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DE 4826 : Plano 56 : 1 : P.gina 1 - Económico

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24 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />

<strong>DE</strong>STAQUE CATÁSTROFE NA MA<strong>DE</strong>IRA<br />

Militares concentram<br />

gestão de donativos<br />

A PT criou linhas de apoio, a Galp vai dar um cêntimo por cada litro de<br />

combustível vendido e a Jerónimo Martins já ofereceu um milhão de euros.<br />

Ana Basílio, na Madeira*<br />

diario.economico@economico.pt<br />

O regimento militar do Funchal foi<br />

transformado no centro de recolha<br />

de donativos em géneros para<br />

ajudar as vítimas do temporal de<br />

sábado. Centenas de peças de roupa,<br />

paletes de comida, milhares de<br />

litros de leite e outros produtos<br />

lácteos. A solidariedade insular<br />

surpreendeu as autoridades.<br />

O “apelo para donativos circulou<br />

via SMS e, a dada altura, tínhamos<br />

filas de 400 metros nas<br />

várias ruas” junto ao quartel, recorda<br />

o segundo comandante do<br />

Regimento militar de Guarnição,<br />

às portas do Funchal. As ofertas<br />

atingiram um nível tal que “tivemos<br />

que chamar a polícia do<br />

Exército para fazer controle de<br />

movimentos”, disse ao Diário<br />

Económico o tenente-coronel<br />

Carlos Dionísio.<br />

Depois do temporal, a solidariedade<br />

transformou-se numa<br />

bonança para fazer face à tragédia.<br />

Duas centenas de voluntários civis<br />

ajudaramosmilitaresagerirofluxo<br />

de ajuda, com “um movimento<br />

fantástico de pessoas que trouxeram<br />

centenas e centenas de quilos<br />

de tudo o que se possa ima<strong>gina</strong>r”.<br />

As empresas da distribuição alimentar<br />

chegaram a levar “contentoresinteiros”comalimentospara<br />

os desalojados e carenciados da<br />

ilha”, transformando a messe dos<br />

oficiais num imenso depósito “com<br />

vários metros cúbicos” de produtos.<br />

Aqui, a gestão cabe à Caritas<br />

Diocesana do Funchal, a pedido<br />

do Centro Regional de Segurança<br />

Social. As equipas de voluntários<br />

organizam-se com as autorida-<br />

O apelo para entrega<br />

de bens de ajuda<br />

no Funchal circulou<br />

por SMS e o enorme<br />

movimento das filas<br />

de pessoas teve de<br />

ser coordenado pela<br />

Polícia do Exército.<br />

des locais, juntas de freguesia e<br />

bombeiros para fazerem a distribuição<br />

dos bens.<br />

No entanto, o presidente da Caritas,<br />

José Manuel Barbeito, admite<br />

que ainda existem algumas carências.<br />

Faltam “voluntários, alimentos<br />

e têxteis para a casa” e já não<br />

são precisas tantas “peças de vestuário”.<br />

Mas a prioridade nos pedidos<br />

de doação vai também para o<br />

mobiliário porque o Governo Regional<br />

quer “começar a realojar<br />

pessoas”, e são necessários mais<br />

voluntários para garantir a distribuição<br />

dos bens acumulados.<br />

Corrente de solidariedade<br />

estende-se ao continente<br />

Se na ilha, quem sobreviveu à enxurrada<br />

está solidário com quem<br />

perdeu tudo, no continente, os<br />

apoios começam também a organizar-se<br />

numa imensa rede de apoios,<br />

mais ou menos organizados. Contas<br />

bancárias, fundos de apoio ou ofertas<br />

diretas - A solidariedade expressa-se<br />

de muitas formas.<br />

A PT criou linhas de apoio, a<br />

Galp vai dar um cêntimo por cada<br />

litro de combustível vendido, o<br />

grupo Jerónimo Martins já ofereceu<br />

um milhão de euros e até os<br />

CTT estão a recolher gratuitamente<br />

ofertas para enviar para a ilha.<br />

Mas a onda de solidariedade<br />

estende-se também a receitas de<br />

espetáculos teatrais, de jogos de<br />

futebol. Os três futebolistas madeirenses<br />

mais famosos do mundo,<br />

Cristiano Ronaldo, Danny e<br />

Ruben Micael já anunciaram que<br />

querem realizar um jogo solidário<br />

na ilha onde têm raízes. ■<br />

Jornalista da Agência Lusa/Exclusivo<br />

Diário Económico.<br />

Fundos da AMI<br />

A AMI iniciou ontem uma<br />

campanha de recolha de fundos<br />

para a missão de emergência na<br />

Madeira, disponibilizando 50 mil<br />

euros para os primeiros trabalhos<br />

de auxílio às vítimas das chuvas<br />

torrenciais que atingiram a ilha.<br />

A decisão de avançar com uma<br />

missão de emergência surge<br />

na sequência da visita à Madeira<br />

do presidente da AMI, Fernando<br />

Nobre, onde, depois de analisar<br />

a situação no terreno, reuniu<br />

com responsáveis autárquicos<br />

e com a delegação no Funchal.<br />

Os donativos podem ser<br />

depositados na conta<br />

Emergência Madeira:<br />

NIB: 0007 001 500 400 000<br />

00672<br />

Multibanco: Entidade 20 909<br />

Refª 909 909 909<br />

IBAN: PT 50 0007 001 500 400<br />

000 00672<br />

SWITF: BES CPTPL.<br />

Infografia: Marta Carvalho | marta.carvalho@economico.pt<br />

1<br />

Sócrates<br />

Governo tem completa abertura<br />

à Lei das Finanças Regionais.<br />

Márcia Galrão<br />

marcia.galrao@economico.pt<br />

De finca-pé em relação à Lei das<br />

Finanças Regionais, o Governo<br />

passou para uma completa abertura<br />

no que toca ao endividamento<br />

da Madeira. Durante uma<br />

entrevistaàSIC,JoséSócrates<br />

admitiu até que o Executivo pode<br />

vir a rever os limites de endividamento<br />

da região, garantindo<br />

que há disponibilidade “para

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