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DE 4826 : Plano 56 : 1 : P.gina 1 - Económico

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30 Diário Económico Quarta-feira 24 Fevereiro 2010<br />

EMPRESAS<br />

Refer, EP, Metro agravam<br />

passivo das empresas<br />

públicas em 13%<br />

Os lucros das empresas públicas não financeiras cresceram 36,8% no terceiro<br />

trimestre de 2009. O endividamento ultrapassou os 24.585 milhões de euros.<br />

Hermínia Saraiva<br />

herminia.saraiva@economico.pt<br />

Estradas de Portugal (EP), Refer,<br />

Metropolitano de Lisboa,<br />

CP, Metro do Porto e Parpública<br />

foram as empresas que mais<br />

contribuíram para um aumento<br />

de 3,7 mil milhões na dívida<br />

remunerada líquida das empresas<br />

públicas não financeiras<br />

(EPNF) nos primeiros nove<br />

meses de 2009. Um agravamento<br />

que contribuiu para que<br />

o passivo do Sector Empresarial<br />

do Estado (SEE) crescesse<br />

13% no final do terceiro trimestre<br />

do último ano.<br />

As contas fazem parte do Boletim<br />

Informativo sobre o Sector<br />

Empresarial do Estado (SEE)<br />

relativo ao terceiro trimestre de<br />

2009, que aponta a EP (com um<br />

aumento da dívida líquida de<br />

677,1 milhões de euros), a Refer<br />

(mais 429,5 milhões), o Metropolitano<br />

de Lisboa (aumento de<br />

424,6 milhões) e a Parpública<br />

(mais 814,9 milhões) como os<br />

principais responsáveis para o<br />

aumento da dívida remunerada<br />

que atingiu os 24.585 milhões<br />

de euros a 30 de Setembro.<br />

“Cerca de 75% do aumento da<br />

dívida remunerada é explicada<br />

apenas por seis EPNF: Parpública,<br />

Estradas de Portugal, Refer,<br />

Metropolitano de Lisboa, CP e<br />

MetrodoPorto”,lê-senorelatório<br />

da Direcção Geral de Tesouro<br />

e Finanças (DGTF).<br />

Relativamente ao primeiro<br />

semestre de 2009, o endividamento<br />

de 24.585 milhões representa<br />

um crescimento de 3,5%<br />

face à dívida remunerada líquida<br />

da altura em que era de<br />

23.745 milhões.<br />

A contrariar a tendência de<br />

subida estiveram a EDIA, que<br />

viu a sua dívida reduzida em<br />

40 milhões de euros, a RTP<br />

(menos 34,6 milhões) e a Parque<br />

Expo (menos 27,6 milhões<br />

de euros).O endividamento da<br />

televisão pública, por exemplo,<br />

era no final de Setembro<br />

do ano passado de 860,5 milhões<br />

de euros.<br />

O relatório apresentado pela<br />

DGTF aponta ainda para uma re-<br />

Cercade75%<br />

da dívida é explicada<br />

por seis empresas: CP,<br />

Refer, Parpública,<br />

Metro de Lisboa,<br />

Metro do Porto e<br />

Estradas de Portugal.<br />

JáaRTP,EDIA<br />

e Parque Expo<br />

ajudaram a reduzir<br />

adívida.<br />

ESFORÇO FINANCEIRO<br />

177,2 milhões<br />

Durante os primeiros nove meses<br />

do ano, o esforço financeiro do<br />

Estado foi de 177,2 milhões de<br />

euros, mais 11,3 milhões do que no<br />

mesmo período de 2008. Desta<br />

verba 51,2 milhões representaram<br />

dotações de capital.<br />

VOLUME <strong>DE</strong> NEGÓCIOS<br />

5.464 milhões<br />

No 3.º trimestre de 2009, o<br />

volume de negócios do SEE<br />

aumentou19,9%paraos5.464<br />

milhões de euros. A contribuir<br />

positivamente estiveram as<br />

empresas do sector da Saúde,<br />

cuja facturação cresceu 37,8%.<br />

