da<br />

forma que entende. ■<br />

AVIAÇÃO<br />

TAP cancela 50% da operação para Orly<br />

até dia 26 de Fevereiro<br />

A TAP prevê cancelar 50% da operação para o aeroporto de Paris - Orly<br />

nos quatro dias da greve dos controladores aéreos que começou ontem,<br />

avançou ao PressTUR, o porta-voz da companhia, António Monteiro, que<br />

acrescenta que operação para Paris – Charles de Gaulle (CGD) “está a<br />

decorrer normalmente”. A Air France anunciou que prevê fazer hoje<br />

75% dos voos de curta e média duração de e para o aeroporto de Paris<br />

– Charles de Gaulle devido à greve de controladores aéreos.<br />

O que deve saber an<br />

Tenha atenção às rasteiras<br />

quando for comprar um carro.<br />

Sara Piteira Mota<br />

sara.mota@economico.pt<br />

Se tem espírito aventureiro e quer<br />

poupar uns trocos fazendo a importação<br />

do seu carro por si só,<br />

deixamos-lhe aqui algumas dicas<br />

que o podem ajudar.<br />

1<br />

O PREÇO QUE APARECE NUM<br />

SITE NÃO É O PREÇO FINAL<br />

QUE O CARRO VAI CUSTAR<br />

É preciso não esquecer que esse<br />

é o preço do carro na Alemanha,<br />

ou noutro país qualquer euro-<br />

peu, mas a acrescentar a esse<br />

preço existem diversos custos,<br />

como a logística com serviços e<br />

documentação indispensáveis<br />

(seguro internacional, matrículas<br />

de trânsito, inspecções tipo<br />

B, modelos, homologações registos).<br />

Faça bem as contas ao<br />

que terá de gastar antes de importar.<br />

2<br />

NEM TUDO O QUE PARECE É<br />

Por vezes o carro que escolhe importar<br />

através de um site parece<br />

estar num estado que lhe agrada, e<br />

depois quando o vê ao vivo, chega<br />

aquestionar-seseocarroéomesmo.<br />

Se não conhece a língua alemã

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