DE 4826 : Plano 56 : 1 : P.gina 1 - Económico
DE 4826 : Plano 56 : 1 : P.gina 1 - Económico
DE 4826 : Plano 56 : 1 : P.gina 1 - Económico
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
AUTOMOBILISMO<br />
Andy Soucek ocupa vaga de Álvaro Parente<br />
como piloto de testes da Virgin Racing<br />
A Virgin Racing anunciou o espanhol Andy Soucek, actual campeão de F2,<br />
como piloto de reserva na equipa de Fórmula 1 para a vaga de Álvaro<br />
Parente. “Quero aprender com Timo Glock e com Lucas di Grassi, e<br />
conseguir o máximo de informação possível nas reuniões técnicas e<br />
nos testes em simulador”, disse. Por seu turno, Álvaro Parente confirmou<br />
que vai regressar à GP2 Series Asia, tendo já viajado ontem para<br />
o Barhain onde disputará a primeira prova, ao volante da Coloni.<br />
O motard português nas ruas<br />
do Bairro Alto, um mês depois<br />
do 4º lugar no Dakar.<br />
“Não posso fazer<br />
mais impossíveis”<br />
Todo-o-terreno Melhor motard português no Dakar ambiciona<br />
voos mais altos, mas só com outros apoios.<br />
Paulo Jorge Pereira<br />
paulo.pereira@economico.pt<br />
Tinha sete anos quando se sentou<br />
numa moto pela primeira<br />
vez.“Eradecrosseepertencia<br />
ao meu pai, apaixonado por<br />
esse mundo tal como os meus<br />
avôs”. Em 1994, com a ajuda do<br />
pai, começou nas corridas (foi<br />
3º numa prova do campeonato<br />
regional de motocrosse) e, partir<br />
de 1999, tornou-se profissional.<br />
De início, a família não<br />
queria vê-lo arriscar-se nas<br />
competições, mas, como não<br />
teve lesões graves até 2007, isso<br />
ajudou a tranquilizar. Tudo<br />
mudou no Chile, a 4 de Setembro:<br />
seguia a 160 km/h e caiu<br />
na penúltima etapa do Rali que<br />
começara na Argentina. Impressiona<br />
a serenidade com<br />
que recorda a lista de danos:<br />
“Paragem cardíaca, pulmões<br />
perfurados, baço retirado, duas<br />
clavículas, um pé, uma omoplata<br />
e seis costelas partidos,<br />
4,5 litros de sangue perdidos,<br />
10 recebidos.” A vida oscilou.<br />
Duas viagens de helicóptero e<br />
quatro horas depois estava internado<br />
e assim ficou durante<br />
duas semanas. “Se fosse no<br />
Dakar não haveria risco de<br />
vida, porque o socorro era mais<br />
rápido e seria logo hospitalizado.Comoperdimuitosanguee<br />
sofri paragem cardíaca, o corpo<br />
ficou mais debilitado. A<br />
coordenação ficou afectada.<br />
Recuperei depressa para uma<br />
pessoa comum, menos rápido<br />
do que seria desejável para um<br />
desportista, mas olho a competição<br />
do mesmo modo”.<br />
Também por isto, igualar a<br />
melhor classificação de um<br />
português na prova em 2010 foi<br />
especial. “Como piloto e atleta,<br />
depois de tudo o que passei por<br />
causa do acidente, o 4º lugar no<br />
O piloto algarvio da Parkalgar não foi<br />
além do 12º melhor tempo.<br />
“<br />
Para ter a hipótese<br />
de ganhar é precisa<br />
uma verba anual que<br />
me permita fazer<br />
o Mundial e preparar<br />
o Dakar.<br />
MOTOCICLISMO<br />
Quarta-feira 24 Fevereiro 2010 Diário Económico 51<br />
Parkalgar Honda de Miguel Praia em 12º<br />
na sessão australiana de treinos colectivos<br />
Miguel Praia, piloto da equipa portuguesa Parkalgar Honda, foi o 12º mais<br />
rápido nos últimos treinos de preparação para o Campeonato do Mundo<br />
de Supersport de 2010. “As condições atmosféricas foram muito instáveis,<br />
com temperaturas altas e baixas e muito vento, o que torna complicado<br />
avaliar os tempos conseguidos”, afirmou Miguel Praia. Mais rápido que<br />
Praia foi o colega de equipa, o irlandês Eugene Laverty, que conseguiu<br />
o terceiro melhor tempo no circuito de Phillip Island, na Austrália.<br />
Dakar vale muito, é quase<br />
como uma vitória, pois também<br />
estive nos lugares do pódio<br />
durante várias etapas. Não tinha<br />
a certeza, mas consegui<br />
voltar ao nível habitual e estou<br />
entre os da frente”. Hélder até<br />
podia manifestar a vontade de<br />
vencer já em 2011, só que prefere<br />
ser realista. “Não posso fazer<br />
mais impossíveis. Para ter a hipótese<br />
de ganhar é precisa uma<br />
verba anual que me permita fazer<br />
o Campeonato do Mundo e<br />
preparar o Dakar. No ano passado<br />
fiz três corridas do Mundial<br />
com a ajuda dos patrocinadores,<br />
mas necessito de mais. A<br />
7 de Dezembro ainda não sabia<br />
se estaria lá e preciso de um<br />
projecto a três anos que me leve<br />
apensaremcomovencerenão<br />
se vou participar”.<br />
Ganha-se ou perde-se com<br />
o regresso do Dakar a África?<br />
“Haverá maior envolvimento<br />
dos patrocinadores, mas perde-se<br />
mediatismo e público.<br />
Só na Volta a França ou nos Jogos<br />
Olímpicos vi tanta gente<br />
interessada. Havia adeptos dos<br />
dois lados da estrada ao longo<br />
de 300 km e directos de televisão<br />
que nem na Fórmula 1 ou<br />
no MotoGP, desportos de elite,<br />
consegui ver”. ■<br />
PREFERÊNCIAS<br />
Paulo Alexandre Coelho<br />
Hélder Rodrigues<br />
É benfiquista, adora ciclismo,<br />
acompanhava sempre José Azevedo,<br />
agora fixa-se em Sérgio Paulinho,<br />
Tiago Machado e a Volta a<br />
França até interfere com o seu<br />
regime de treinos; segue Ronaldo,<br />
Mourinho e sente orgulho por<br />
serem portugueses que dominam,<br />
mas também se interessa por<br />
outros que jogam no estrangeiro;<br />
está sempre atento a Valentino<br />
Rossi e Schumacher, depois de ter<br />
apreciado Ayrton Senna. Dispõe<br />
de um orçamento anual de 220<br />
mil euros (120 mil para o Dakar):<br />
o vencedor em África conta com<br />
cerca de um milhão de euros...