cuperação significativa do resultado<br />

líquido das empresas do SEE<br />

que, apesar de um crescimento<br />

de 36,8% nos primeiros nove<br />

mesesdoano,continuamno<br />

vermelho. As companhias estatais<br />

registavam no final de Setembro<br />

de 2009 um prejuízo de<br />

495,7 milhões de euros, contra<br />

um resultado líquido negativo de<br />

784,5 milhões de euros no ano<br />

anterior. Em relação ao segundo<br />

trimestre, há a registar um crescimento<br />

de 49,4% dos prejuízos<br />

que eram, no final de Junho, de<br />

331,8 milhões de euros.<br />

Na comparação com o resultados<br />

dos primeiros nove meses<br />

de 2008, a Direcção-geral de<br />

Tesouro e Finanças justifica a<br />

melhoria de 36,8% como “consequência<br />

do impacto positivo<br />

dos resultados financeiros agregados,<br />

que registaram um crescimento<br />

de 70%, em larga medida<br />

atribuível à Parpública, e<br />

também pelo melhor desempenho<br />

operacional, que se traduziunoincrementode2,6%nos<br />

resultados operacionais”, lê-se<br />

no relatório.<br />

A pressionar os resultados<br />

entre Janeiro e Setembro de<br />

2009 estiveram “as empresas do<br />

sector da Saúde [que] registaram,<br />

em conjunto, um agravamento<br />

do resultado líquido de<br />

<strong>56</strong>,2 milhões de euros, sendo<br />

25,3 milhões atribuível às novas<br />

entidades entretanto criadas”.<br />

A DGTF justifica esta situação<br />

com a transferência de mais<br />

hospitais do Sector Administrativo<br />

Público para o Sector Empresarial<br />

do Estado.<br />

No caso da Parpública, o resultado<br />

líquido aumentou em<br />

326,9 milhões de euros, suportado<br />

por uma melhoria de 312,3<br />

milhões de euros do resultado<br />

financeiro e um aumento do resultadoextraordináriode15,2<br />

milhões. Também a EP, o Metropololitano<br />

de Lisboa eaRTP<br />

registaram nos primeiros nove<br />

meses do ano melhorias nos<br />

seus resultados operacionais. No<br />

caso da concessionária, o aumento<br />

foi de 42% situando-se<br />

nos 68,4 milhões no final de Setembro.<br />

■<br />

O SECTOR EMPRESARIAL<br />

DO ESTADO<br />

● As empresas públicas não<br />

financeiras estão centradas<br />

essencialmente no sector dos<br />

transportes, que representa 32%<br />

da carteira do Sector Empresarial<br />

do Estado. Seguem-se as<br />

empresas do sector da Saúde<br />

(18%) e de infra-estruturas (13%)<br />

● O sector empresarial do<br />

Estado englobava no final do<br />

terceiro trimestre de 2009 um<br />

total de 129 empresas, entre<br />

empresas públicas (90) e<br />

empresas participadas (39).<br />

● O valor das participações do<br />

Estado era nessa altura de 9.517<br />

milhões de euros, tendo sofrido<br />

um aumento global de 231<br />

milhões de euros, em<br />

consequência do aumento do<br />

capital estatutário da Parque<br />

Escolar.<br />

O Metro de Lisboa e o Metro do<br />

Porto contribuíram para o<br />

agravamentodadívidadosector<br />

empresarial do Estado<br />

OS MELHORES E OS PIORES DO<br />

NOME<br />

FRANCISCO REIS<br />

176, 9 milhões<br />

Era o prejuízo da CP no final<br />

de Setembro do ano passado.<br />

No terceiro trimestre registava<br />

um aumento de 22,8 milhões,<br />

condicionado pelos resultados<br />

financeiros negativos de<br />

99,1 milhões de euros.

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